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Adam Ditrik von Bülow

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Adam e Anna Luise Schaumann, 1905

Adam Ditrik von Bülow (Dinamarca, 1 de março de 1840São Paulo, 22 de maio de 1923) foi um dos acionistas minoritários da Companhia Antarctica Paulista, que foi um dos marcos da modernização no Brasil.

Casou-se em 23 de abril de 1879 em Copenhague com Anna Luise Ottilie Schaumann, filha do farmacêutico Gustav Schaumann.

Estudou Direito na Academie Yura em Copenhague e veio ao Brasil em 1865.

Fundou a empresa de importação e exportação Zerrenner, Bülow & Cia. em sociedade com João Carlos Antônio Frederico Zerrenner, com sede no Prédio Duplo do Valongo na cidade de Santos, em baixo da câmara de Vereadores.

A empresa aturava no ramo de exportação de café e também facilitava a importação de lúpulo, cevada e equipamentos para a Companhia Antarctica Paulista, que enfrentava dificuldades financeiras.

Em 1893, na posição principal credora, a Zerrenner, Bülow & Cia. assumiu o controle acionário da Antarctica. Os negócios da empresa começaram a melhorar em 1899 e através da aquisição da cervejaria Bavária e com a construção de novas fábricas, a Antarctica se tornou uma das maiores cervejarias do Brasil.

Foi sócio-fundador da Associação Comercial dos Santistas, fundada em 27 de setembro de 1874.

Foi vice-cônsul da Dinamarca em Santos e posteriormente em São Paulo de 1875 a 1922.

Integrou em 1928 a primeira diretoria do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, Ciesp.

Quando a Segunda Guerra Mundial explodiu, Ademar de Barros, na época interventor federal no estado de São Paulo, não teve dúvida em ocupar militarmente a sede da Antarctica, empresa fundada por alemães, então em guerra com o Brasil. A invasão significou um dilema para Getúlio Vargas, amigo íntimo de Adam Ditrik von Bülow. Temendo perder apoio político no futuro, Vargas pediu a Ademar de Barros que não causasse problemas à Antarctica.

Legado

Adam von Bülow construiu em 1895, de projeto do arquiteto Augusto Fried[1], o primeiro dos palacetes da avenida Paulista que juntamente com os palacetes da família Matarazzo e do cunhado Henrique Schaumann construídos um ano depois, e muitos outros que vieram em seguida, tornaram a avenida um dos símbolos da cidade de São Paulo.

A partir da torre da residência de Von Bülow foram tiradas as célebres fotografias de Guilherme Gaensly no rumo da Rua da Consolação e outra no rumo Paraíso.

A residência foi um ícone da arquitetura da avenida Paulista até ter sido derrubado para dar lugar ao Edifício Paulicéia construído em 1955.

Bibliografia e referências

  • D'ALESSIO, Vito. Avenida Paulista - A síntese da metrópole. São Paulo: Dialeto Latin American Documentary, 2002. 115p. ISBN 858837305X
  1. DE TOLEDO, Benedito Lima. Álbum Iconográfico da Avenida Paulista. São Paulo: Ex Libris, 1987. 174p. ISBN 8571090017