Mostrar código-fonte de Ataques de 11 de setembro de 2001

{{Info/Atentado
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 | caption1 = Explosão após choque do [[Voo 175 da United Airlines|Voo 175]] na Torre Sul do [[World Trade Center (1973–2001)|World Trade Center]].
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 | caption2 = [[O Pentágono]] no momento da colisão do [[Voo American Airlines 77|Voo 77]]
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 | caption3 = Fuselagem do [[Voo 93 da United Airlines|Voo 93]] no [[Condado de Somerset (Pensilvânia)|Condado de Somerset]]
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 | caption4 = [[Ground Zero (Nova Iorque)|Ground Zero]] após os ataques
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 | caption5 = Edifíco do Pentágono em chamas após os ataques
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* [[Nova Iorque|Cidade de Nova Iorque]], [[Nova Iorque (estado)|NY]]
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|mortes     = 2 996 mortos <br>{{pequeno|(incluindo 19 terroristas)}}
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* [[World Trade Center (1973–2001)|World Trade Center]]
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* [[Casa Branca]] ou [[Capitólio dos Estados Unidos|Capitólio]] {{pequeno|(provável alvo do [[Voo 93 da United Airlines|voo 93]])}}
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Os '''ataques''' ou '''atentados terroristas de 11 de setembro de 2001''' (às vezes, referido apenas como '''[[11 de setembro]]''' ou '''9/11''') foram uma série de [[Terrorismo islâmico|ataques suicidas]] contra os [[Estados Unidos]] coordenados pela organização [[Fundamentalismo islâmico|fundamentalista islâmica]] [[Al-Qaeda]] em 11 de setembro de 2001. Na manhã daquele dia, dezenove [[terrorista]]s [[Sequestro|sequestraram]] quatro [[Avião|aviões comerciais]] de passageiros.<ref name="SecCounc">{{Citar web|título=Security Council Condemns, 'In Strongest Terms', Terrorist Attacks on the United States|publicado=United Nations|data=12 de setembro de 2001|url=http://www.un.org/News/Press/docs/2001/SC7143.doc.htm|acessodata=11 de setembro de 2006|citação=The Security Council today, following what it called yesterday’s "horrifying terrorist attacks" in [[New York]], [[Washington]], D.C., and Pennsylvania, unequivocally condemned those acts, and expressed its deepest sympathy and condolences to the victims and their families and to the people and Government of the United States.}}</ref><ref name="cbc-2004">{{Citar web|título = Bin Laden claims responsibility for 9/11|publicado = CBC News|data= 29 de outubro de 2004|url = http://www.cbc.ca/world/story/2004/10/29/binladen_message041029.html|acessodata = 11 de janeiro de 2009 |citação=al-Qaeda leader Osama bin Laden appeared in a new message aired on an Arabic TV station Friday night, for the first time claiming direct responsibility for the 2001 attacks against the United States.}}</ref> Os sequestradores colidiram intencionalmente dois dos aviões contra as Torres Gêmeas do complexo empresarial do [[World Trade Center (1973–2001)|World Trade Center]], na cidade de [[Nova Iorque]], matando todos a bordo e muitas das pessoas que trabalhavam nos edifícios. Ambos os prédios desmoronaram duas horas após os impactos, destruindo edifícios vizinhos e causando vários outros danos. O terceiro avião de passageiros colidiu contra o [[O Pentágono|Pentágono]], a sede do [[Departamento de Defesa dos Estados Unidos]], no [[Condado de Arlington]], [[Virgínia]], nos arredores de [[Washington, D.C.]]. O quarto avião caiu em um campo aberto próximo de [[Shanksville]], na [[Pensilvânia]], depois de alguns de seus passageiros e tripulantes terem tentado retomar o controle da aeronave dos sequestradores, que a tinham reencaminhado na direção da capital norte-americana. Não houve sobreviventes em qualquer um dos voos.

Quase três mil pessoas morreram durante os ataques, incluindo os 227 civis e os 19 sequestradores a bordo dos aviões. A esmagadora maioria das vítimas eram civis, incluindo cidadãos de mais de 70 países.<ref name="countries_deaths">{{citar livro|título=A list of the 77 countries whose citizens died as a result of the attacks on September 11, 2001|publicado=[[Departamento de Estado dos Estados Unidos]], Office of International Information Programs]]|url=http://web.archive.org/web/20110528170021/http://www.interpol.int/Public/ICPO/speeches/20020911List77Countries.asp|pontofinal=<!--None-->|acesso=2013-04-08|arquivodata=2011-05-28|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110528170021/http://www.interpol.int/Public/ICPO/speeches/20020911List77Countries.asp}}</ref> Além disso, há pelo menos um óbito secundário — uma pessoa foi descartada da contagem por um médico legista, pois teria sido morta por uma doença pulmonar devido à exposição à poeira do colapso do World Trade Center.<ref name="DustDeath">{{Citar web|título= Toxic dust adds to WTC death toll|publicado= msnbc.com| data=24 de maio de 2007|url=http://www.msnbc.msn.com/id/18831750/|acessodata=6 de setembro de 2009}}</ref>

Os [[Estados Unidos]] responderam aos ataques com o lançamento da [[Guerra ao Terror]]: o país [[Guerra do Afeganistão (2001–2021)|invadiu o Afeganistão]] para derrubar o [[Talibã]], que abrigou os terroristas da Al-Qaeda. Os norte-americanos também aprovaram o [[USA PATRIOT Act]], um [[decreto]] assinado por [[George W. Bush]] em 26 de outubro. Muitos outros países também reforçaram a sua legislação [[antiterrorismo]] e ampliaram os poderes de aplicação da lei. Algumas [[Bolsa de valores|bolsas de valores]] estadunidenses ficaram fechadas no resto da semana seguinte ao ataque e registraram enormes prejuízos ao reabrir, especialmente nas indústrias aérea e de [[seguro]]. O desaparecimento de bilhões de dólares em escritórios destruídos causou sérios danos à economia de [[Lower Manhattan]], em Nova Iorque.

Os danos no Pentágono foram reparados em um ano, e o [[Memorial do Pentágono]] foi construído ao lado do prédio. O processo de reconstrução foi iniciado no [[Ground Zero (Nova Iorque)|local do World Trade Center]]. Em 2006, uma nova torre de escritórios foi concluída no local, o [[World Trade Center 7]]. A torre [[One World Trade Center]], construída no local, é um dos [[Lista dos maiores arranha-céus dos Estados Unidos|arranha-céus mais altos da América do Norte]], com 541 metros de altura. Mais três edifícios estão previstos para serem construídos no local das antigas Torres Gêmeas, além de um [[Memorial & Museu Nacional do 11 de Setembro|memorial às vítimas dos ataques]] já concluído. O [[Memorial Nacional do Voo 93]] começou a ser construído em 8 de novembro de 2009 e a primeira fase de construção foi concluída no 10.º aniversário dos atentados de 11 de setembro, em 2011.<ref>[http://www.deseretnews.com/article/705342974/Ground-is-broken-for-memorial-to-Flight-93.html Ground broken for Flight 93 memorial in Pa.]</ref>

== Ataques ==

No início da manhã de 11 de setembro de 2001, 19 sequestradores assumiram o controle de quatro aviões comerciais (dois [[Boeing 757]] e dois [[Boeing 767]]) em rota para a [[Califórnia]] (três com destino ao [[Aeroporto Internacional de Los Angeles]] e um com destino ao [[Aeroporto Internacional de São Francisco]]), após decolar de [[Boston]], [[Massachusetts]]; [[Newark (Nova Jérsia)|Newark]], [[Nova Jérsei]] e [[Washington, D.C.]].<ref name="911-ch1" /> Aviões grandes com longos voos foram intencionalmente escolhidos para o sequestro porque seriam fortemente impulsionados.<ref name="Chap7" />

Os quatro voos foram:

* [[Voo 11 da American Airlines]]: deixou o [[Aeroporto Internacional de Boston Logan|Aeroporto de Boston]] às 07h59min com rota para Los Angeles e uma tripulação de 11 membros e outros 76 passageiros, não incluindo os cinco sequestradores. Os terroristas colidiram o avião contra a Torre Norte do [[World Trade Center (1973–2001)|World Trade Center]] às 08h46min;
* [[Voo 175 da United Airlines]]: deixou o Aeroporto de Boston às 08h14min em rota para Los Angeles com uma tripulação de nove membros e 51 passageiros, sem incluir os cinco sequestradores. Os terroristas colidiram o avião contra a Torre Sul do World Trade Center às 09h03min;
* [[Voo 77 da American Airlines]]: deixou o [[Aeroporto Internacional Washington Dulles]], na [[Virgínia]], às 08h20min em rota para Los Angeles com uma tripulação de seis membros e outros 53 passageiros, não incluindo cinco sequestradores. Os terroristas colidiram o avião contra o [[O Pentágono|Pentágono]] às 09h37min;
* [[Voo 93 da United Airlines]]: deixou o [[Aeroporto Internacional de Newark]] às 08h42min em rota para São Francisco, com uma tripulação de sete membros e outros 33 passageiros, não incluindo os quatro sequestradores. Depois que os passageiros se rebelaram, os terroristas derrubaram o avião no chão, perto de [[Shanksville]], na [[Pensilvânia]], às 10h03min.

A cobertura da imprensa foi intensa durante os ataques e suas consequências, a começar momentos após a primeira colisão no World Trade Center.<ref>Veja, por exemplo, a cobertura da [[CNN]]: {{citar periódico|periódico=CNN|url=http://www.cnn.com/video/#/video/us/2011/09/07/natpkg-911-aircheck-timeline.cnn|título=Breaking News Videos from CNN.com}}</ref>

=== Eventos ===
[[Imagem:Flight paths of hijacked planes-September 11 attacks.jpg|thumb|esquerda|upright=1.5|As trajetórias de voo dos quatro aviões sequestrados usados nos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001]]

Às 08h46min, o [[Voo 11 da American Airlines]] atingiu a Torre Norte do [[World Trade Center (1973–2001)|World Trade Center]], seguido pelo [[Voo 175 da United Airlines]], que atingiu a Torre Sul às 09h03.<ref>{{Citar web |url=http://web.archive.org/web/20080910002501/http://www.ntsb.gov/info/Flight_%20Path_%20Study_AA11.pdf |título=Flight Path Study – American Airlines Flight 11 |publicado=National Transportation Safety Board |data=19 de fevereiro de 2002 |acessodata=7 de setembro de 2010 |arquivodata=10 de setembro de 2008 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080910002501/http://www.ntsb.gov/info/Flight_%20Path_%20Study_AA11.pdf }}</ref><ref>{{Citar web |url=http://web.archive.org/web/20081221052955/http://www.ntsb.gov/info/Flight_%20Path%20_Study_UA175.pdf |título=Flight Path Study – United Airlines Flight 175 |publicado=National Transportation Safety Board |data=19 de fevereiro de 2002 |acessodata=7 de setembro de 2010 |arquivodata=21 de dezembro de 2008 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20081221052955/http://www.ntsb.gov/info/Flight_%20Path%20_Study_UA175.pdf }}</ref>

Outro grupo de sequestradores do [[Voo 77 da American Airlines]] atingiu o Pentágono às 9h37min. Um quarto voo, o [[Voo 93 da United Airlines]], caiu em uma área rural perto de [[Shanksville]], na [[Pensilvânia]], às 10h03min, depois de os passageiros terem tentado retomar o controle do avião dos sequestradores. Acredita-se que a meta final dos sequestradores seria o [[Capitólio dos Estados Unidos|Capitólio]] (sede do [[Congresso dos Estados Unidos]]) ou a [[Casa Branca]].<ref name="Chap7">{{citar livro|capítulo=The Attack Looms |url=http://govinfo.library.unt.edu/911/report/911Report_Ch7.htm |ano=2004 |título=9/11 Commission Report |publicado=National Commission on Terrorist Attacks Upon the United States |acessodata=2 de julho de 2008}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://web.archive.org/web/20081102013434/http://www.ntsb.gov/info/Flight%20_Path_%20Study_UA93.pdf |título=Flight Path Study – United Airlines Flight 93 |publicado=National Transportation Safety Board |data=19 de fevereiro de 2002 |acessodata=7 de setembro de 2010 |arquivodata=2 de novembro de 2008 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20081102013434/http://www.ntsb.gov/info/Flight%20_Path_%20Study_UA93.pdf }}</ref>

Em setembro de 2002, em uma entrevista realizada para o documentarista Yosri Fouda, um jornalista da [[Al Jazeera]], [[Khalid Sheikh Mohammed]], junto a [[Ramzi Binalshibh]], afirmou que o quarto avião sequestrado estava se dirigindo para o [[Capitólio dos Estados Unidos]] e não para a Casa Branca. Eles ainda afirmaram que a al-Qaeda inicialmente tinha planejado fazer com que os aviões sequestrados atingissem [[Usina nuclear|instalações nucleares]] em vez das torres do World Trade Center e o [[O Pentágono|Pentágono]], mas foi decidido não atacar as centrais nucleares "por ora" por causa de temores de que os ataques poderiam "sair de controle".<ref>{{Citar web|título =
Al-Qaeda 'plotted nuclear attacks'|publicado = BBC News|data =
8 de setembro de 2002|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/2244146.stm |acessodata=1 de Janeiro de 2010}}</ref>
[[Imagem:WTC 2 plane crash (Myers clip6).webm|thumb|Vídeo da colisão do voo 175 da United Airlines com o WTC 2.]]

Durante o sequestro dos aviões, os terroristas usaram [[Arma branca|armas brancas]] para esfaquear e matar os pilotos das aeronaves, os comissários de voo e os passageiros. Relatórios feitos com as chamadas telefônicas vindas dos avião indicaram que facas foram usadas pelos sequestradores para ferir atendentes e, em ao menos um caso, um passageiro, durante dois dos sequestros.<ref name=911-ch1>{{citar livro|url=http://www.9-11commission.gov/report/911Report_Ch1.pdf|título=9/11 Commission Report|capítulo=Chapter 1.1: 'We Have Some Planes': Inside the Four Flights|ano=2004|publicado=National Commission on Terrorist Attacks Upon the United States|acessodata=22 de abril de 2009|páginas=4–14}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://transcripts.cnn.com/TRANSCRIPTS/0201/06/lklw.00.html |título=Encore Presentation: Barbara Olson Remembered |obra=Larry King Live |publicado=CNN |data=6 de janeiro de 2002 |acessodata=12 de novembro de 2008}}</ref> Alguns passageiros foram capazes de fazer ligações, usando o serviço de telefone da cabine e celulares,<ref>{{Citar web|url=http://www.post-gazette.com/headlines/20010916phonecallnat3p3.asp |título=The phone line from Flight 93 was still open when a GTE operator heard Todd Beamer say: 'Are you guys ready? Let's roll' |publicado=Pittsburgh Post-Gazette |data=16 de setembro de 2001 |autor=McKinnon, Jim |acessodata=18 de maio de 2008}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://archives.cnn.com/2001/US/09/12/family.reacts/index.html |título=Relatives wait for news as rescuers dig |publicado=CNN |data=13 de setembro de 2001 |acessodata=20 de maio de 2008}}</ref> e fornecer detalhes, inclusive de que vários dos sequestradores que estavam a bordo de cada avião tinham usado ''sprays'' químicos contra a tripulação, como [[gás lacrimogêneo]] ou [[spray de pimenta]], e que algumas pessoas a bordo tinha sido esfaqueadas.<ref name="wilgoren">{{Citar web|url=http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9B03E5DB1038F930A2575AC0A9679C8B63 |título=On Doomed Flight, Passengers Vowed To Perish Fighting |autor=Wilgoren, Jodi and Edward Wong |data=13 de setembro de 2001 |publicado=The New York Times |acessodata=11 de novembro de 2008}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://articles.latimes.com/2006/apr/11/nation/na-moussa11 |título=Moussaoui Jury Hears the Panic From 9/11 |autor=Serrano, Richard A. |publicado=Los Angeles Times |data=11 de abril de 2006 |acessodata=24 de outubro de 2008}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://web.archive.org/web/20120119000914/http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?file=/chronicle/archive/2004/01/28/MNGQ04JEEH1.DTL |título=Hijackers used Mace, knives to take over airplanes |publicado=San Francisco Chronicle |data=28 de janeiro de 2004 |autor=Goo, Sara Kehaulani, Dan Eggen |acessodata=12 de novembro de 2008 |arquivodata=19 de janeiro de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120119000914/http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?file=%2Fchronicle%2Farchive%2F2004%2F01%2F28%2FMNGQ04JEEH1.DTL }}</ref><ref name="CNN1">{{Citar web|último = Ahlers| primeiro = Mike M.|título = 9/11 panel: Hijackers may have had utility knives|publicado= CBS News |data= 27 de janeiro de 2004| url=http://www.cnn.com/2004/US/01/27/911.commis.knife/|acessodata = 7 de setembro de 2006}}</ref>

A [[Comissão do 11 de Setembro]] estabeleceu que dois dos sequestradores tinham comprado recentemente ferramentas manuais multi-funções da marca ''Leatherman''.<ref name=commission>{{Citar web| título=National Commission Upon Terrorist Attacks in the United States| url=http://www.9-11commission.gov/archive/hearing7/9-11Commission_Hearing_2004-01-27.htm| publicado=National Commission Upon Terrorist Attacks in the United States| acessodata=24 de janeiro de 2008| data=27 de janeiro de 2004}}</ref> Uma aeromoça do voo 11, um passageiro do voo 175 e os passageiros do voo 93 mencionaram que os sequestradores tinham bombas, mas um dos passageiros também mencionou que achava que as bombas eram falsas. Nenhum vestígio de explosivos foram encontrados nos locais dos incidentes e a Comissão do 11/09 concluiu que as bombas eram provavelmente falsas.<ref name=911-ch1/>
[[Imagem:Pentagon Security Camera 1.ogv|thumb|thumbtime=01:31|direita|Vídeo de uma [[Circuito fechado de televisão|câmera de segurança]] do [[voo 77 da American Airlines]] colidindo contra [[o Pentágono]].]]
[[Imagem:Flight 93 Crater.jpg|thumb|Cratera causada pelo impacto do [[Voo United Airlines 93]] em [[Shanksville (Pensilvânia)|Shanksville]], [[Pensilvânia]].]]

No [[Voo 93 da United Airlines]] as gravações da [[caixa preta]] revelaram que a tripulação e os passageiros tentaram assumir o controle do avião dos sequestradores depois de ficarem sabendo, através de chamadas telefônicas, que outros aviões sequestrados foram jogados contra edifícios na manhã daquele dia.<ref name="WP93">{{Citar web |primeiro=David |último=Snyder |título=Families Hear Flight 93's Final Moments |url=http://www.highbeam.com/doc/1P2-351703.html |publicado=The Washington Post |data=19 de abril de 2002 |acessodata=23 de abril de 2008 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130602123513/http://www.highbeam.com/doc/1P2-351703.html |arquivodata=2 de Junho de 2013 |urlmorta=yes }}</ref> De acordo com a transcrição das gravações do voo 93, um dos sequestradores deu a ordem para [[Ângulos de Tait–Bryan|alterar a rota]] do avião, uma vez que tinha ficado evidente que eles iriam perder o controle do avião para os passageiros.<ref name="Fox93Xscript">{{Citar web |título=Text of Flight 93 Recording |publicado=Fox News |data=12 de abril de 2006 |url=http://www.foxnews.com/story/0,2933,191520,00.html |acessodata=22 de abril de 2008 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130520065132/http://www.foxnews.com/story/0,2933,191520,00.html |arquivodata=20 de Maio de 2013 |urlmorta=yes }}</ref> Logo depois a aeronave caiu em um campo perto de [[Shanksville]], [[Condado de Somerset (Pensilvânia)|Condado de Somerset]], [[Pensilvânia]], às 10h03min, hora local (14h03min11s [[UTC]]). [[Khalid Sheikh Mohammed]], o organizador dos atentados, mencionou em uma entrevista de 2002 com Yosri Fouda que o alvo do Voo 93 era o [[Capitólio dos Estados Unidos]], que foi dado o nome-código "Faculdade de Direito".<ref>{{citar livro|autor =Fouda, Yosri and Nick Fielding |título=Masterminds of Terror |publicado=Arcade Publishing |ano=2004 |páginas=158–159 |isbn=1559707089}}</ref>

Três dos prédios do Complexo do World Trade Center desmoronaram devido a uma falha estrutural, no dia do ataque.<ref name="WPCollapse">{{Citar web |primeiro=Bill |último=Miller |título=Report Assesses Trade Center's Collapse |url=http://www.highbeam.com/doc/1P2-344740.html |publicado=The Washington Post |data=1 de maio de 2002 |acessodata=23 de abril de 2008 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130602124832/http://www.highbeam.com/doc/1P2-344740.html |arquivodata=2 de Junho de 2013 |urlmorta=yes }}</ref> A Torre Sul (WTC 2) caiu às 9h59, após queimar por 56 minutos em um incêndio causado pelo impacto de Voo 175 da United Airlines.<ref name="WPCollapse" /> A Torre Norte (WTC 1) desmoronou às 10h28min, após queimar por aproximadamente 102 minutos.<ref name="WPCollapse" /> Quando a Torre Norte desabou, os escombros caíram próximo à [[World Trade Center 7]] (WTC 7), danificando o edifício e iniciando um incêndio. Estes incêndios queimaram durante horas e comprometeram a integridade estrutural do edifício, levando-o ao colapso total às 17h21min.<ref>{{Citar web|ano = 2002 |url = http://www.fema.gov/pdf/library/fema403_ch5.pdf|título = World Trade Center Building Performance Study|obra = Ch. 5 WTC 7 – section 5.5.4|publicado = Federal Emergency Management Agency |acessodata = 16 de dezembro de 2009}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://wtc.nist.gov/NCSTAR1/PDF/NCSTAR%201A.pdf |título=Final Report on the Collapse of World Trade Center Building 7 |data=novembro de 2008 |publicado=[[National Institute of Standards and Technology]] |página=xxxvii |acessodata=16 de fevereiro de 2010 }}</ref>

Os ataques criaram confusão generalizada entre as [[Agência de notícias|organizações de notícias]] e os [[Controlador de tráfego aéreo|controladores de tráfego aéreo]] nos Estados Unidos. Todo o tráfego aéreo civil internacional foi proibido de desembarcar em solo estadunidense por três dias.<ref>{{Citar web |título=Profiles of 9/11 – About 9/11 |url=http://web.archive.org/web/20090328180308/http://www.biography.com/profiles-of-9-11/about911.jsp |obra=[[The Biography Channel]] |publicado=[[A&E Television Networks]] |acessodata=12 de dezembro de 2007 |arquivodata=28 de março de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090328180308/http://www.biography.com/profiles-of-9-11/about911.jsp }}</ref> As aeronaves já em voo ou foram afastadas ou desviadas para aeroportos no [[Canadá]] ou no [[México]]. Fontes de notícias e relatórios não confirmados, muitas vezes contraditórios, foram divulgados ao longo do dia. Um dos mais prevalentes destes relatou que um [[carro-bomba]] iria ser detonado na sede do [[Departamento de Estado dos Estados Unidos]], em Washington, D.C..<ref name="errors2">{{Citar web |último=Miller |primeiro=Mark |url=http://www.broadcastingcable.com/article/CA240241.html |título=Broadcasting and Cable |data=26 de agosto de 2002 |acessodata=15 de fevereiro de 2008 |obra=[[Broadcasting & Cable]] |publicado=[[Reed Business Information]] |arquivourl=https://web.archive.org/web/20081123103434/http://www.broadcastingcable.com/article/CA240241.html |arquivodata=23 de Novembro de 2008 |urlmorta=yes}}</ref> Logo após a divulgação pela primeira vez sobre o incidente no Pentágono, alguns meios de comunicação também informaram brevemente que um incêndio tinha eclodido no ''[[National Mall]]''.<ref>{{Citar web|url=http://edition.cnn.com/TRANSCRIPTS/0109/11/bn.03.html |título= Transcripts |acessodata=2 de maio de 2008 |data=11 de setembro de 2001 |obra=CNN}}</ref> Outro relatório saiu na ''[[Associated Press]]'', informando que o Voo 1989 da Delta Air Lines também havia sido sequestrado. Este relatório também revelou-se falso; acreditou-se por momentos que também este voo corria risco de sequestro, mas seu comando respondeu aos controladores, e pousou em segurança em [[Cleveland]], [[Ohio]].<ref name="wkyc">{{Citar web|último = O'Mara| primeiro = Michael|título = 9/11: 'Fifth Plane' terror alert at Cleveland Hopkins Airport|publicado= WKYC News |data=11 de setembro de 2006| url=http://www.wkyc.com/news/news_article.aspx?storyid=56706|acessodata = 8 de setembro de 2009}}</ref>

=== Vítimas ===
[[Imagem:New York City fire fighter pulling water hose from fire truck amid debris and burning buildings (29131883480).jpg|thumb|Dois [[New York City Fire Department|bombeiros nova-iorquinos]] em meio aos destroços causados pelo ataque.]]

Houve um total de {{formatnum:2996}} mortes, incluindo os 19 sequestradores e as {{formatnum:2977}} vítimas.<ref name="Flags">{{Citar web|url = http://media.www.theonlinerocket.com/media/storage/paper601/news/2008/09/12/News/Lost-Lives.Remembered.During.911.Ceremony-3427598.shtml|título = Lost lives remembered during 9/11 ceremony|publicado = The Online Rocket|acessodata = 29 de agosto de 2010|data = 12 de setembro de 2008|arquivourl = https://web.archive.org/web/20100916051327/http://media.www.theonlinerocket.com/media/storage/paper601/news/2008/09/12/News/Lost-Lives.Remembered.During.911.Ceremony-3427598.shtml|arquivodata = 16 de Setembro de 2010|urlmorta = yes}}</ref> As vítimas foram distribuídas da seguinte forma: 246 nos quatro aviões (onde não houve sobreviventes), 2606 na cidade de [[Nova Iorque]] e 125 no [[O Pentágono|Pentágono]].<ref>{{Citar web|url=http://edition.cnn.com/2009/CRIME/11/13/khalid.sheikh.mohammed/index.html|título=Accused 9/11 plotter Khalid Sheikh Mohammed faces New York trial|data=13 de novembro de 2009|publicado=CNN|acessodata=29 de agosto de 2010}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.cnn.com/2006/US/05/16/pentagon.video/index.html|título=First video of Pentagon 9/11 attack released|data=16 de maio de 2006|publicado=CNN|acessodata=10 de setembro de 2006}}</ref> Todas as mortes ocorridas foram de civis, exceto por 55 militares atingidos no Pentágono.<ref>{{Citar web|autor=Stone, Andrea |url=http://www.usatoday.com/news/sept11/2002-08-20-pentagon_x.htm |título=Military's aid and comfort ease 9/11 survivors' burden |publicado=USA Today |data=20 de agosto de 2002 |acessodata=20 de maio de 2008}}</ref>

Em 2007, o escritório examinador médico da cidade de Nova Iorque divulgou o número oficial de mortos do 11 de Setembro, adicionando a morte de Felicia Dunn-Jones. Dunn-Jones faleceu cinco meses após o 11/09 devido a uma doença pulmonar que foi associada à exposição à poeira durante o colapso do World Trade Center.<ref name="dunn-jones">{{Citar web|url=http://www.nytimes.com/2007/05/24/nyregion/24dust.html |título=For the First Time, New York Links a Death to 9/11 Dust |autor=DePalma, Anthony |publicado=The New York Times |data=24 de maio de 2007}}</ref> Heyward Leon, que morreu de [[linfoma]] em 2008, foi adicionado ao número oficial de mortes em 2009.<ref name="heyward">{{Citar web|url=http://www.nytimes.com/2009/09/12/nyregion/12groundzero.html |título=9/11’s Litany of Loss, Joined by Another Name |data=Setembro de 2009 |publicado=New York Times |acessodata=12 de setembro de 2009|primeiro=Lisa W.|último=Foderaro}}</ref>

O [[Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia]] (NIST) estimou que cerca de {{formatnum:17400}} civis estavam no complexo do World Trade Center no momento dos ataques, enquanto as contas da Autoridade Portuária de Nova Iorque sugerem que 14.154 pessoas estavam nas Torres Gêmeas às 08h45min.<ref>{{citar livro|autor =Averill, Jason D.|numero-autores= et al. |url=http://wtc.nist.gov/NCSTAR1/PDF/NCSTAR%201-7.pdf |capítulo=Occupant Behavior, Egress, and Emergency Communications |título=Final Reports of the Federal Building and Fire Investigation of the World Trade Center Disaster |publicado=National Institute of Standards and Technology (NIST) |ano=2005|acessodata=20 de maio de 2008}}</ref><ref>{{citar livro|autor =Dwyer, Jim and Kevin Flynn |título=102 Minutes |publicado=Times Books |ano=2005 |página=266 |isbn=0805076824}}</ref> A grande maioria das pessoas abaixo da zona de impacto evacuaram os edifícios com segurança, junto com dezoito pessoas que estavam na zona de impacto na torre sul, e um número de pessoas que estava acima da zona de impacto que, evidentemente, usaram a escadaria intacta na Torre Sul.<ref>{{Citar web|url=http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9F00E6DC153BF935A15756C0A9649C8B63 |título=Last Words at the Trade Center; Fighting to Live as the Towers Die |autor=Dwyer, Jim|numero-autores= et al. |publicado=New York Times |data=26 de maio de 2002 |acessodata=19 de maio de 2008}}</ref> Pelo menos 1.366 pessoas morreram, pois estavam no andar do impacto da Torre Norte ou em andares superiores, e pelo menos 618 na Torre Sul, onde a evacuação tinha começado antes do segundo impacto.<ref name="NYTFatal">{{Citar web|último=Lipton |primeiro=Eric |url=http://www.nytimes.com/2004/07/22/nyregion/study-maps-the-location-of-deaths-in-the-twin-towers.html |título=Study Maps the Location of Deaths in the Twin Towers |data=22 de julho de 2004 |publicado=The New York Times |acessodata=22 de abril de 2008}}</ref> Assim, dos {{formatnum:2753}} mortos no WTC, {{formatnum:1950}} estavam nos andares atingidos pelas aeronaves ou acima deles.<ref name="IG">{{citar web |url=http://ultimosegundo.ig.com.br/11desetembro/projeto+de+torres+gemeas+contribuiu+para+mortes+no+11+de+setembro/n1597192291128.html |título=Projeto de Torres Gêmeas contribuiu para mortes no 11 de Setembro |editor=[[IG]] |autor=Carolina Cimenti |localização=Nova York |data=5 de setembro de 2011 |acessodata=10 de abril de 2013}}</ref>

[[Imagem:911 victims helping one another.jpg|thumb|Dois homens ajudando uma mulher ferida durante os ataques.]]

De acordo com o relatório da comissão centenas foram mortos instantaneamente com o impacto, enquanto os demais ficaram presos e morreram após o colapso da torre.<ref name="911-ch9">{{Citar web| título=Heroism and Honor| obra=National Commission on Terrorist Attacks upon the United States| publicado=U.S. Congress| data=21 de agosto de 2004| url=http://www.9-11commission.gov/report/911Report_Ch9.htm| acessodata=20 de maio de 2008}}</ref> Pelo menos 200 pessoas pularam dos edifícios para a morte (como mostrado na foto "''[[The Falling Man]]''"), caindo nas ruas e telhados de edifícios adjacentes, centenas de metros abaixo.<ref name="horrificdecision">{{Citar web|url=http://www.usatoday.com/news/sept11/2002-09-02-jumper_x.htm |título=Desperation forced a horrific decision |publicado=USATODAY |data=2 de setembro de 2002 |autor=Cauchon, Dennis and Martha Moore|acessodata=9 de setembro de 2006}}</ref> Alguns dos ocupantes de cada torre, e que estavam acima do ponto de impacto, subiram em direção ao teto, na esperança de um resgate por [[helicóptero]], mas as portas de acesso ao telhado estavam bloqueadas. Não existia qualquer plano de resgate de helicóptero e, em 11 de setembro, a fumaça e calor intenso teria impedido tais aeronaves de realizarem salvamentos.<ref>{{Citar web|url=http://www.cbsnews.com/stories/2004/05/18/terror/main618174.shtml |título=Poor Info Hindered 9/11 Rescue|publicado=CBS News |data=18 de maio de 2004|acessodata=11 de setembro de 2006}}</ref>

Um total de 411 trabalhadores de emergência que responderam aos chamados de socorro morreram quando tentavam resgatar as pessoas e apagar os incêndios. O [[New York City Fire Department|Corpo de Bombeiros da Cidade de Nova Iorque]] (FDNY) perdeu 341 bombeiros e dois [[paramédico]]s.<ref>{{Citar web|autor=Denise Grady; Andrew C. Revkin |título= Threats and responses: rescuer's health; Lung Ailments May Force 500 Firefighters Off Job |url=http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9C05E1DC1631F933A2575AC0A9649C8B63 |data=10 de setembro de 2002 |publicado=The New York Times |acessodata=23 de maio de 2008}}</ref> O [[New York City Police Department|Departamento de Polícia da Cidade de Nova Iorque]] (NYPD) perdeu 23 funcionários.<ref>{{Citar web|título=Post-9/11 report recommends police, fire response changes |url=http://www.usatoday.com/news/nation/2002-08-19-nypd-nyfd-report_x.htm |data=19 de agosto de 2002 |agência=Associated Press |publicado=USA Today |acessodata=23 de maio de 2008}}</ref> O Departamento de Polícia da [[Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey|Autoridade Portuária]] perdeu 37 oficiais,<ref>{{Citar web|título=Police back on day-to-day beat after 9/11 nightmare |url=http://archives.cnn.com/2002/US/07/20/wtc.police/index.html |data=21 de julho de 2002 |publicado=CNN |acessodata=23 de maio de 2008}}</ref> e 8 [[Emergency Medical Technician|EMTs]] adicionais e paramédicos de unidades privadas de serviços de emergência foram mortos.<ref>{{Citar web|autor=Joshi, Pradnya |url=http://www.newsday.com/news/port-authority-workers-to-be-honored-1.695524 |título=Port Authority workers to be honored |publicado=Newsday |data=8 de maio de 2005 |acessodata=20 de maio de 2008}}</ref><ref name="National EMS Memorial">{{Citar web|título=National EMS Memorial|url=http://nemsms.org/notices01.htm|subtitulo=2001 Notices of Line of Duty Death|publicado=National EMS Memorial Service|acessodata=11 de setembro de 2007|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131112190035/http://nemsms.org/notices01.htm|arquivodata=12 de Novembro de 2013|urlmorta=yes}}</ref>

A Cantor Fitzgerald L.P., um [[banco de investimento]] nos pisos 101a–105a do World Trade Center 1, perdeu 658 funcionários, muito mais do que qualquer outra empresa.<ref>{{Citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/5282060.stm?lsf |título=Cantor rebuilds after 9/11 losses |publicado=BBC |data=4 de setembro de 2006 |acessodata=20 de maio de 2008}}</ref> A Marsh Inc., localizada imediatamente abaixo da Cantor Fitzgerald nos pisos 93–101 (o local de impacto do voo 11) perdeu 355 funcionários, e 175 funcionários da ''Aon Corporation'' foram mortos.<ref>{{Citar web|url=http://www.investmentnews.com/apps/pbcs.dll/article?AID=/20070911/REG/70911011 |título=Industry honors fallen on 9/11 anniversary |publicado=InvestmentNews |autor= Siegel, Aaron |data=11 de setembro de 2007 |acessodata=20 de maio de 2008}}</ref>

Depois de [[Nova Iorque (estado)|Nova Iorque]], [[Nova Jérsei]] foi o [[Estados dos Estados Unidos|estado]] mais atingido, com a cidade de [[Hoboken (Nova Jérsei)|Hoboken]] ostentando a maioria das mortes.<ref name="beveridge">{{Citar web|url=http://www.gothamgazette.com/demographics/91102.shtml |título=9/11/01-02: A Demographic Portrait Of The Victims In 10048|publicado=Gotham Gazette |autor=Beveridge, Andrew |acessodata=20 de maio de 2008}}</ref> Mais de noventa países perderam cidadãos nos ataques ao World Trade Center<ref>{{Citar web| último=Walker| primeiro=Carolee| título=Five-Year 9/11 Remembrance Honors Victims from 90 Countries| url=http://www.america.gov/st/washfile-english/2006/September/20060911141954bcreklaw0.9791071.html| publicado=[[United States Department of State]]| data=11 de setembro de 2006| acessodata=18 de maio de 2008| arquivourl=https://web.archive.org/web/20080115102024/http://www.america.gov/st/washfile-english/2006/September/20060911141954bcreklaw0.9791071.html| arquivodata=15 de Janeiro de 2008| urlmorta=yes}}</ref> (três [[brasileiros]]<ref>{{citar web |url=http://web.archive.org/web/20041224123434/http://jbonline.terra.com.br/destaques/11setembro2003/12set_01_eua.html |editor=Jornal do Brasil |título=Lembranças de dor e perplexidade |data=11 de setembro de 2003 |acessodata=13 de abril de 2013 |arquivodata=24 de dezembro de 2004 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20041224123434/http://jbonline.terra.com.br/destaques/11setembro2003/12set_01_eua.html }}</ref> e cinco [[portugueses]]).<ref>{{citar web |url=http://expresso.sapo.pt/cinco-portugueses-morreram-no-11-de-setembro=f672177 |título=Cinco portugueses morreram no 11 de Setembro |editor=[[Expresso (Portugal)|Expresso]] |data=8 de setembro de 2011 |acessodata=13 de abril de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130614210500/http://expresso.sapo.pt/cinco-portugueses-morreram-no-11-de-setembro=f672177 |arquivodata=14 de Junho de 2013 |urlmorta=yes }}</ref>

{{Mortes dos ataques de 11 de setembro de 2001}}

Semanas após o ataque, o número de vidas perdidas foi estimado em mais de seis mil.<ref>{{Citar web|url=http://edition.cnn.com/2001/US/09/29/gen.america.under.attack/index.html |título=Source: Hijacking suspects linked to Afghanistan |publicado=CNN |data=30 de setembro de 2001 |acessodata=8 de junho de 2008}}</ref> A cidade de Nova Iorque só foi capaz de identificar os restos de cerca de {{Fmtn|1600}} das vítimas no World Trade Center, ficando sem identificação mais de {{Fmtn|1100}}. O escritório legista também recolheu cerca de dez mil ossos não identificados e fragmentos de tecidos humanos que não puderam ser combinados para a lista de mortos. Em 23 de fevereiro de 2005, as autoridades legistas reconheceram a limitação tecnológica na época, para avançar nos trabalhos de identificação. Nos últimos cinco meses apenas oito vítimas haviam sido identificadas.<ref name="CBS2">{{Citar web| título=Ground Zero Forensic Work Ends| publicado=CBS News| data=23 de fevereiro de 2005| url=http://www.cbsnews.com/stories/2005/02/23/national/main675839.shtml| acessodata=20 de maio de 2008}}</ref>

Fragmentos ósseos ainda estavam sendo encontrados em 2006, quando os trabalhadores estavam se preparando para demolir Deutsche Bank Building, também danificado. Essa operação foi concluída em 2007. Em 2 de abril de 2010 uma equipe de especialistas em [[antropologia forense]] e [[arqueologia]] começou a procurar por restos humanos, artefatos humanos e objetos pessoais no [[aterro sanitário de Fresh Kills]], em [[Staten Island]]. A operação foi concluída em junho de 2010, com 72 restos humanos encontrados, elevando o total de restos humanos encontrados para 1845. As identidades de 1629 das {{Fmtn|2753}} vítimas<ref>Se nós adicionarmos as 87 vítimas do Voo 11 ({{Citar web| url=http://www.cnn.com/SPECIALS/2001/memorial/lists/by-location/page93.html |título=American Airlines Flight 11}}), a 60 vítimas do Voo 175 ({{Citar web| url=http://www.cnn.com/SPECIALS/2001/memorial/lists/by-location/page100.html |título=United Airlines Flight 175}}) e as 2.606 vítimas das torres ({{Citar web| url=http://edition.cnn.com/2009/CRIME/11/13/khalid.sheikh.mohammed/index.html| título=Accused 9/11 plotter Khalid Sheikh Mohammed faces New York trial}}) vamos obter um total de 2.753 vítimas.</ref> foram identificadas. Os perfis de [[DNA]], na tentativa de identificar as vítimas adicionais, são permanentes.<ref>[http://www.newsday.com/news/new-york/more-remains-found-at-wtc-site-1.2045994 "More remains found at WTC site Newsday" - 22 de junho de 2010]</ref> Em agosto de 2011, {{formatnum:1631}} vítimas foram identificadas, enquanto {{formatnum:1122}} (41%) das vítimas permaneceram não identificadas.<ref>{{Citar web|url=http://www.nydailynews.com/new-york/remains-wtc-worker-ernest-james-40-id-ten-years-9-11-article-1.945620 |título=Remains of WTC worker Ernest James, 40, ID'd ten years after 9/11 |último=Lemre |primeiro=Jonathan |obra=New York Daily News |data=24 de agosto de 2011 |acessodata=13 de abril de 2013}}</ref><ref name="DNAContinue">{{Citar web | primeiro = Bobby | último = Cuza | título = 9/11 A Decade Later: DNA Matching Efforts To Continue At WTC Site | data = 11 de junho de 2011 | url = http://www.ny1.com/content/143516/9-11-a-decade-later--remains-from-wtc-tested-by-latest-dna-tech | publicado = [[NY1]] | acessodata = 13 de abril de 2013 | arquivourl = https://web.archive.org/web/20140920211012/http://www.ny1.com/content/143516/9-11-a-decade-later--remains-from-wtc-tested-by-latest-dna-tech | arquivodata = 20 de Setembro de 2014 | urlmorta = yes }}</ref> <!-- TRECHO DESATUALIZADO: Os restos mortais estão sendo mantidos em armazenamento no Memorial Park, fora das instalações do instituto médico de Nova York. Em 2013, espera-se que os restos mortais sejam transferidos em 2013 para um depósito atrás de uma parede no [[Museu do 11 de Setembro]].--> Em julho de 2011, uma equipe de cientistas do instituto médico da cidade tentou novamente identificar os restos mortais, na esperança de que a tecnologia melhor desenvolvida lhes permitisse identificar outras vítimas.<ref name="DNAContinue" />

=== Danos ===
[[Imagem:September 17 2001.jpg|thumb|direita|Ruínas do complexo do World Trade Center após o colapso das torres.]]
[[Imagem:World Trade Center Site After 9-11 Attacks With Original Building Locations.jpg|thumb|Local do [[World Trade Center (1973–2001)|World Trade Center]] (''[[Ground Zero (Nova Iorque)|Ground Zero]]'') com uma sobreposição mostrando os locais originais do complexo de edifícios destruídos.]]
[[Imagem:Aerial view of the Pentagon during rescue operations post-September 11 attack.JPEG|thumb|[[O Pentágono]] parcialmente destruído após a colisão do avião.]]

Junto com os 110 andares das Torres Gêmeas, vários edifícios ao redor foram destruídos ou seriamente danificados, incluindo os edifícios 3 a 7 do complexo do World Trade e a Igreja Ortodoxa Grega de São Nicolau.<ref name="wtcstudy">{{Citar web |url=http://www.fema.gov/rebuild/mat/wtcstudy.shtm |título=World Trade Center Building Performance Study |data=Maio de 2002 |publicado=FEMA |acessodata=13 de abril de 2013 |arquivourl=https://www.webcitation.org/5spvzRCDS?url=http://www.fema.gov/rebuild/mat/wtcstudy.shtm |arquivodata=18 de Setembro de 2010 |urlmorta=no }}</ref> A Torre Norte, a Torre Sul, o [[World Trade Center 3|Marriott Hotel (WTC 3)]] e o [[WTC 7]] foram completamente destruídos. A Alfândega dos Estados Unidos (no [[WTC 6]]), o [[WTC 4]], o [[Five World Trade Center|WTC 5]] e duas passarelas de pedestres que ligavam os edifícios foram severamente danificadas. O [[Deutsche Bank Building]] foi parcialmente danificado e mais tarde demolido.<ref name="The Eleventh Day pp 75">Summers and Swan (2011), p. 75.</ref><ref name='130 Liberty Finally Gone from Ground Zero'>{{Citar web| primeiro = Matt | último = Chaban | título = 130 Liberty Finally Gone from Ground Zero | data = 2 de setembro de 2011| url = http://www.commercialobserver.com/2011/02/130-liberty-finally-gone-from-ground-zero/ | obra = [[The New York Observer]] | acessodata = 13 de abril de 2013}}</ref> Os dois edifícios do complexo vizinho do [[World Financial Center]] também sofreram danos.<ref name="The Eleventh Day pp 75" />

O Deutsche Bank Building, na Liberty Street do complexo do World Trade Center, foi mais tarde condenado por causa das condições tóxicas no interior da torre de escritórios e foi desconstruído.<ref>''World Trade Center Building Performance Study&nbsp;– Bankers Trust Building'', pp ??</ref><ref>{{Citar web| título=The Deutsche Bank Building at 130 Liberty Street|publicado=Lower Manhattan Construction Command Center| url=http://www.renewnyc.com/plan_des_dev/130Liberty/default.asp|acessodata=13 de abril de 2013}}</ref> O Fiterman Hall, do Colégio Comunitário do [[Borough]] de Manhattan, na 30 West Broadway, foi condenado devido aos danos nos ataques e está sendo reconstruído.<ref> {{Citar web| título = Lower Manhattan – Fiterman Hall| publicado = LowerManhattan.info| data = 1 de julho de 2007| url = http://www.lowermanhattan.info/construction/project_updates/fiterman_hall_39764.aspx| acessodata = 13 de abril de 2013| arquivourl = https://www.webcitation.org/5pvOUTcbk?url=http://www.lowermanhattan.info/construction/project_updates/fiterman_hall_39764.aspx| arquivodata = 22 de Maio de 2010| urlmorta = no}}</ref> Outros edifícios vizinhos, como o [[90 West Street]] e o [[Edifício Verizon]] sofreram grandes danos, mas foram restaurados.<ref name="nyconstruction">{{Citar web |url=http://newyork.construction.com/projects/TopProjects04/Verizon.asp |título=Verizon Building Restoration |publicado=New York Construction (McGraw Hill) |acessodata=13 de abril de 2013 |arquivourl=https://www.webcitation.org/5pvOUTccB?url=http://newyork.construction.com/projects/TopProjects04/Verizon.asp |arquivodata=22 de Maio de 2010 |urlmorta=no }}</ref> Os edifícios do World Financial Center, o [[One Liberty Plaza]], o [[Millenium Hilton]] e o 90 Church Street tiveram danos moderados e já foram restaurados.<ref>''World Trade Center Building Performance Study&nbsp;– Peripheral Buildings'', pp. ??</ref> Os equipamentos de telecomunicações no topo da Torre Norte também foram destruídos, mas as estações de mídia rapidamente foram capazes de redirecionar os seus sinais e retomar as transmissões.<ref name="wtcstudy"/><ref>{{Citar web| último=Bloomfield| primeiro=Larry| url=http://sysdesignshowcase.broadcastengineering.com/ar/broadcasting_new_york_broadcasters| título=New York broadcasters rebuild| publicado=Broadcast Engineering| data=1 de outubro de 2001| acessodata=13 de abril de 2013| arquivourl=https://web.archive.org/web/20080604040210/http://sysdesignshowcase.broadcastengineering.com/ar/broadcasting_new_york_broadcasters| arquivodata=4 de Junho de 2008| urlmorta=yes}}</ref>

O [[O Pentágono|Pentágono]] foi severamente danificado pelo impacto do [[Voo 77 da American Airlines]] e por incêndios subsequentes, causando o desabamento de uma das seções do edifício.<ref>''The Pentagon Building Performance Report'', pp. ??</ref> Ao se aproximar do Pentágono, as asas do avião derrubaram postes de luz e seu motor direito quebrou um gerador antes de cair no lado ocidental do edifício, matando todos os 53 passageiros, os cinco sequestradores e 6 tripulantes.<ref>''Flight Path Study – American Airlines Flight 77'', pp. ??</ref><ref name="fdr">''American Airlines Flight 77 FDR Report'', pp. ??</ref> O avião atingiu o Pentágono no nível do primeiro andar. A parte dianteira da fuselagem desintegrou-se durante o impacto, enquanto as seções centrais e a cauda mantiveram-se em movimento por uma fração de segundo.<ref name="Pent17">Goldberg (2007), p. 17.</ref> Detritos provenientes da cauda penetraram mais fundo no edifício, quebrando por 94 metros três dos cinco anéis mais externos do edifício.<ref name="Pent17"/><ref>{{Citar web|último=Maclean |primeiro=John N |título=America Under Attack: A chronicle of chaos and heroism at the Pentagon |url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/05/29/AR2008052903149.html |data=1 de junho de 2008 |obra = The Washington Post|acessodata=13 de abril de 2013}}</ref>

=== Resgate e recuperação ===
[[Imagem:WTC-Fireman requests 10 more colleagesa.jpg|thumb|direita|Um [[New York City Fire Department|bombeiro de Nova Iorque]] solicita mais dez [[socorristas]] para trabalharem junto aos escombros do [[World Trade Center (1973–2001)|World Trade Center]].]]

O [[New York City Fire Department|Corpo de Bombeiros da Cidade de Nova Iorque]] (FDNY) rapidamente mandou 200 unidades (metade do departamento) para o local dos ataques, cujos esforços foram completados por vários [[bombeiro]]s de folga e [[paramédico]]s.<ref name="mckinsey-ems">{{Citar web|url=http://www.nyc.gov/html/fdny/pdf/mck_report/ems_response.pdf |título=McKinsey Report – Emergency Medical Service response |publicado=FDNY / McKinsey & Company |data=9 de agosto de 2002 |acessodata=12 de julho de 2007}}</ref><ref name="mckinsey-exec">{{Citar web|url=http://www.nyc.gov/html/fdny/pdf/mck_report/executive_summary.pdf |título=FDNY McKinsey Report – Executive Summary |data=agosto de 2002 |publicado=FDNY / McKinsey & Company |acessodata=10 de julho de 2007}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.nyc.gov/html/fdny/pdf/mck_report/x7_fire_apparatus_deployment.pdf |título=Fire Apparatus Deployment on September 11 |publicado=FDNY / McKinsey & Company |data=agosto de 2002 |acessodata=10 de julho de 2007}}</ref> O [[New York City Police Department|Departamento de Polícia da Cidade de Nova Iorque]] (NYPD) enviou Unidades de Serviço de Emergência (ESU) e outros policiais, juntamente com a implantação de sua unidade de aviação.<ref name="mckinsey-nypd">{{Citar web |url=http://www.nyc.gov/html/fdny/html/mck_report/toc.html |título=McKinsey Report – NYPD |data=19 de agosto de 2002 |acessodata=10 de julho de 2007 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140608101241/http://www.nyc.gov/html/fdny/html/mck_report/toc.html |arquivodata=8 de Junho de 2014 |urlmorta=yes }}</ref> Uma vez em cena, o FDNY, NYPD e policiais da Autoridade Portuária não coordenaram os esforços<ref name="mckinsey-ems"/> e realizaram buscas redundantes por vítimas civis.<ref name="alavosius">{{citar periódico|título=Unity Of Purpose/[[Unity of effort|Unity Of Effort]]: Private-Sector Preparedness In Times Of Terror |periódico=Disaster Prevention & Management |autor =Alavosius, Mark P.|numero-autores= et al. |ano=2005 |volume=14(5) |páginas=666–680 |doi=10.1108/09653560510634098}}</ref>

Com as condições deterioradas, a unidade de aviação da NYPD retransmitia informações aos comandantes dos bombeiros, que emitiam ordens para o seu pessoal evacuar as torres, de modo que a maioria dos oficiais estava em condições de segurança antes de evacuar os edifícios que desmoronaram.<ref name="mckinsey-nypd"/><ref name="alavosius"/> Com postos de comando criados separadamente e comunicações de rádio incompatíveis entre os organismos, os avisos não foram repassados aos comandantes do FDNY.<ref name="IG"/>

Após a primeira torre desabar os comandantes dos bombeiros enviaram os avisos de [[evacuação]], no entanto, devido a dificuldades técnicas com o mau funcionamento do sistema repetidor de rádio, os bombeiros não ouviram muitas das ordens de evacuação. Os atendentes do número de emergência também receberam informações de chamadas que não foram repassadas aos comandantes no local.<ref name="mckinsey-exec"/> Poucas horas depois do ataque uma importante operação de busca e resgate foi lançada. Depois de meses de operações, o local do World Trade Center foi limpo no final de maio de 2002.<ref>{{Citar web|url=http://archives.cnn.com/2002/US/05/30/rec.wtc.cleanup/ |título=Ceremony closes 'Ground Zero' cleanup |data=30 de maio de 2002 |publicado=CNN |acessodata=11 de setembro de 2008}}</ref>

== Responsabilidade ==
=== Al-Qaeda ===
{{Artigo principal|Al-Qaeda}}
[[Imagem:Afghan_Muja_crossing_from_Saohol_Sar_pass_in_Durand_border_region_of_Pakistan,_August_1985.png|thumb|[[Mujahidin]]s afegãos financiados pela [[CIA]] e treinados pelo [[Inter-Services Intelligence|ISI]] cruzando a fronteira da [[Linha Durand]] para lutar contra o governo afegão apoiado pela [[União Soviética]] em 1985.]]

A origem da [[Al-Qaeda]] pode ser rastreada até 1979, quando a [[União Soviética]] [[Invasão soviética do Afeganistão|invadiu o Afeganistão]]. [[Osama bin Laden]] viajou para o [[Afeganistão]] e ajudou a organizar ''[[mujahidin]]'' [[árabes]] para resistir aos soviéticos.<ref>{{Citar web|publicado=BBC News|título=Al-Qaeda's origins and links|data=20 de julho de 2004|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/1670089.stm|acessodata=6 de abril de 2013}}</ref> Sob a orientação de Ayman al-Zawahiri, Bin Laden tornou-se mais radical.<ref name="gunaratna-p23">Gunaratna (2002), pp. 23–33.</ref> Em 1996, Bin Laden divulgou sua primeira ''[[fatwa]]'', pedindo para os soldados americanos deixarem a [[Arábia Saudita]].<ref>{{Citar web|url=http://www.pbs.org/newshour/terrorism/international/fatwa_1996.html |título=Bin Laden's fatwā (1996) |publicado=PBS |acessodata=6 de abril de 2013}}</ref>

Em um segundo ''fatwa'' em 1998, Bin Laden delineou suas objeções à [[Relações internacionais dos Estados Unidos|política externa americana]] em relação a [[Israel]], bem como a contínua presença de tropas americanas na Arábia Saudita após a [[Guerra do Golfo]].<ref name="1998FatwaPBS">{{Citar web|url=http://www.pbs.org/newshour/terrorism/international/fatwa_1998.html |título=Al Qaeda's 1998 fatwā |obra=[[The NewsHour with Jim Lehrer]] |publicado=[[Public Broadcasting Service]] |acessodata=6 de abril de 2013}}</ref> Bin Laden usou textos islâmicos para exortar os [[muçulmanos]] a atacar americanos e, de acordo com bin Laden, muçulmanos juristas "têm ao longo da história islâmica concordado unanimemente que a ''[[jihad]]'' é um dever individual se o inimigo destrói os países muçulmanos".<ref name="1998FatwaPBS"/>

=== Osama bin Laden ===
{{Artigo principal|Osama bin Laden|Morte de Osama bin Laden}}

[[Imagem:Osama bin Laden portrait.jpg|thumb|upright|esquerda|Fotografia de [[Osama bin Laden]] em 1997.]]

Bin Laden, que orquestrou os ataques, inicialmente negou, mas em 2004 admitiu seu envolvimento.<ref name="cbc-2004"/><ref name="BBC6Jul2011">{{Citar web|título=Pakistan inquiry orders Bin Laden family to remain|url=http://www.bbc.co.uk/news/world-south-asia-14041604 |publicado=BBC |data=6 de julho de 2011 |acessodata=6 de abril de 2013}}</ref><ref name="ajNov2004">{{Citar web |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070613014620/http://english.aljazeera.net/English/archive/archive?ArchiveId=7403 |arquivodata=13 de Junho de 2007 |url=http://english.aljazeera.net/English/archive/archive?ArchiveId=7403 |título=Full transcript of bin Ladin's speech |publicado=Al Jazeera |data=2 de novembro de 2004 |acessodata=6 de abril de 2013 |urlmorta=yes }}</ref> A rede [[Al Jazeera]] transmitiu uma declaração de Bin Laden em 16 de setembro de 2001, afirmando que "gostaria de salientar que eu não realizei este ato, que parece ter sido realizado por indivíduos com motivos próprios".<ref>{{Citar web |título=Pakistan to Demand Taliban Give Up Bin Laden as Iran Seals Afghan Border |url=http://www.foxnews.com/story/0,2933,34440,00.html |publicado=Fox News Channel |data=16 de setembro de 2001 |acessodata=6 de abril de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100523082548/http://www.foxnews.com/story/0,2933,34440,00.html |arquivodata=23 de Maio de 2010 |urlmorta=yes }}</ref> Em novembro de 2001, as forças americanas recuperaram uma fita de vídeo de uma casa destruída em [[Jalalabad]], no Afeganistão. Na fita, Bin Laden é visto falando com Khaled al-Harbi e admite a presciência dos ataques.<ref>{{Citar web|título = Bin Laden on tape: Attacks 'benefited Islam greatly'| publicado = CNN| data=14 de dezembro de 2001| url = http://archives.cnn.com/2001/US/12/13/ret.bin.laden.videotape/| acessodata=6 de abril de 2013 |citação=Reveling in the details of the fatal attacks, bin Laden brags in Arabic that he knew about them beforehand and says the destruction went beyond his hopes. He says the attacks "benefited Islam greatly".}}</ref> Em 27 de dezembro de 2001, um segundo vídeo de Bin Laden foi divulgado. Nas filmagens, ele disse: "o terrorismo contra os Estados Unidos merece ser louvado, porque é uma resposta à injustiça, com o objetivo de forçar a América a parar o apoio a Israel, que mata nosso povo", mas não chegou a admitir a responsabilidade pelos ataques.<ref>{{Citar web|título = Transcript: Bin Laden video excerpts |publicado=BBC News| data=27 de dezembro de 2001| url = http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/1729882.stm| acessodata=6 de abril de 2013}}</ref>

Pouco antes da [[eleição presidencial nos Estados Unidos em 2004]], em uma declaração gravada, Bin Laden reconheceu publicamente o envolvimento da Al-Qaeda nos ataques aos Estados Unidos e admitiu a sua ligação direta com os atentados. Ele disse que os ataques foram realizados porque "somos livres ... e queremos recuperar a liberdade sob a nossa nação. Ao minar a nossa segurança, nós minamos a sua."<ref>{{Citar web|último=Michael |primeiro=Maggie |url=http://legacy.signonsandiego.com/news/nation/terror/20041029-1423-binladentape.html |título=Bin Laden, in statement to U.S. people, says he ordered Sept. 11 attacks |agência=Associated Press |publicado=SignOnSanDiego.com |data=29 de outubro de 2004 |acessodata=6 de abril de 2013}}</ref> Bin Laden disse que orientou pessoalmente seus seguidores a atacar o [[World Trade Center (1973–2001)|World Trade Center]].<ref name="ajNov2004"/><ref>{{Citar web|título = Al-Jazeera: Bin Laden tape obtained in Pakistan| publicado = MSNBC |data=30 de outubro de 2004|url = http://msnbc.msn.com/id/6363306/| acessodata=6 de abril de 2013}}</ref> Outro vídeo obtido pela Al Jazeera em setembro de 2006 mostra bin Laden com Ramzi bin al-Shibh, bem como dois sequestradores, Hamza al-Ghamdi e Wail al-Shehri, enquanto faziam os preparativos para os ataques.<ref>{{Citar web |url=http://www.cbc.ca/world/story/2006/09/07/al-qaeda-tape.html |título=Bin Laden 9/11 planning video aired |publicado=[[CBC News]] |data=7 de setembro de 2006 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071013183902/http://www.cbc.ca/world/story/2006/09/07/al-qaeda-tape.html |arquivodata=13 de Outubro de 2007 |acessodata=6 de abril de 2013 |urlmorta=no }}</ref> Os Estados Unidos jamais indiciaram formalmente Osama bin Laden pelos ataques de 11 de setembro de 2001, mas ele esteve na lista dos mais procurados pelo [[Escritório Federal de Investigação]] (FBI) por causa dos bombardeios das embaixadas americanas em [[Dar es Salaam]], na [[Tanzânia]], e em [[Nairóbi]], no [[Quênia]].<ref>{{Citar web| último=Clewley| primeiro=Robin|título=How Osama Cracked FBI's Top 10|obra=[[Wired Magazine|Wired]]| data=27 de setembro de 2001| url=http://www.wired.com/politics/law/news/2001/09/47109| acessodata=2011-09-03}}</ref><ref>{{Citar web|título=USAMA BIN LADEN|url=http://www.fbi.gov/wanted/topten/usama-bin-laden|obra=FBI Ten Most Wanted Fugitive|publicado=Federal Bureau of Investigation|acessodata=6 de abril de 2013}}</ref> Depois de uma perseguição de quase 10 anos, [[Morte de Osama bin Laden|Bin Laden foi morto]] por forças especiais americanas em um complexo em [[Abbottabad]], no [[Paquistão]], em 2 de maio de 2011.<ref>{{Citar web|url=http://www.nytimes.com/2011/05/02/world/asia/osama-bin-laden-is-killed.html?hp |título=Bin Laden Is Dead, President Obama Says |último1 =Baker|primeiro1 =Peter|último2 =Cooper |primeiro2 = Helene |data=1 de maio de 2011 |obra=New York Times |acessodata=6 de abril de 2013}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://thelede.blogs.nytimes.com/2011/05/01/bin-laden-dead-u-s-official-says/?scp=3&sq=Abbottabad,%20Pakistan%20&st=cse |título=Obama Announces Killing of Osama bin Laden |último=Cooper|primeiro=Helene|data=1 de maio de 2011 |obra=New York Times |acessodata=6 de abril de 2013}}</ref>

=== Khalid Sheikh Mohammed ===
{{Artigo principal|Khalid Sheikh Mohammed}}

[[Imagem:Khalid Shaikh Mohammed after capture.jpg|thumb|direita|[[Khalid Sheikh Mohammed|Khalid Sheikh]] depois de sua captura no [[Paquistão]], considerado o autor intelectual do ataque terrorista às torres gêmeas do [[World Trade Center (1973–2001)|World Trade Center]].]]

O jornalista Yosri Fouda do canal de televisão árabe [[Al Jazeera]] relatou que em abril de 2002, [[Khalid Sheikh Mohammed]] admitiu o seu envolvimento, junto com Ramzi bin al-Shibh, nos ataques de 11/9.<ref>{{Citar web|url=http://www.guardian.co.uk/international/story/0,3604,906911,00.html|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080302075945/http://www.guardian.co.uk/international/story/0,3604,906911,00.html|arquivodata=2 de Março de 2008|título='We left out nuclear targets, for now'|obra=The Guardian|data=4 de março de 2003|acessodata=6 de abril de 2013|local=Londres|urlmorta=no}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.telegraph.co.uk/news/3685099/Alleged-911-mastermind-wants-to-confess-to-plot.html|título= Alleged 9/11 mastermind wants to confess to plot |publicado=Telegraph |data=10 de outubro de 2008 |acessodata=6 de abril de 2013|local=Londres|primeiro1 =Tom|último1 =Leonard|primeiro2 =Alex|último2 =Spillius}}</ref><ref name=aljazeera2007/> O Relatório da Comissão do 11/9 determinou que a animosidade de Mohammed, o principal arquiteto dos ataques, para com os Estados Unidos era resultado da sua "violenta discordância da política externa dos Estados Unidos de favorecer Israel".<ref name=autogenerated1>9/11 Commission Report (2004), p. 147.</ref>

Mohammed foi também o consultor e financiador do [[atentado de 1993 ao World Trade Center]] e era tio de [[Ramzi Yousef]], o terrorista líder do ataque.<ref>{{Citar web|url=http://www.washingtontimes.com/news/2009/aug/26/white-house-power-grabs/|título=White House power grabs|data=26 de agosto de 2009|obra=The Washington Times|acessodata=6 de abril de 2013}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.businessweek.com/news/2011-04-04/khalid-sheikh-mohammed-terror-indictment-unsealed-dismissed.html|título=Khalid Sheikh Mohammed Terror Indictment Unsealed, Dismissed|último1 =Van Voris|primeiro1 =Bob|último2 =Hurtado |primeiro2 = Patricia|data=4 de abril de 2011|obra=BusinessWeek|acessodata=6 de abril de 2013}}</ref>

Mohammed foi preso em 1 de março de 2003, em [[Rawalpindi]], Paquistão, por agentes de segurança paquistaneses que trabalhavam com a CIA, em seguida, foi transferido e interrogado na [[Prisão de Guantánamo]], na [[Base Naval da Baía de Guantánamo]], em [[Cuba]], com seções que incluíam [[afogamento simulado]].<ref>{{Citar web |url=http://www.time.com/time/nation/article/0,8599,436061,00.html |título=Khalid Sheikh Mohammed Names Names |publicado=[[Time (magazine)|TIME]] |data=24 de março de 2003 |acessodata=6 de abril de 2013 |primeiro1=Elaine |último1=Shannon |primeiro2=Michael |último2=Weisskopf |arquivodata=25 de dezembro de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20181225172208/http://content.time.com/time/nation/article/0,8599,436061,00.html%20 }}</ref><ref>{{Citar web|data=8 de maio de 2008|url=http://www.reuters.com/article/2008/05/08/idUSN08420997|título=US judge orders CIA to turn over 'torture' memo-ACLU|publicado=Reuters|acessodata=6 de abril de 2013|primeiro=Michelle|último=Nichols|arquivodata=22 de outubro de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20111022131148/http://www.reuters.com/article/2008/05/08/idUSN08420997}}</ref> Durante as audiências na [[Baía de Guantánamo]] em março de 2007, Mohammed novamente confessou sua responsabilidade pelos ataques, afirmando que ele "foi o responsável pela operação de 11/9, de A a Z" e que a sua declaração não foi feita sob coação.<ref name="aljazeera2007">{{Citar web|url=http://www.aljazeera.com/news/americas/2007/03/200852512026300115.html |título=September 11 suspect 'confesses' |publicado=Al Jazeera |data=15 de março de 2007 |acessodata=6 de abril de 2013}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/6452573.stm |título= Key 9/11 suspect 'admits guilt' |publicado=BBC News |data=15 de março de 2007 |acessodata=6 de abril de 2013}}</ref>

=== Outros membros da Al-Qaeda ===
{| class="wikitable" style="font-size:90%; float:right;"
! colspan="4" |Sequestradores
|-
! Voo
! Nome
! Idade
! Nacionalidade
|-
| rowspan="5" |[[Voo American Airlines 11|American Airlines 11]]
| '''[[Mohamed Atta]]'''
|33
|{{flagu|Egito}}
|-
| [[Abdulaziz al-Omari]]
| 22
| rowspan="4" style="text-align: center" |{{flagu|Arábia Saudita}}
|-
| [[Wail al-Shehri]]
| 28
|-
| [[Waleed al-Shehri]]
| 22
|-
| [[Satam al-Suqami]]
| 25
|-
| rowspan="5" |[[Voo United Airlines 175|United Airlines 175]]
| '''[[Marwan al-Shehhi]]'''
| 23
| rowspan="2" |{{flagu|EAU}}
|-
| [[Fayez Banihammad]]
| 24
|-
| [[Mohand al-Shehri]]
| 22
| rowspan="8" style="text-align: center" |{{flagu|Arábia Saudita}}
|-
| [[Hamza al-Ghamdi]]
| 20
|-
| [[Ahmed al-Ghamdi]]
| 22
|-
| rowspan="5" |[[Voo American Airlines 77|American Airlines 77]]
| '''[[Hani Hanjour]]'''
| 29
|-
| [[Khalid al-Mihdhar]]
| 26
|-
| [[Majed Moqed]]
| 24
|-
| [[Nawaf al-Hazmi]]
| 25
|-
| [[Salem al-Hazmi]]
| 20
|-
| rowspan="4" |[[Voo United Airlines 93|United Airlines 93]]
| '''[[Ziad Jarrah]]'''
| 26
|{{flagu|Líbano}}
|-
| [[Ahmed al-Haznawi]]
| 20
| rowspan="3" style="text-align: center" |{{flagu|Arábia Saudita}}
|-
| [[Ahmed al-Nami]]
| 24
|-
| [[Saeed al-Ghamdi]]
| 21
|}
Durante o julgamento de [[Zacarias Moussaoui]], cinco pessoas foram identificadas como terem tido conhecimento total dos detalhes da operação. Elas são bin Laden, Khalid Sheikh Mohammed, Ramzi bin al-Shibh, Abu al-Turab Urduni e Mohammed Atef. Até o momento, apenas figuras periféricas foram julgadas ou condenadas pelos ataques.<ref>{{Citar web| título=Substitution for Testimony of Khalid Sheikh Mohammed| página=24| url=http://www.vaed.uscourts.gov/notablecases/moussaoui/exhibits/defense/941.pdf| ano=2006| obra=United States District Court for the Eastern District of Virginia| publicado=United States Department of Justice| acessodata=6 de abril de 2013| arquivodata=26 de outubro de 2019| arquivourl=https://web.archive.org/web/20191026151908/http://www.vaed.uscourts.gov/notablecases/moussaoui/exhibits/defense/941.pdf}}</ref>

Em 26 de setembro de 2005, um [[Audiência Nacional (Espanha)|tribunal superior espanhol]] condenou Abu Dahdah a 27 anos de prisão por conspiração sobre os ataques de 11/9 e de ser um membro da organização terrorista Al-Qaeda. Ao mesmo tempo, outros 17 membros da Al-Qaeda foram condenados a penas entre seis e 11 anos.<ref>{{Citar web|url=http://www.theage.com.au/news/world/spain-jails-18-alqaeda-operatives/2005/09/27/1127586828047.html| título=Spain jails 18 al-Qaeda operatives|obra=The Age |local=Melbourne| data=27 de setembro de 2005| acessodata=6 de abril de 2013}}</ref> Em 16 de fevereiro de 2006, o Supremo Tribunal Espanhol reduziu a pena de Abu Dahdah para 12 anos porque considerou que a sua participação na conspiração não foi comprovada.<ref>{{Citar web| primeiro = Philippe | último = Naughton | título = Spanish court quashes 9/11 conviction| data = 1 de junho de 2006 | url = http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/us_and_americas/article670596.ece |obra=The Times  | acessodata = 6 de abril de 2013}}</ref>

Também em 2006, Moussaoui, que originalmente era suspeito de ter sido o vigésimo sequestrador, foi condenado por conspiração ao cometer atos de [[terrorismo]] e pirataria aérea. Ele está cumprindo uma sentença de [[prisão perpétua]] sem liberdade condicional.<ref>Summers and Swan (2011), p. 489n.</ref><ref>{{Citar web|último=Youssef|primeiro=Maamoun|título=Bin Laden: Moussaoui Not Linked to 9/11|agência=Associated Press|data=24 de maio de 2006|jornal=Washington Post|url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/05/23/AR2006052301688.html}}</ref> Mounir el-Motassadeq, um associado dos sequestradores com sede em [[Hamburgo]], [[Alemanha]], está cumprindo 15 anos por seu papel em ajudar os sequestradores a se preparar para os ataques.<ref>Summers and Swan (2011), p. 542n.</ref>

A célula de Hamburgo, incluiu os [[Fundamentalismo islâmico|radicais islâmicos]] que posteriormente se tornaram as peças-chave dos ataques de 11 de setembro.<ref>{{Citar web|publicado=BBC News|título=The Hamburg connection|data=19 de agosto de 2005|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/2349195.stm}}</ref> [[Mohamed Atta]], [[Marwan al-Shehhi]], [[Ziad Jarrah]], Ramzi bin al-Shibh e Said Bahaji eram todos membros da célula terrorista da Al-Qaeda em Hamburgo.<ref>"[http://www.9-11commission.gov/report/911Report_Ch5.htm Chapter of the 9/11 Commission Report detailing the history of the Hamburg Cell]". [[Comissão do 11 de setembro]].</ref>

=== Motivos ===
Alega-se que os três principais motivos para os ataques de 11 de setembro sejam a [[Operação Southern Watch|presença americana na Arábia Saudita]],<ref>* Plotz, David (2001) [http://www.slate.com/default.aspx?id=115404 What Does Osama Bin Laden Want?], Slat
* {{citar livro|autor =Bergen, Peter L. |título=Holy War Inc. |publicado=Simon & Schuster |ano=2001 |página=3}}
* {{Citar web|url=http://www.guardian.co.uk/world/2001/sep/26/afghanistan.terrorism3 |título=Face to face with Osama |publicado=The Guardian |data=26 de setembro de 2001|local=London|acessodata=13-05-2010 | primeiro=Rahimullah | último=Yusufzai}}
* {{Citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/2984547.stm|título=US pulls out of Saudi Arabia |acessodata=29 de novembro de 2009|obra=BBC News|data=29-04-2003}}
* {{Citar web|url=http://cryptome.org/zawahri-wsj.htm |título= Saga of Dr. Zawahri Sheds Light On the Roots of al Qaeda Terror |publicado=Wall Street Journal |data=2 de julho de 2002 |acessodata=20 de maio de 2008}}
* {{Citar web|url=http://www.9-11commission.gov/archive/hearing10/9-11Commission_Hearing_2004-04-13.htm |título=Tenth Public Hearing, Testimony of Louis Freeh| publicado=9/11 Commission| data=13 de abril de 2004| acessodata=20 de maio de 2008}}
* {{Citar web| título=Jihad Against Jews and Crusaders: World Islamic Front Statement|data=23 de fevereiro de 1998| url = http://www.fas.org/irp/world/para/docs/980223-fatwa.htm| acessodata = 8 de setembro de 2006}}</ref> o [[Relações militares entre Estados Unidos e Israel|apoio a Israel por parte dos Estados Unidos]]<ref>* Bin Laden's taped broadcast from January 2010, transcript in Haaretz.com, [http://www.haaretz.com/news/bin-laden-attacks-on-u-s-to-go-on-as-long-as-it-supports-israel-1.265770 online here].
* {{citar livro|título=[[The Israel Lobby and U.S. Foreign Policy]]|primeiro =John J.|último =Mearsheimer|página=67|publicado=Macmillan|ano=2007
}}
* {{citar livro|título=Encyclopedia of terrorism|primeiro =Harvey|último =Kushner|página=389|publicado=SAGE|ano=2003
}}
* {{citar livro|título=Osama Bin Laden|primeiro =Suzanne|último =Murdico|página=64|publicado=Rosen Publishing Group|ano=2003
}}
* {{citar livro|título=Executing the Constitution|primeiro =Christopher|último =Kelley|página=207|publicado=SUNY Press|ano=2006
}}
* {{citar livro|título=The Al Qaeda reader|primeiro =Raymond|último =Ibrahim|página=276|publicado=Random House|ano=2007
}}
* {{citar livro|título=The World According to Al Qaeda|primeiro =Brad|último =Berner|página=80|publicado=Peacock|ano=2007
}}</ref> e as sanções contra o [[Iraque]].<ref name="aljazeera">{{Citar web|url= http://english.aljazeera.net/archive/2004/11/200849163336457223.html|título=Full transcript of bin Ladin's speech |publicado=aljazeera|acessodata=29 de novembro de 2009}}</ref><ref name="Guardian">{{citar web |url=http://www.guardian.co.uk/world/2002/nov/24/theobserver |título=Full text of Bin Laden's "Letter to America" |data=24 de novembro de 2002 |acessodata=28 de abril de 2013 |editor=[[The Guardian]]}}</ref> Estes motivos foram ditos explicitamente pela Al-Qaeda em declarações pretéritas aos atentados, incluindo a [[fatwā]] de agosto de 1996<ref name="e1996">{{citar web |url=http://www.pbs.org/newshour/terrorism/international/fatwa_1996.html |título=Bin Laden's Fatwa |editor=[[Public Broadcasting Service|PBS]] |data=23 de agosto de 1996 |acessodata=28 de abril de 2013}}</ref> e um pequeno fatwā publicado em fevereiro de 1998.<ref name="e1998">{{citar web |url=http://www.pbs.org/newshour/terrorism/international/fatwa_1998.html |título=Al Qaeda's Second Fatwa |data=23 de fevereiro de 1998 |editor=[[Public Broadcasting Service|PBS]] |acessodata=28 de abril de 2013}}</ref> Após os ataques, Bin Laden e Al-Zawahiri publicaram fitas de vídeos e fitas de áudio adicionais, algumas delas repetindo as razões pelos ataques. Duas dessas publicações merecem destaque: "Carta para a América" de 2002,<ref name="Guardian"/> e um vídeo de 2004 mostrando Bin Laden.<ref name="aljazeera"/> Além de pronunciamentos diretos de Bin Laden e a Al-Qaeda, inúmeros analistas políticos têm postulado outras motivações para os ataques.
[[Imagem:WTC smoking on 9-11.jpeg|thumb|esquerda|Torres do WTC queimando no dia dos ataques.]]

Bin Laden disse que o profeta [[Maomé]] bania a "presença permanente de infiéis na Arábia".<ref name="holywar-p3">{{citar livro|autor =Bergen, Peter L. |título=Holy War Inc. |publicado=Simon & Schuster |ano=2001 |página=3}}</ref> No ''fatwā'' de 1998, a Al-Qaeda escreveu que "Por mais de sete anos, os Estados Unidos têm vindo a ocupar as terras do Islã e os lugares mais santos, a [[Península Arábica]], saqueando suas riquezas, mandando em seus governantes, humilhando seu povo, aterrorizando seus vizinhos, e transformando as bases da península em uma liderança para lutar com os povos muçulmanos vizinhos.".<ref name="1998 Al Qaeda fatwā">[http://www.fas.org/irp/world/para/docs/980223-fatwa.htm 1998 Al Qaeda fatwā]</ref> Em uma entrevista em 1999 com o repórter paquistanês Rahimullah Yusufzai, Bin Laden disse que pressentia que os norte-americanos estavam "perto demais de [[Meca]]" e considerou que isto era uma provocação à todo o mundo muçulmano.<ref name="guardian-20010926">{{Citar web|url=http://www.guardian.co.uk/world/2001/sep/26/afghanistan.terrorism3 |título=Face to face with Osama |publicado=The Guardian |data=26 de setembro de 2001|local=London|acessodata=13-05-2010 | primeiro=Rahimullah | último=Yusufzai}}</ref>

Em novembro de 2002, na "Carta para a América", Bin Laden disse que o apoio dos Estados Unidos à [[Israel]] era outro motivo: "A criação e manutenção de Israel é um dos maiores crimes, e vocês são os líderes desses criminosos. E, claro, não há necessidade de explicar e demonstrar o grau de apoio americano a Israel. A criação de Israel é um crime que deve ser apagado. Toda e qualquer pessoa cujas mãos se tornaram poluídas do contributo para este crime tem de pagar o seu preço, e pagar por isso fortemente.".<ref name="Guardian"/> Em 2004 Bin Laden reforçou que o apoio à Israel era um dos motivos dos atentados.<ref name="aljazeera"/> Vários analistas, incluindo John Mearsheimer e Stephen Walt, autores do livro ''The Israel Lobby and U.S. Foreign Policy'', também argumentam que o principal motivo dos ataques de 11 de setembro foi o apoio que os Estados Unidos deram à Israel.<ref name="guardian-20010926"/><ref>* {{citar livro|título=[[The Israel Lobby and U.S. Foreign Policy]]|primeiro =John J.|último =Mearsheimer|página=67|publicado=Macmillan|ano=2007
}}
* {{citar livro|título=Encyclopedia of terrorism|primeiro =Harvey|último =Kushner|página=389|publicado=SAGE|ano=2003
}}
* {{citar livro|título=Osama Bin Laden|primeiro =Suzanne|último =Murdico|página=64|publicado=Rosen Publishing Group|ano=2003
}}
* {{citar livro|título=Executing the Constitution|primeiro =Christopher|último =Kelley|página=207|publicado=SUNY Press|ano=2006
}}
* {{citar livro|título=The Al Qaeda reader|primeiro =Raymond|último =Ibrahim|página=276|publicado=Random House|ano=2007
}}
* {{citar livro|título=The World According to Al Qaeda|primeiro =Brad|último =Berner|página=80|publicado=Peacock|ano=2007
}}</ref>

No ''fatwā'' de 1998, a Al-Qaeda pronunciou que as sanções do Iraque eram razões para matar os estadunidenses: "apesar da grande devastação infligida ao povo iraquiano pela aliança cruzado-sionista, e apesar do grande número de pessoas mortas, que ultrapassou um milhão... Apesar de tudo isso, os americanos estão mais uma vez contra a tentativa de repetir os massacres horrendos, como se eles não se contentassem com o bloqueio prolongado imposto após a guerra feroz ou a fragmentação e destruição... Com base nisso, e em conformidade com a ordem de Alá, emitimos a fatwa que se segue para todos os muçulmanos: A decisão de matar os americanos e seus aliados, civis e militares é um dever individual de todo muçulmano...".<ref name="1998 Al Qaeda fatwā"/>

Em adição a esses motivos dados pela própria Al-Qaeda, alguns analistas têm sugerido outras razões, muitas vezes rejeitadas, incluindo uma humilhação que o mundo islâmico teria ao ficar para trás do mundo ocidental, especialmente pela diferença expressiva da economia devido à [[globalização]] recente.<ref>{{Citar web|url=http://www.chass.utoronto.ca/~ikalmar/illustex/baudriterror.htm|título=The spirit of terrorism|último= [[Jean Baudrillard]]|acessodata=15 de dezembro de 2009}}</ref> Outro motivo especulado pelos ocidentais é o de que os terroristas teriam o desejo de provocar os Estados Unidos para uma guerra mais ampla contra o mundo islâmico, com a esperança de motivar mais aliados a apoiarem a Al-Qaeda.<ref>{{Citar web|url=http://www.foreignaffairs.com/articles/57618/michael-scott-doran/somebody-elses-civil-war|título=somebody-elses-civil-war|publicado=Foreign Affairs|acessodata=5 de dezembro de 2009}}</ref><ref>{{citar livro|último =Doran |primeiro =Michael Scott |título=Understanding the War on Terror |publicado=Norton |ano=2005 |local=New York |páginas=72–75 |isbn=0-87609-347-0}}</ref><ref>{{citar livro|último =Bergen |primeiro =Peter |título=The Osama bin Laden I Know: An Oral History of al Qaeda's Leader |publicado=Free Press |ano=2006 |local=New York |isbn=0-7432-7891-7 |página=229}}</ref>

== Planejamento ==
[[Imagem:911 - FEMA - WTC impacts (graphic).svg|thumb|Mapa mostrando os ataques ao World Trade Center (os aviões não estão em escala).]]
[[Imagem:World Trade Center, NY - 2001-09-11 - Debris Impact Areas.svg|thumb|Gráfico do [[Federal Emergency Management Agency|FEMA]] ilustrando os ataques ao [[World Trade Center (1973–2001)|World Trade Center]].]]
{{Artigo principal|Planejamento dos ataques de 11 de setembro de 2001}}

A ideia para os ataques veio de [[Khalid Sheikh Mohammed]], que primeiro apresentou o projeto a [[Osama bin Laden]] em 1996.<ref>{{Citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/south_asia/3128802.stm |título=Suspect 'reveals 9/11 planning' |publicado=BBC News |data=22 de setembro de  2003 |acessodata=03-09-2011}}</ref> Nesse momento, Bin Laden e a [[Al-Qaeda]] estavam em um período de transição, tendo acabado de se mudar de volta ao [[Afeganistão]], vindos do [[Sudão]].<ref name="911-ch5">9/11 Commission Report, Chapter 5, pp ??</ref> Em 1998, os [[atentados terroristas às embaixadas dos Estados Unidos na África]] e o ''[[fatwa]]'' de bin Laden marcaram um ponto de virada, quando Osama voltou suas atenções a atacar os [[Estados Unidos]].<ref name="911-ch5"/> Em dezembro de 1998, Centro de Contraterrorismo da [[CIA]] relatou ao então presidente [[Bill Clinton]] que a Al-Qaeda estava se preparando para ataques contra os Estados Unidos que poderiam incluir sequestro de aviões.<ref name="WP1998-memo">{{Citar web|primeiro=Susan |último=Schmidt |título=1998 Memo Cited Suspected Hijack Plot by Bin Laden |url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A58615-2004Jul17.html |publicado=The Washington Post |data=18 de julho de 2004 |acessodata=03-09-2011}}</ref><ref>{{Citar web|título = Bin Ladin Preparing to Hijack US Aircraft and Other Attacks|data = 4 de dezembro de  1998|acessodata = |publicado = [[Director of Central Intelligence]]|url = http://web.archive.org/web/20120104062812/http://www.foia.cia.gov/docs/DOC_0001110635/0001110635_0001.gif|arquivodata = 2012-01-04|arquivourl = https://web.archive.org/web/20120104062812/http://www.foia.cia.gov/docs/DOC_0001110635/0001110635_0001.gif}}</ref>

No final de 1998 ou no início de 1999, Bin Laden deu a aprovação para Mohammed avançar com a organização dos ataques. Uma série de reuniões ocorridas no início de 1999, envolvendo Mohammed, bin Laden e seu vice, [[Mohammed Atef]].<ref name="911-ch5"/> Atef prestou apoio operacional para o projeto, incluindo seleções de destino e ajuda na organização de viagens para os sequestradores.<ref name="911-ch5"/> Bin Laden discordou de Mohammed, rejeitando alguns alvos potenciais, como a [[US Bank Tower]], em [[Los Angeles]], porque "não havia tempo suficiente para se preparar para uma operação desse tipo".<ref>{{Citar web|url=http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9404E7DF1031F933A15750C0A9659C8B63|título=Bin Laden Chose 9/11 Targets, Al Qaeda Leader Says|publicado=New York Times|último=Litchblau|primeiro=Eric|data=20 de março de 2003|acessodata=03-09-2011}}</ref><ref>Wright (2006), p. 308.</ref>

Bin Laden liderou e deu apoio financeiro para a trama, além de ter se envolvido na seleção de participantes.<ref>{Bergen (2006), p. 283.</ref> Osama inicialmente selecionou [[Nawaf al-Hazmi]] e [[Khalid al-Mihdhar]], ambos [[jihad]]istas experientes que lutaram na [[Bósnia e Herzegovina|Bósnia]]. Hazmi e Mihdhar chegaram aos Estados Unidos em meados de janeiro de 2000. Na primavera de 2000, Hazmi e Mihdhar tiveram aulas de voo em [[San Diego]], na [[Califórnia]], mas ambos pouco falavam [[Língua inglesa|inglês]], mal fizeram as aulas de voo e, finalmente, serviram como sequestradores secundários.<ref>Wright (2006), pp. 309–315.</ref><ref>McDermott (2005), pp. 191–2.</ref>

No final de 1999, um grupo de homens a partir de [[Hamburgo]], na [[Alemanha]], chegaram no [[Afeganistão]], incluindo [[Mohamed Atta]], [[Marwan al-Shehhi]], [[Ziad Jarrah]] e Ramzi bin al-Shibh.<ref>{{Citar web|primeiro=Richard |último=Bernstein |título=On Path to the U.S. Skies, Plot Leader Met bin Laden |url=http://www.nytimes.com/2002/09/10/national/10PLOT.html?ex=1221624000&en=30bc6f683535b59f&ei=5070 |publicado=New York Times |data=10 de setembro de 2002 |acessodata=03-09-2011}}</ref> Bin Laden selecionou estes homens porque eles eram educados, falavam inglês e tinham experiência de vida no oeste dos EUA.<ref>Wright (2006), pp. 304–7.</ref> Novos recrutas foram examinados rotineiramente para habilidades especiais e os líderes da al-Qaeda, consequentemente, descobriram que Hani Hanjour já tinha uma licença de piloto comercial.<ref>Wright (2006), p. 302.</ref>

Hanjour chegou em San Diego em 8 dezembro de 2000, juntando-se a Hazmi.<ref name='9/11 commission staff statement No. 16'>{{Citar web| título = 9/11 commission staff statement No. 16 | data = 16-06-2004 | url = http://www.msnbc.msn.com/id/5224099/ns/us_news-security/t/commission-staff-statement-no/ | obra = [[MSNBC]] | acessodata = 03-09-2011}}</ref> Eles logo partiram para o [[Arizona]], onde tiveram cursos de reciclagem com Hanjour. Marwan al-Shehhi chegou no final de maio de 2000, enquanto Atta chegou em 3 de junho de 2000 e Jarrah em 27 de junho de 2000. Bin al-Shibh tentou por várias vezes obter um visto para os [[Estados Unidos]], mas como um [[Iémen|iemenita]], foi rejeitado devido a preocupações que ele ficasse mais tempo do que o seu visto e permanecesse como um [[Imigração clandestina|imigrante em situação ilegal]]. Bin al-Shibh permaneceu em Hamburgo, proporcionando coordenação entre Atta e Mohammed. Os três membros da célula de Hamburgo realizaram todo o treinamento de piloto no sul da [[Flórida]].<ref>{{citar web |url=http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18431 |título=A conexão alemã do 11 de Setembro |autor=Flávio Aguiar |editor=[[Carta Capital]] |data=8 de setembro de 2011 |acessodata=10 de abril de 2013}}</ref>

Na primavera de 2001, os sequestradores secundários começaram a chegar nos Estados Unidos.<ref>{{Citar web|url=http://www.9-11commission.gov/staff_statements/911_TerrTrav_Monograph.pdf |título=Staff Monograph on 9/11 and Terrorist Travel |publicado=9/11 Commission |ano=2004 |acessodata=03-09-2011}}</ref> Em julho de 2001, Atta reuniu-se com bin al-Shibh na [[Espanha]], onde coordenou detalhes da trama, incluindo a seleção final de alvos. Bin al-Shibh também passou o desejo de Bin Laden de que os ataques fossem realizados o mais rapidamente possível.<ref name="irujo">{{Citar web|url=http://www.elpais.com/articulo/espana/Atta/recibio/Tarragona/joyas/miembros/comando/11-S/hiciesen/pasar/ricos/saudies/elpepiesp/20040321elpepinac_11/Tes/ |título=Atta recibió en Tarragona joyas para que los miembros del 'comando' del 11-S se hiciesen pasar por ricos saudíes |publicado=El Pais |data=21 de março de 2004 |último=Irujo|primeiro=Jose Maria |acessodata=3 de setembro de 2011 |língua=Espanhol}}</ref>

=== Células de apoio ===
Cerca de 1 200 estrangeiros foram presos e encarcerados secretamente em relação à investigação dos ataques de 11 de setembro, ainda que o governo não tenha divulgado o número exato.<ref>{{citar web|título = Investigación del 11 de septiembre plagada de abusos| url = http://hrw.org/spanish/press/2002/eeuu_abuso.html | editor =[[Human Rights Watch]] |acessodata=13 de abril de 2013}}</ref>

Os métodos utilizados pelo Estado para investigar e deter suspeitos têm sido severamente criticados por organizações de direitos humanos como [[Human Rights Watch]]<ref>{{citar web| título= 11/09 e a guerra do Afeganistão|url = http://hrw.org/spanish/wtc_guerra.html | editor = [[Human Rights Watch]] |acessodata=13 de abril de 2013}}</ref> e chefes de governo como a chanceler alemã [[Angela Merkel]]. Até agora o governo dos Estados Unidos não falou a ninguém dos participantes da conspiração que realizaram as operações em terra.<ref>{{citar web| título= As críticas de Merkel |url=http://www.clarin.com/diario/2006/09/09/um/m-01268321.htm | publicado = [[Clarín]]| data = 9 de setembro de 2006}}</ref>

No dia 26 de setembro de 2005, a [[Audiência Nacional (Espanha)|Audiência Nacional da Espanha]], dirigida pelo juiz [[Baltasar Garzón]], condenou a Abu Dahdah a 27 anos de prisão por conspiração nos atentados de 11 de setembro e por ser parte da organização terrorista Al-Qaeda. Ao mesmo tempo, outros 1234 membros da Al-Qaeda foram condenados a penas de entre 6 e 12 anos.<ref>{{Citar web |url=http://web.archive.org/web/20080622050028/http://www.diariodirecto.com/hem/20050927/DESARROLLOS/31-26092005-alqaeda-juicio-espa%C3%B1a.html |título=La Audiencia Nacional dicta la primeira sentencia contra el terrorismo de Al Qaeda en España'', Diario Directo, 09.26.2005 |língua=Espanhol |obra= |data=26 de setembro de 2006 |acessodata=13 de abril de 2013 |arquivodata=22 de junho de 2008 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080622050028/http://www.diariodirecto.com/hem/20050927/DESARROLLOS/31-26092005-alqaeda-juicio-espa%C3%B1a.html }}</ref><ref>{{Citar web |url=http://web.archive.org/web/20011119203432/http://www.ict.org.il/spotlight/det.cfm?id=708 |título=Al-Qaeda Cell in Spain Charged with Aiding September 11 Attacks'', Institute for Counter-Terrorism, November 19, 2001 |obra= |data= |acessodata=13 de abril de 2013 |arquivodata=19 de novembro de 2001 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20011119203432/http://www.ict.org.il/spotlight/det.cfm?id=708 }}</ref> Em 16 de fevereiro de 2006, o Tribunal Supremo baixou a pena de Abu Dahdah a 12 anos porque considerou que sua participação na conspiração não estava provada.<ref>{{Citar web |url=http://www.elpais.es/articulo/espana/Supremo/rebaja/27/anos/pena/Abu/Dahdah/absuelve/otros/condenados/elpporesp/20060601elpepunac_7/Tes/ |título=El Supremo rebaja de 27 a 12 años la pena a Abu Dahdah y absuelve a otros tres condenados'', El País, 06.01.2006 |editor=[[El País]] |obra= |data=6 de janeiro de 2006 |acessodata=13 de abril de 2013}}</ref>

== Reação ==
=== Resposta imediata ===
{{Vertambém|Fechamentos e cancelamentos em decorrência dos ataques de 11 de setembro}}

[[Imagem:F-15A Eagle of the 101st Fighter Squadron flying over New York City after September 11, 2001.jpg|thumb|esquerda|Um caça [[F-15|F-15 Eagle]] voando uma missão de patrulha sobre Nova Iorque após o 11 de setembro.]]

Às 08h14, o piloto do voo 11 não respondeu a uma instrução para ascender emitida pelo Centro de [[Controle de Tráfego Aéreo]] da [[Administração Federal de Aviação]] (FAA) em [[Boston]], que controla o [[espaço aéreo]] local. O piloto estava naquele momento voando do lado oposto às chegadas de Boston e, como o voo 11 passou a representar um perigo aéreo, os controladores de tráfego aéreo começaram a redirecionar as chegadas de aeronaves para promover uma separação adequada.<ref name="msnbc">{{Citar web|url=http://www.msnbc.msn.com/id/14754701/|publicado=[[MSNBC]]|título=The skies over America|data=9 de setembro de 2006|acessodata=17 de abril de 2013}}</ref> Às 8h20, Betty Ong, uma comissária do [[voo 11 da American Airlines]], avisou a empresa sobre o sequestro da aeronave.<ref>{{Citar web |url=http://web.archive.org/web/20050119205509/http://thememoryhole.org/911/911-ong-tape.htm |título=> Betty Ong's Call from 9/11 Flight 11 |publicado=The Memory Hole |data= |acessodata=17 de abril de 2013 |arquivodata=19 de janeiro de 2005 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20050119205509/http://thememoryhole.org/911/911-ong-tape.htm }}</ref> Às 08h21, o avião (agora visível apenas no [[radar]] primário) começou a sair radicalmente da sua rota prevista. Às 08h25, o controlador ouviu o que acreditou ser a voz de um dos sequestradores em uma transmissão de rádio do voo 11. O Centro de Boston chamou o Centro de Comando FAA em [[Herndon (Virgínia)|Herndon]], [[Virgínia]], às 8h28 para relatar o ocorrido.<ref name="oig.dot.gov">{{Citar web |url=http://web.archive.org/web/20090419211712/https://www.oig.dot.gov/StreamFile?file=/data/pdfdocs/cc2006085.pdf |título=U.S. Dept. of Transportation, OIG Memo |data= |acessodata=17 de abril de 2013 |arquivodata=19 de abril de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090419211712/https://www.oig.dot.gov/StreamFile?file=%2Fdata%2Fpdfdocs%2Fcc2006085.pdf }}</ref> Às 8h32, os funcionários da FAA foram avisado de que o voo 11 tinha sido sequestrado e notificaram o [[Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte]] (NORAD). O NORAD então enviou dois caças [[F-15]] da Base Aérea da Guarda Nacional de Otis, em [[Massachusetts]], que estavam em voo às 08h53.<ref name=norad>{{Citar web|título=We Have Some Planes|url=http://www.9-11commission.gov/report/911Report.pdf|obra=The 911 Commission Report|publicado=911 Commission|acessodata=7 de abril de 2013|paginas=20–42}}</ref> Por causa da lenta e confusa comunicação com os funcionários da FAA, o NORAD tinha avisado apenas sobre o sequestro do voo 11, mas não fez nenhum aviso sobre qualquer um dos outros voos anteriores que caíram.<ref name=norad/>

Às 09h28, o controlador John Werth do Centro da FAA de Cleveland ouviu "sons de possíveis gritos" vindos do [[voo 93 da United Airlines]], e notou que o avião tinha descido 700 [[Pé (unidade)|pés]] e que o [[transponder]] estava desligado. Naquele momento, Werth já sabia que alguns aviões de passageiros haviam sido sequestrados e que um deles tinha atingido uma das torres do World Trade Center, em Nova Iorque.<ref>{{Citar web|último=Levin |primeiro=Alan |url=http://www.usatoday.com/news/nation/2008-09-11-911controller_N.htm |título=For air controller, terror still vivid 7 years later |publicado=Usatoday.Com |data=11 de setembro de 2008 |acessodata=13 de abril de 2013}}</ref> Depois de ambas as Torres Gêmeas terem sido atingidas, mais [[Caça (avião)|caças]] foram enviados da Base da Força Aérea Langley–Eustis, na Virgínia, às 9h30.<ref name=norad/> Às 9h32, Werth ouviu uma voz dizendo: "Nós temos uma bomba a bordo" e pediu a seu supervisor que notificasse a Sede da FAA. Às 09h36, Centro de Cleveland chamou o Centro de Comando da FAA, em Herndon, e perguntou se os militares tinham sido notificados. O Centro de Comando da FAA então disse ao Centro de Cleveland que "o pessoal da FAA estava bem acima deles na cadeia de comando para tomar a decisão de procurar ajuda militar e que estavam trabalhando sobre a questão". Às 09h49, a decisão sobre a possibilidade de chamar os militares ainda não havia sido tomada e ninguém da FAA os chamou até às 10h07, quatro minutos após o voo 93 ter caído perto de Shanksville, na [[Pensilvânia]].<ref name="9/11 Commission Report">{{citar livro|título=The 9/11 Commission Report, Final Report of the National Commission on Terrorist Attacks Upon the United States|data= 22 de julho de 2004|capítulo= Chapter 1, "We Have Some Planes" |publicado=[[W. W. Norton & Company]]|url=http://govinfo.library.unt.edu/911/report/911Report_Ch1.htm|isbn=0-393-32671-3|acessodata=17 de abril de 2013}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.cbsnews.com/stories/2006/09/10/september11/main1992171.shtml |título=Flight 93 Controller Looks Back |publicado=CBS News |data=10 de setembro de 2006 |acessodata=17 de abril de 2013}}</ref>

[[Imagem:The Pentagon is functioning.jpg|thumb|direita|Oito horas após os ataques, o então [[Secretário de Defesa dos Estados Unidos]], [[Donald Rumsfeld]], declara: "O Pentágono está funcionando".]]

Às 10h20 o então vice-presidente [[Dick Cheney]] deu ordem para abater qualquer aeronave comercial que pudesse ser identificada como sequestrada. No entanto, estas instruções não foram transmitidas a tempo de os pilotos agirem.<ref name=norad/><ref>{{Citar web|título=Cheney: Order To Shoot Down Hijacked 9/11 Planes 'Necessary'|url=http://www.foxnews.com/politics/2011/09/04/cheney-order-to-shoot-down-hijacked-11-planes-necessary/|acessodata=17 de abril de 2013|jornal=Fox News|data=4 de setembro de 2011}}</ref><ref>{{Citar web|último=Schrader|primeiro=Esther|título=Cheney Gave Order to Shoot Down Jets|url=http://articles.latimes.com/2004/jun/18/nation/na-cheney18|acessodata=7 de abril de 2013|jornal=Los Angeles Times|data=18 de junho de 2004}}</ref><ref>{{citar livro|último =Greer|primeiro =Gordon|título=What Price Security?|ano=2005|publicado=iUniverse, Inc|isbn=0-595-35792-X|página=73|url=http://books.google.com/books?id=MNHGZWiLBL4C&pg=PA73&dq=fighters+told+to+shoot+down+airliner+on+9/11#v=onepage&q=fighters%20told%20to%20shoot%20down%20airliner%20on%209%2F11&f=false}}</ref> Alguns caças chegaram ao ar, sem munição, sabendo que para evitar que os sequestradores atingissem seus alvos, os pilotos poderiam ter que interceptar e colidir os seus caças nos aviões sequestrados, possivelmente ejetando no último momento. Isto aconteceu diretamente com dois pilotos de F-16 da USAF, coronel Marc Sasseville e a tenente-novata Heather “Lucky” Penney, que, impossibilitados de terem seus jatos armados em tempo e portando apenas munição de festim de treinamento, receberam ordem de derrubarem o voo 93 da United de qualquer maneira. O plano, que acabou sendo desnecessário pela queda do avião antes que os jatos chegassem a ele, era de um se jogar contra a cabine e outro contra a cauda do Boeing 757. Penney não pretendia ejetar-se no último segundo pois isso poderia mudar a rota do jato no momento da colisão e tinha consciência de estar numa missão suicida.<ref>{{Citar web|último=Hendrix|primeiro=Steve|título=F-16 pilot was ready to give her life on Sept. 11|url=http://www.washingtonpost.com/local/f-16-pilot-was-ready-to-give-her-life-on-sept-11/2011/09/06/gIQAMpcODK_story.html|acessodata=7 de abril de 2013|jornal=The Washington Post|data=8 de setembro de 2011}}</ref>

Pela primeira vez na história dos Estados Unidos, o espaço aéreo foi fechado e a todas aeronaves civis não-emergenciais nos Estados Unidos, [[Canadá]] e em vários outros países foi dada a ordem de regressar imediatamente ao chão,<ref>{{Citar web|url = http://www.judicialwatch.org/archive/2007/Saudi%20Docs%202.pdf|título = NOTAMs/Flight Restrictions in Effect on 9/13/01|autor = FDC|publicado = Federal Bureau of Investigation|data = 13 de abril de 2007|página = 15ff}} (hosted at [http://www.judicialwatch.org/jwnews/062207.htm JudicialWatch] {{Wayback|url=http://www.judicialwatch.org/jwnews/062207.htm |date=20100118194059 }})</ref> deixando assim dezenas de milhares de passageiros ao redor do mundo.<ref name="Commission">{{Citar web| título = Wartime| obra = National Commission on Terrorists Attacks upon the United States| publicado = U.S. Congress| url = http://www.9-11commission.gov/report/911Report_Ch10.htm| acessodata=7 de abril de 2013}}</ref> A FAA fechou o espaço aéreo americano para todos os voos internacionais, fazendo com que cerca de 500 voos fossem redirecionados para outros países. O Canadá recebeu 226 dos voos desviados e colocou em prática a [[Operação Yellow Ribbon|Operação ''Yellow Ribbon'']] para lidar com o grande número de aviões em terra e passageiros retidos.<ref name="'canadaflights'">{{citar comunicado de imprensa |título=Actions taken following September 11 terrorist attacks |data=11 de dezembro de 2001 |publicado=[[Transport Canada]] |url=http://www.tc.gc.ca/mediaroom/releases/nat/2001/01_h152e.htm |acessodata=7 de abril de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20020415131425/http://www.tc.gc.ca/mediaroom/releases/nat/2001/01_h152e.htm |arquivodata=15 de abril de 2002 }}</ref>

Os ataques de 11 de setembro tiveram efeitos imediatos sobre o povo dos Estados Unidos.<ref>{{citar periódico|último =Stein |primeiro =Howard F. |ano=2003 |título=Days of Awe: September 11, 2001 and its Cultural Psychodynamics |periódico=Journal for the Psychoanalysis of Culture and Society |volume=8 |número=2 |páginas=187–199 |publicado=Ohio State University Press |local=Columbus, OH |doi=10.1353/psy.2003.0047}}</ref> Equipes policiais e de resgate de todo o país largaram seus postos e partiram para Nova Iorque para ajudar a resgatar os corpos dos restos retorcidos das Torres Gêmeas do WTC.<ref>{{citar periódico|título=Asthma Rates Up Among Ground Zero Workers |agência=Associated Press |publicado=CBS News |data=27 de agosto de 2007}}</ref> As [[Doação de sangue|dádivas de sangue]] aumentaram em todo o país nas semanas seguintes ao 11 de setembro.<ref>{{citar periódico|último =Glynn|primeiro =Simone A.|título=Effect of a National Disaster on Blood Supply and Safety: The September 11 Experience| url=http://jama.ama-assn.org/content/289/17/2246.long|ano=2003|periódico=[[Journal of the American Medical Association]]|volume=289|número=17| pmid=12734136| doi=10.1001/jama.289.17.2246|páginas=2246–2253|último2 =Busch|primeiro2 =MP|último3 =Schreiber|primeiro3 =GB|último4 =Murphy|primeiro4 =EL|último5 =Wright|primeiro5 =DJ|último6 =Tu|primeiro6 =Y|último7 =Kleinman|primeiro7 =SH|último8 =Nhlbi Reds Study|primeiro8 =Group}}</ref><ref>{{Citar web| título=Red Cross Woes| url=http://www.pbs.org/newshour/bb/business/july-dec01/redcross_12-19.html| data=19 de dezembro de 2001| acessodata=7 de abril de 2013| publicado=PBS}}</ref> As mortes dos adultos que faleceram nos ataques ou morreram nas operações de resgate resultaram em mais de {{formatnum:3000}} crianças [[órfão]]s de pelo menos um dos pais.<ref>{{citar periódico|último1 = Coates |primeiro1 = S. |último2 = Schechter |primeiro2 = D.| doi = 10.1016/j.psc.2004.03.006 |título= Preschoolers' traumatic stress post-9/11: Relational and developmental perspectives |periódico= Psychiatric Clinics of North America |volume = 27 |número= 3 |páginas= 473–489 |ano= 2004 |pmid = 15325488}}</ref> Estudos posteriores documentaram as reações dessas crianças a estas perdas e sobre as perdas que temiam durante a vida, o ambiente de proteção após os ataques e os efeitos sobre os responsáveis que sobreviveram.<ref>Schechter DS, Coates SW, First E (2002). Observations of acute reactions of young children and their families to the World Trade Center attacks. Journal of ZERO-TO-THREE: National Center for Infants, Toddlers, and Families, 22(3), 9–13.</ref><ref>Coates SW, Rosenthal J, Schechter DS—Eds. (2003). September 11: Trauma and Human Bonds. New York: Taylor and Francis, Inc.</ref><ref>{{citar periódico|último1 = Klein |primeiro1 = T. P. |último2 = Devoe |primeiro2 = E. R. |último3 = Miranda-Julian |primeiro3 = C. |último4 = Linas |primeiro4 = K. |título= Young children's responses to September 11th: The New York City experience |doi = 10.1002/imhj.20200 |periódico= Infant Mental Health Journal |volume = 30 |página= 1 |ano= 2009 |url = http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/imhj.20200/pdf }}</ref>

=== Operações militares após os ataques ===
{{Artigo principal|Guerra ao Terror|Guerra do Afeganistão (2001–2021){{!}}Guerra do Afeganistão|Insurgência talibã|Guerra do Iraque}}

[[Imagem:US 10th Mountain Division soldiers in Afghanistan.jpg|thumb|esquerda|[[Exército dos Estados Unidos|Soldados estadunidenses]] embarcando em um helicóptero [[Boeing]] [[CH-47 Chinook]] durante a [[Operação Anaconda (Guerra do Afeganistão)|Operação Anaconda]] no [[Afeganistão]].]]

Às 14h40min de 11 de setembro, o [[Departamento de Defesa dos Estados Unidos|secretário da Defesa]] [[Donald Rumsfeld]] emitiu uma rápida ordem à seus assessores para procurar evidências do envolvimento do [[Iraque]] nos ataques, de acordo com anotações feitas pelo alto oficial Stephen Cambone. "Melhor informação rápida. Julgo ser boa o bastante para atacar S.H." — se referindo à [[Saddam Hussein]] — "ao mesmo tempo. Não apenas UBL" ([[Osama bin Laden]]), as notas de Cambone citam Rumsfeld dizendo: "Precisamos nos mover rapidamente — Próximos aos prazos estabelecidos para os alvos — vão com força máxima — vasculhem tudo. Coisas relacionadas ou não.".<ref name="IraqSuspect">{{Citar web|primeiro=Joel |último=Roberts |título=Plans For Iraq Attack Began On 9/11 |data=4 de setembro de 2002 |publicado=CBS News |url =http://www.cbsnews.com/stories/2002/09/04/september11/main520830.shtml |acessodata = 7 de outubro de 2009}}</ref><ref>{{Citar web|primeiro=Julian |último=Borger |título=Blogger bares Rumsfeld's post 9/11 orders |data=24 de fevereiro de 2006 |publicado=Guardian News and Media Limited |url =http://www.guardian.co.uk/world/2006/feb/24/freedomofinformation.september11 |acessodata = 7 de outubro de 2009|local=Londres}}</ref>

O conselho da [[Organização do Tratado do Atlântico Norte]] (OTAN) declarou que os ataques contra os [[Estados Unidos]] foram considerados um ataque a todos os países da aliança militar e, como tal, correspondem ao 5.º artigo da Carta Magna da organização.<ref>{{Citar web|título = Statement by the North Atlantic Council |publicado = NATO |data=15 de setembro de 2001 |url = http://www.nato.int/docu/pr/2001/p01-124e.htm |acessodata = 8 de setembro de 2006 |citação="Artigo 5º: As Partes concordam que um ataque armado contra uma ou mais delas na Europa ou na América do Norte será considerado um ataque contra todos elas e, consequentemente, concordam que, se tal ataque armado se verificar, cada um deles, no exercício do direito individual ou coletivo de autodefesa reconhecido pelo artigo 51 da Carta das Nações Unidas, prestará assistência à Parte ou Partes assim atacadas, praticando sem demora, individualmente e de acordo com as outras partes, a ação que julgar necessária, incluindo a uso da força armada, para restaurar e manter a segurança da área do Atlântico Norte. / Qualquer ataque armado desta natureza e todas as medidas tomadas em consequência desse ataque serão imediatamente comunicados ao Conselho de Segurança. Essas medidas devem estar em vigor quando o Conselho de Segurança tenha tomado as medidas necessárias para restaurar e manter a paz e a segurança internacionais."}}</ref> Ao voltar para a [[Austrália]] após uma visita oficial aos Estados Unidos na época dos ataques, o então [[Primeiro-ministro da Austrália|primeiro-ministro australiano]], [[John Howard]], invocou o artigo IV do tratado [[ANZUS]]. Na reação aos atentados, a [[George W. Bush|administração Bush]] anunciou uma "[[Guerra ao Terror]]", com metas estabelecidas de levar [[Osama bin Laden]] e a [[Al-Qaeda]] à justiça e prevenir o aparecimento de outras redes [[Terrorismo|terroristas]]. Estes objetivos serão realizados através de sanções econômicas e militares contra os [[Estado]]s vistos como abrigo de terroristas e aumentando a vigilância global e o compartilhamento de informações.<ref>{{citar web |url=http://www.abc.net.au/archives/80days/stories/2012/01/19/3412125.htm |título=THE DAY THE WORLD CHANGED: 9/11 |editor=[[American Broadcasting Company|ABC]] - Austrália |acessodata=10 de abril de 2013}}</ref>

Em 14 de setembro de 2001, uma resolução conjunta chamada "Autorização para o Uso da Força Militar Contra os Terroristas" foi aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos para autorizar o presidente do país a lutar contra os terroristas e as nações que os abrigam.<ref>{{citar web |url=http://www.gpo.gov/fdsys/pkg/PLAW-107publ40/pdf/PLAW-107publ40.pdf |título=Authorization for Use of Military Force Against Terrorists |editor=[[Governo dos Estados Unidos]] |data=18 de setembro de 2001 |acessodata=10 de abril de 2013}}</ref> Em 7 de outubro de 2001, a [[Guerra do Afeganistão (2001–2021)|guerra do Afeganistão]] começou quando as forças americanas e britânicas iniciaram campanhas de [[bombardeio]] aéreo em campos do [[Talibã]] e da [[al-Qaeda]] e depois invadiram o território afegão com tropas terrestres das [[Força especial|Forças Especiais]]. A derrubada do regime talibã no Afeganistão por uma coalizão liderada pelos americanos foi a segunda maior operação de guerra dos Estados Unidos contra o terrorismo internacional fora de seu território e a maior operação militar diretamente relacionada ao terrorismo. O conflito no Afeganistão entre a [[insurgência talibã]] e a [[Força Internacional de Apoio à Segurança]] (ISAF) está em curso. [[Filipinas]] e [[Indonésia]], entre outros países com os seus próprios conflitos internos com o [[terrorismo islâmico]], também aumentaram a sua prontidão militar após os ataques.<ref>{{citar periódico |último= Kuppuswamy |primeiro= C.S. |título= Terrorism in Indonesia : Role of the Religious Organisation |publicado= South Asia Analysis Group |data= 2 de novembro de 2005 |url= http://www.saag.org/%5Cpapers16%5Cpaper1596.html |acessodata= 7 de abril de 2013 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20070611032357/http://www.saag.org/papers16/paper1596.html |arquivodata= 11 de Junho de 2007 |urlmorta= yes }}</ref><ref>{{citar livro|último =Banlaoi |primeiro =Rommel |capítulo=Radical Muslim Terrorism in the Philippines |ano=2006 |título=Handbook on Terrorism and Insurgency in Southeast Asia |editor-sobrenome =Tan |editor-nome =Andrew |local=Londres |publicado=Edward Elgar Publishing}}</ref> Em 7 de outubro de 2001, a guerra do Afeganistão começou quando as forças americanas e britânicas iniciaram campanhas de bombardeio aéreo visando os campos do Talibã e da Al-Qaeda, e posteriormente invadiram o Afeganistão com tropas terrestres das [[Força especial|Forças Especiais]].<ref>{{citar web| url=http://www.globalsecurity.org/military/ops/enduring-freedom-ops.htm |titulo=Operation Enduring Freedom – Operations |publicado=Global Security |acessodata=11 de setembro de 2021}}</ref> Isso acabou levando à derrubada do domínio do Talibã no Afeganistão com a [[Batalha de Candaar (2001)|Batalha de Candaar]] em 7 de dezembro de 2001, pelas forças da coalizão lideradas pelos Estados Unidos.<ref>{{citar web |url=http://www.au.af.mil/au/awc/awcgate/crs/rl32758.pdf |titulo=U.S. Military Operations in the Global War on Terrorism: Afghanistan, Africa, the Philippines, and Colombia |publicado=The Air University |acessodata=11 de setembro de 2021}}</ref>

Em 15 de agosto de 2021, a capital afegã, [[Cabul]], sofreu uma [[Ofensiva talibã no Afeganistão em 2021|ofensiva do Talibã]], culminando com a [[Queda de Cabul (2021)|queda do governo afegão]] e a ascensão do Talibã ao poder mais uma vez. Assim terminou o conflito no Afeganistão entre a [[insurgência talibã]] e as forças afegãs apoiadas pela [[Missão Apoio Resoluto]] da OTAN. Em 30 de agosto de 2021, os Estados Unidos concluiram a [[Retirada das tropas americanas no Afeganistão (2020–2021)|retirada de seus militares do Afeganistão]], pouco antes de marcar o 20.º aniversário dos atentados às torres gêmeas. A retirada foi criticada tanto internamente quanto no exterior por ser "caótica e casual",<ref>{{citar web |autor=Barbara Sprunt |data=17 de agosto de 2021 |titulo=There's A Bipartisan Backlash To How Biden Handled The Withdrawal From Afghanistan |publicado=NPR |url=https://www.npr.org/2021/08/16/1028081817/congressional-reaction-to-bidens-afghanistan-withdrawal-has-been-scathing |acessodata=11 de setembro de 2021}}</ref><ref>{{citar web |autor=Matthew Karnitschnig |data=17 de agosto de 2021 |titulo=Disbelief and betrayal: Europe reacts to Biden's Afghanistan 'miscalculation' |publicado=Politico |url=https://www.politico.eu/article/europe-reacts-bidens-afghanistan-withdrawal/ |acessodata=11 de setembro de 2021}}</ref> bem como por dar impulso à ofensiva Talibã.<ref>{{citar web |titulo=Afghanistan's Ghani blames 'abrupt' US withdrawal for worsening security |url=https://www.france24.com/en/asia-pacific/20210802-afghanistan-s-ghani-blames-abrupt-us-withdrawal-for-worsening-security |publicado=France 24 |data=2 de agosto de 2021 |acessodata=11 de setembro de 2021}}</ref> Apesar disso, muitos países europeus seguiram o exemplo, como Reino Unido, Alemanha, Itália e Polônia.<ref>{{citar web |autor=Sylvia Hui |titulo=Johnson confirms most British troops have left Afghanistan |publicado=Associated Press |url=https://apnews.com/article/afghanistan-europe-government-and-politics-c0cec98b6a2d2279548cfb9e1bcdc499 |data=8 de julho de 2021 |acessodata=11 de setembro de 2021}}</ref><ref>{{citar web |autor=Geir Moulson, Kathy Gannon |data=30 de junho de 2021 |titulo=Most European troops exit Afghanistan quietly after 20 years |publicado=Associated Press |url=https://apnews.com/article/europe-afghanistan-health-coronavirus-pandemic-9c1c4f5732c032ba85865aab0338a7a3 |acessodata=11 de setembro de 2021}}</ref> As Filipinas, Indonésia e outras nações com seus próprios conflitos internos com o terrorismo islâmico, também aumentaram sua prontidão militar.<ref>{{citar web |autor=C.S. Kuppuswamy |titulo=Terrorism in Indonesia : Role of the Religious Organisation |publicado=South Asia Analysis Group |data=2 de novembro de 2005 |url=http://www.saag.org/%5Cpapers16%5Cpaper1596.html |acessodata=11 de setembro de 2021 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070611032357/http://www.saag.org/papers16/paper1596.html |arquivodata=11 de junho de 2007}}</ref> As forças militares americanas e da República Islâmica do Irã cooperaram entre si para derrubar o [[Emirado Islâmico do Afeganistão|regime Talibã]] que tinha conflitos com o governo do Irã.<ref>{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20140125223758/http://www.politico.com/magazine/story/2013/11/a-failure-to-communicate-100052.html |titulo=34 Years of Getting to No with Iran |publicado=Politico |autor=Barbara Slavin |data=19 de novembro de 2013 |acessodata=11 de setembro de 2021}}</ref> A [[Força Quds]] do Irã ajudou as forças americanas e rebeldes afegãos no [[Insurreição em Herat de 2001|levante de 2001 em Herat]].<ref>{{citar web |url=http://usatoday30.usatoday.com/news/world/2005-06-09-iran-taliban_x.htm |titulo=Iran helped overthrow Taliban, candidate says |publicado=USA Today |acessodata=11 de setembro de 2021 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20181129125643/http://usatoday30.usatoday.com/news/world/2005-06-09-iran-taliban_x.htm |arquivodata=29 de novembro de 2018}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.spongobongo.com/her9940.htm |titulo=Iranian Special Forces Reportedly Fight Alongside US in Battle for Herat |publicado=Spongo Bongo |acessodata=11 de setembro de 2021 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160819201520/http://www.spongobongo.com/her9940.htm |arquivodata=19 de agosto de 2016}}</ref><ref name="Soufan,2018">{{citar web |url=https://ctc.usma.edu/qassem-soleimani-irans-unique-regional-strategy |titulo=Qassem Soleimani and Iran's Unique Regional Strategy — Combating Terrorism Center at West Point |publicado=Ali Soufan |publicacao=CTC Sentinel |acessodata=11 de setembro de 2021}}</ref>

=== Reação interna ===
[[Imagem:U.S. President George W. Bush's address to the nation on the day's terrorist attacks (September 11, 2001).ogv|thumb|Discurso do presidente [[George W. Bush]] após os ataques.]]

Após os ataques, a taxa de aprovação do presidente [[George W. Bush]] subiu para 90%.<ref> {{Citar web|url=http://www.gallup.com/poll/116500/Presidential-Approval-Ratings-George-Bush.aspx |título=Presidential Approval Ratings – George W. Bush |publicado=Gallup |acessodata=7 de abril de 2013}}</ref> Em 20 de setembro de 2001, ele dirigiu-se à nação em uma sessão conjunta do Congresso dos Estados Unidos sobre os eventos de 11 de setembro e os subsequentes nove dias de esforços de resgate e recuperação foi criada e descreveu a resposta destinada aos ataques. O papel altamente visível de [[Rudy Giuliani]], então prefeito de Nova Iorque, recebeu elogios na cidade e em todo o país.<ref>{{Citar web|último=Pooley|primeiro=Eric|título=Mayor of the World|url=http://www.time.com/time/specials/packages/article/0,28804,2020227_2020306,00.html|obra=Person of the Year 2001|publicado=Time Magazine|acessodata=7 de abril de 2013|data=31 de dezembro de 2001|arquivodata=21 de maio de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130521075301/http://www.time.com/time/specials/packages/article/0,28804,2020227_2020306,00.html}}</ref>
{{multiple image
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| image1 = President George W. Bush address to the nation and joint session of Congress Sept. 20.jpg
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| caption2 = Em uma sessão conjunta do [[Congresso dos Estados Unidos]], o presidente [[George W. Bush]] se compromete a defender a liberdade da América contra o medo do terrorismo, em 20 de setembro de 2001 (''apenas áudio'').
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}}
Muitos [[Assistência financeira após os ataques de 11 de setembro|fundos de ajuda foram imediatamente criados]] para ajudar as vítimas dos atentados, com a missão de prestar assistência financeira para os sobreviventes dos ataques e às famílias das vítimas. Dentro do prazo estabelecido para a compensação das vítimas, que era de 11 de setembro de 2003, {{formatnum:2833}} pedidos haviam sido recebidos das famílias daqueles que foram mortos.<ref name="CBS">{{Citar web|último = Barrett|primeiro = Devlin |título = 9/11 Fund Deadline Passes |publicado =CBS News |data=23 de dezembro de 2003 | url = http://www.cbsnews.com/stories/2004/01/16/national/main593715.shtml |acessodata=7 de abril de 2013}}</ref>

Planos de contingência para continuidade de governo e evacuação de líderes foram executados quase imediatamente após os ataques.<ref name="CBS"/> No entanto, o Congresso não disse que os Estados Unidos estiveram sob o estatuto de "continuidade de governo" até fevereiro de 2002.<ref>{{Citar web|título = 'Shadow Government' News To Congress |publicado = CBS News |data=2 de março de 2002 |url = http://www.cbsnews.com/stories/2002/03/01/attack/main502530.shtml |acessodata=7 de abril de 2013}}</ref>

Na maior reestruturação do governo americano na história contemporânea, os Estados Unidos promulgaram a Lei de Segurança Nacional (''Homeland Security Act'') de 2002 e criaram o [[Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos|Departamento de Segurança Interna]] (DHS). O Congresso também aprovou o [[USA PATRIOT Act]], dizendo que a legislação iria ajudar a detectar e eliminar o terrorismo e outros tipos de crimes.<ref name="lifeandliberty.gov">{{Citar web|url=http://www.lifeandliberty.gov/highlights.htm|título=The USA PATRIOT Act: Preserving Life and Liberty|acessodata=7 de abril de 2013|publicado=[[United States Department of Justice]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100102035036/http://www.justice.gov/archive/ll/highlights.htm|arquivodata=2 de Janeiro de 2010|urlmorta=yes}}</ref> Grupos defensores das [[liberdades civis]] criticaram o ''Patriot Act'', dizendo que a lei permite a invasão da [[privacidade]] dos cidadãos e elimina a supervisão judicial da aplicação da lei e da inteligência doméstica.<ref name="ACLUAdv">{{citar comunicado de imprensa|url=http://www.aclu.org/national-security/uncle-sam-asks-what-hell-going-herein-new-aclu-print-and-radio-advertisements |título=Uncle Sam Asks: "What The Hell Is Going On Here?" in New ACLU Print and Radio Advertisements |publicado=[[American Civil Liberties Union]] |data=3 de setembro de 2003 |acessodata=7 de abril de 2013}}</ref><ref>{{Citar web|último=Eggen |primeiro=Dan |título=Key Part of Patriot Act Ruled Unconstitutional |url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A59626-2004Sep29.html |obra=Washington Post |data=30 de setembro de 2004 |acessodata=7 de abril de 2013}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.cnn.com/2007/US/law/09/26/patriot.act/index.html |título= Federal judge rules 2 Patriot Act provisions unconstitutional |acessodata=7 de abril de 2013 |data=26 de setembro de 2007 |publicado=CNN}}</ref> Em um esforço para combater eficazmente futuros atos de terrorismo, amplos poderes foram dados á [[Agência de Segurança Nacional]] (NSA). A NSA começou a vigiar as telecomunicações dos cidadãos do país sem [[mandado judicial]], o que foi muito criticado, uma vez que permitiu à agência "espionar os telefonemas e e-mails entre pessoas dos Estados Unidos e pessoas no estrangeiro sem um mandado."<ref>{{Citar web|último1 = VandeHei |primeiro1 = Jim |último2 = Eggen |primeiro2 = Dan |título = Cheney Cites Justifications For Domestic Eavesdropping |obra=Washington Post |data=5 de janeiro de 2006 |url = http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/01/04/AR2006010400973.html |acessodata=7 de abril de 2013}}</ref>

Em 6 de junho de 2002, o então [[procurador-geral dos Estados Unidos]], [[John Ashcroft]], propôs regras que criaram um programa de registro especial obrigatório no Serviço de Imigração e Naturalização (INS) para homens entre 16 e 64 anos que eram cidadãos de determinadas nações estrangeiras e residiam em território norte-americano. Esse homens têm a sua identidade verificada, são entrevistados, fotografados e têm suas [[impressões digitais]] coletadas. O chamado Sistema de Registro de Entrada e Saída de Segurança Nacional (NSEERS), é composto por dois programas, o monitoramento de chegadas e partidas, de um lado, e as inscrições voluntárias daqueles que já estão nos Estados Unidos. O [[Departamento de Justiça dos Estados Unidos|Departamento de Justiça]] agia sob a autoridade da Lei de Imigração e Nacionalidade de 1952, que havia autorizado um sistema de registro, mas foi caducada em 1980 por causa de problemas com o orçamento.<ref>Heidee Stoller, Tahlia Townsend, Rashad Hussain and Marcia Yablon, "Developments in Law and Policy: The Costs of Post-9/11 National Security Strategy," Yale Law & Policy Review'', vol. 22, no. 1 (Winter 2004), 197-233, esp. 217</ref><ref name=cainkar>Louise Cainkar, "Thinking Outside the Box," in Amaney Jamal and Nadine Naber, eds., ''Race and Arab Americans Before and After 9/11:From Invisible Citizens to Visible Subjects'' (Syracuse University Press, 2008), 55-6. O programa fez exceções para os residentes permanentes, aqueles que tinham solicitado o estatuto de residência permanente, aqueles com passaportes diplomáticos e funcionários de organizações internacionais.</ref> Ashcroft identificou aqueles que eram obrigados a se registrar como "indivíduos de elevada preocupação para a segurança nacional que permanecerem no país por mais de 30 dias".<ref name=naber>Naber, "'Look, Mohammed the Terrorist is Coming!'", in Amaney Jamal and Nadine Naber, eds., ''Race and Arab Americans Before and After 9/11:From Invisible Citizens to Visible Subjects'' (Syracuse University Press, 2008), 287-8</ref><ref>''New York Times'': [http://www.nytimes.com/2002/06/06/us/traces-of-terror-immigration-ashcroft-proposes-rules-for-foreign-visitors.html Eric Schmitt, "Ashcroft Proposes Rules for Foreign Visitors," 6 de junho de 2002], Acessado em 3 de julho de 2012</ref> O processamento das chegadas aos Estados Unidos começou em outubro de 2002. O programa centrou-se primeiramente nas chegadas do [[Irã]], [[Iraque]], [[Líbia]], [[Sudão]] e [[Síria]].<ref name=swarns>>''New York Times'': [http://www.nytimes.com/2003/04/25/us/aftereffects-immigrants-fearful-angry-or-confused-muslim-immigrants-register.html Rachel L. Swarns, "Fearful, Angry or Confused, Muslim Immigrants Register," 25 de abril de 2003], Acessado em 13 de julho de 2012</ref> Foram registradas {{formatnum:127694}} pessoas antes do processo ser extinto e o programa de triagem universal ter sido posto em prática.<ref name=cainkar />

==== Crimes de ódio ====
Vários incidentes de assédio e [[Crime de ódio|crimes de ódio]] contra [[muçulmanos]] e sul-asiáticos foram registrados nos dias seguintes aos ataques de 11/9.<ref>{{Citar web |url=http://www.nyc.gov/html/cchr/html/report.html |título=New York City Commission on Human Rights |publicado=Nyc.gov |acessodata=7 de abril de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20040203071912/http://www.nyc.gov/html/cchr/html/report.html |arquivodata=3 de Fevereiro de 2004 |urlmorta=yes }}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.indianexpress.com/news/post9-11-us-policies-created-atmosphere-of-fear-for-south-asians/836936/ |título=Post-9/11, US policies created atmosphere of fear for South Asians |obra=The Indian Express |data=25 de agosto de 2011 |acessodata=7 de abril de 2013}}</ref><ref name="Hate">{{Citar web|título = Hate crime reports up in wake of terrorist attacks |publicado = CNN |data=17 de setembro de 2001 |url = http://archives.cnn.com/2001/US/09/16/gen.hate.crimes/ |acessodata=7 de abril de 2013}}</ref> Sikhs também tornaram-se alvo porque os homens que seguem o [[sikhismo]] geralmente usam [[turbante]]s, que são [[Estereótipo|estereotipados]] e associados com os muçulmanos. Houve relatos de ataques a [[mesquita]]s e outros edifícios religiosos (incluindo o bombardeio de um templo [[Hinduísmo|hindu]]), e agressões a pessoas, incluindo um assassinato: Balbir Singh Sodhi, um sikh confundido com um muçulmano que foi morto a tiros em 15 de setembro de 2001, em [[Mesa (Arizona)|Mesa]], [[Arizona]].<ref name="Hate"/>

De acordo com um estudo acadêmico, as pessoas associadas com o [[Oriente Médio]] tinham a mesma probabilidade de serem vítimas de crimes de ódio, assim como os seguidores do [[islamismo]] durante esta época. O estudo também constatou um aumento semelhante em crimes de ódio contra pessoas que podem ser identificadas como muçulmanas, árabes e outros povos vistos como originários do Oriente Médio.<ref>{{Citar web |url=http://web.archive.org/web/20110723050203/http://www.bsu.edu/news/article/0,1370,-1019-12850,00.html |título=Many minority groups were victims of hate crimes after 9-11 |acessodata=8 de abril de 2013 |data=9 de outubro de 2003 |publicado=[[Ball State University]] |arquivodata=23 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110723050203/http://www.bsu.edu/news/article/0,1370,-1019-12850,00.html }}</ref> Um relatório do grupo de defesa dos americanos sul-asiáticos conhecido como ''South Asian Americans Leading Together'', documentou 645 incidentes de [[preconceito]] contra os americanos do [[sul da Ásia]] ou do Oriente Médio entre 11 e 17 de setembro. Vários crimes, tais como incêndios, vandalismos, assaltos, tiroteios, perseguições e ameaças foram documentados em vários lugares.<ref>{{Citar web |url=http://old.911digitalarchive.org/documents/BiasReport.pdf |título=American Backlash: Terrorist Bring War Home in More Ways Than One |acessodata=2011-09-04 |ano=2003 |publicado=SAALT |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130312171526/http://old.911digitalarchive.org/documents/BiasReport.pdf |arquivodata=12 de Março de 2013 |urlmorta=yes }}</ref><ref>{{Citar web |título=645 racial incidents reported in week after September 11 |primeiro=Jeet |último=Thayil |jornal=India Abroad |data=12 de outubro de 2001 |url=http://www.highbeam.com/doc/1P1-79281024.html |acessodata=7 de Abril de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110511211812/http://www.highbeam.com/doc/1P1-79281024.html |arquivodata=11 de Maio de 2011 |urlmorta=yes }}</ref>

=== Reação internacional ===
[[Imagem:Vladimir Putin in the United States 13-16 November 2001-54.jpg|thumb|[[Vladimir Putin]] e sua esposa em uma homenagem às vítimas dos atentados de 11 de setembro, em 16 de novembro de 2001.]]

Os ataques foram anunciados pelos meios de comunicação e governos de todo o mundo. Em todo o planeta, as nações pró-americanas ofereceram apoio e solidariedade.<ref>{{Citar web |último=Hertzberg |primeiro=Hendrik |título=Lost love |obra=The New Yorker |url=http://www.newyorker.com/archive/2006/09/11/060911ta_talk_hertzberg |data=11 de setembro de 2006 |acessodata=7 de abril de 2013 |arquivourl=https://www.webcitation.org/5sMTJrWkY?url=http://www.newyorker.com/archive/2006/09/11/060911ta_talk_hertzberg |arquivodata=30-08-2010 |urlmorta=no }}</ref> Líderes na maioria dos países do [[Oriente Médio]] e [[Afeganistão]], condenaram os ataques. O [[Iraque]] foi uma notável exceção, ao fazer uma declaração oficial imediata, dizendo: "os ''cowboys'' americanos estão colhendo os frutos de seus crimes contra a humanidade".<ref>{{Citar web|título=Attacks draw mixed response in Mideast |url=http://archives.cnn.com/2001/WORLD/europe/09/12/mideast.reaction/index.html |publicado=CNN|data=12 de setembro de 2001|acessodata=7 de abril de 2013}}</ref> Embora o governo da [[Arábia Saudita]] tenha condenado oficialmente os ataques, muitos sauditas apoiam a causa de Bin Laden.<ref>{{citar livro|último1 =Summers|primeiro1 =Anthony|título=The Eleventh Day: The Full Story of 9/11 and Osama bin Laden|ano=2011|publicado=Ballantine Books|local=New York|isbn=978-1-4000-6659-9|página=403|último2 =Swan |primeiro2 = Robbyn}}</ref><ref name="The Kingdom and the Towers">{{Citar web|título=The Kingdom and the Towers|url=http://www.vanityfair.com/politics/features/2011/08/9-11-2011-201108|publicado=Vanity Fair|acessodata=7 de abril de 2013}}</ref> Como nos Estados Unidos, após os ataques houve um aumento das tensões entre muçulmanos e não-muçulmanos em outros países.<ref>{{Citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/1551868.stm |título=UK &#124; Muslim community targets racial tension |publicado=BBC News |data=19 de setembro de 2001 |acessodata=7 de abril de 2013}}</ref>

A Resolução 1368 do [[Conselho de Segurança das Nações Unidas]] condenou os ataques e manifestou disponibilidade para tomar todas as medidas necessárias para responder e combater todas as formas de terrorismo, em conformidade com a sua Carta Magna.<ref name="SecCounc2">{{Citar web|título=Security Council Condemns, 'In Strongest Terms', Terrorist Attacks on the United States|publicado=United Nations|data=12 de setembro de 2001| url=http://www.un.org/News/Press/docs/2001/SC7143.doc.htm|acessodata=7 de abril de 2013}}</ref> Vários países introduziram algum tipo de legislação antiterrorismo e congelaram as contas bancárias suspeitas de terem ligações com a Al-Qaeda.<ref>{{Citar web|último=Hamilton |primeiro=Stuart |título=September 11, the Internet, and the effects on information provision in Libraries |obra=68th IFLA Council and Conference |data=24 de agosto de 2002 |url=http://archive.ifla.org/IV/ifla68/papers/156-079e.pdf |acessodata=7 de abril de 2013}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.g8.fr/evian/english/navigation/g8_documents/archives_from_previous_summits/kananaskis_summit_-_2002/g8_counter-terrorism_cooperation_since_september_11th_backgrounder.html |título=G8 counter-terrorism cooperation since September 11 backgrounder |acessodata=7 de abril de 2013 |publicado=Site Internet du Sommet du G8 d'Evian |arquivourl=https://web.archive.org/web/20060721202419/http://www.g8.fr/evian/english/navigation/g8_documents/archives_from_previous_summits/kananaskis_summit_-_2002/g8_counter-terrorism_cooperation_since_september_11th_backgrounder.html |arquivodata=21 de Julho de 2006 |urlmorta=yes }}</ref> A aplicação da lei e as agências de inteligência em vários países também prenderam supostos terroristas.<ref>{{Citar web|último = Walsh |primeiro = Courtney C |título = Italian police explore Al Qaeda links in cyanide plot |obra=The Christian Science Monitor |data=7 de março de 2002 |url = http://www.csmonitor.com/2002/0307/p07s02-woeu.html |acessodata=7 de abril de 2013}}</ref><ref>{{Citar web|título = SE Asia unites to smash militant cells |publicado = CNN |data=8 de maio de 2002 |url=http://edition.cnn.com/2002/WORLD/asiapcf/southeast/05/07/seasia.terror.pact/ |acessodata=7 de abril de 2013}}</ref>

Dezenas de milhares de pessoas tentaram fugir do [[Afeganistão]] após os ataques, temendo uma resposta por parte do governo dos Estados Unidos. O [[Paquistão]], que já abriga muitos refugiados afegãos de conflitos anteriores, fechou sua fronteira com o Afeganistão em 17 de setembro de 2001. Cerca de um mês após os ataques, os Estados Unidos lideraram uma ampla coalizão de forças internacionais para derrubar o regime [[talibã]] no Afeganistão por ter acolhido a al-Qaeda.<ref>{{Citar web|título=U.S. President Bush's speech to United Nations |publicado=CNN |data=10 de novembro de 2001 |url=http://archives.cnn.com/2001/US/11/10/ret.bush.un.transcript/index.html |acessodata=7 de abril de 2013}}</ref> Embora as autoridades paquistanesas terem inicialmente relutado em se alinhar com os Estados Unidos contra o talibã, elas permitiram o acesso da coalizão a suas bases militares e mais de 600 presos foram entregues para os Estados Unidos como suspeitos membros da al-Qaeda.<ref>{{Citar web|título=Musharraf 'bullied' into supporting US war on terror|url=http://zeenews.india.com/news/south-asia/musharraf-bullied-into-supporting-us-war-on-terror-ex-general_586640.html|acessodata=2011-09-04|jornal=Zee News|data=11 de dezembro de 2009}}</ref><ref>{{Citar web|último = Khan |primeiro = Aamer Ahmed |título = Pakistan and the 'key al-Qaeda' man |publicado=BBC |data=4 de maio de 2005 |url = http://news.bbc.co.uk/2/hi/south_asia/4513281.stm |acessodata=7 de abril de 2013}}</ref>

Os Estados Unidos usaram a [[Prisão de Guantánamo]], na [[Base Naval da Baía de Guantánamo]] em [[Cuba]], para manter os presos que eles definiram como "combatentes inimigos ilegais". A legitimidade destas detenções foi questionada pela [[União Europeia]] e por organizações de [[direitos humanos]].<ref>{{Citar web|título=Euro MPs urge Guantanamo closure |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/5074216.stm |publicado=BBC News |data=13 de junho de 2006 |acessodata=7 de abril de 2013}}</ref><ref>{{Citar web|último=Mendez |primeiro=Juan E. |autorlink=Juan E. Méndez |data=13 de março de 2002 |título=Detainees in Guantanamo Bay, Cuba; Request for Precautionary Measures, Inter-Am. C.H.R |url=http://www1.umn.edu/humanrts/cases/guantanamo-2003.html |publicado=[[Universidade de Minnesota]] |acessodata=13 de abril de 2013}}</ref><ref>{{Citar web |título=USA: Release or fair trials for all remaining Guantánamo detainees |url=http://www.amnesty.org/en/for-media/press-releases/usa-release-or-fair-trials-all-remaining-guant%C3%A1namo-detainees-20080502 |publicado=Amnesty International |data=2 de maio de 2008 |acessodata=7 de abril de 2013 |arquivodata=25 de dezembro de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20181225172111/https://www.amnesty.org/en/press-releases/2008/05/usa-release-or-fair-trials-all-remaining-guant%C3%83%C2%83%C3%86%C2%92%C3%83%C2%86%C3%A2%C2%80%C2%99%C3%83%C2%83%C3%A2%C2%80%C2%9A%C3%83%C2%86%C3%A2%C2%80%C2%99%C3%83%C2%83%C3%86%C2%92%C3%83%C2%A2%C3%A2%C2%82%C2%AC%C3%82%20%C3%83%C2%83%C3%A2%C2%80%C2%9A%C3%83%C2%A2%C3%A2%C2%82%C2%AC%C3%A2%C2%84%C2%A2%C3%83%C2%83%C3%86%C2%92%C3%83%C2%86%C3%A2%C2%80%C2%99%C3%83%C2%83%C3%A2%C2%80%C2%9A%C3%83%C2%A2%C3%A2%C2%82%C2%AC%C3%85%C2%A1%C3%83%C2%83%C3%86%C2%92%C3%83%C2%A2%C3%A2%C2%82%C2%AC%C3%85%C2%A1%C3%83%C2%83%C3%A2%C2%80%C2%9A%C3%83%C2%82%C3%82%C2%A1namo-detainees/ }}</ref>

== Consequências posteriores ==
=== Efeitos econômicos ===
[[Imagem:National Park Service 9-11 Statue of Liberty and WTC.jpg|thumb|esquerda|Vista da [[Estátua da Liberdade]] com a fumaça proveniente do colapso das Torres Gêmeas ao fundo.]]

Os ataques tiveram um impacto econômico significativo nos [[Estados Unidos]] e nos mercados mundiais.<ref>{{Citar web|autor=Makinen, Gail |url=http://www.fas.org/irp/crs/RL31617.pdf |título=The Economic Effects of 9/11: A Retrospective Assessment |página=17 |data=27 de setembro de 2002 |obra=Congressional Research Service |publicado=[[Library of Congress]] |acessodata=21 de maio de 2008}}</ref> A [[New York Stock Exchange]] (NYSE), a [[American Stock Exchange]] (AMEX) e a [[NASDAQ]] não abriram em [[11 de setembro]] e permaneceram fechadas até 17 de setembro. Quando os mercados de ações reabriram, o [[Dow Jones Industrial Average]] (DJIA), índice do mercado de ações, caiu 684 pontos, ou 7,1%, para {{Fmtn|8921}}, um recorde de recuo de um ponto em um dia.<ref>{{Citar web| título=Markets reopen, plunge| último=Barnhart| primeiro=Bill| url=http://www.chicagotribune.com/business/chi-010917markets,1,2882341.story| publicado=Chicago Tribune| data=17 de setembro de 2001| acessodata=3 de maio de 2008}}</ref>

Até o final de semana, o DJIA tinha caído {{Fmtn|1369.7}} pontos (14,3%), até então, a maior queda em uma semana na história, embora mais tarde ultrapassada em 2008, durante a [[Crise econômica de 2008-2009|crise financeira global]].<ref name="MarkDec">{{citar periódico|primeiro =Fernandez |último =Bob |título=U.S. Markets Decline Again |obra=KRTBN Knight Ridder Tribune Business News |publicado=The Philadelphia Inquirer |data=22 de setembro de 2001 |acessodata=}}</ref> As bolsas estadunidenses perderam 1,4 trilhão de dólares em valor em uma semana.<ref name="MarkDec" /> Isto é o equivalente a 1,72 trilhão de dólares em termos atuais.<ref name="inflation-US"><span class="citation">[http://www.minneapolisfed.org/community_education/teacher/calc/hist1800.cfm Consumer Price Index (estimate) 1800–2008]. Federal Reserve Bank of Minneapolis. Acessado em 8 de março de 2010.</span></ref>

Em Nova Iorque, cerca de 430 mil postos de trabalho por mês e 2,8 bilhões de dólares em salários foram perdidos nos três meses seguintes ao 11/09. Os efeitos econômicos foram mais fortes principalmente nos setores econômicos da cidade que lidavam com exportações.<ref>{{citar periódico|autor =Dolfman, Michael L., Solidelle F. Wasser |periódico=Monthly Labor Review |volume=127 |ano=2004 |título=9/11 and the New York City Economy}}</ref> Estima-se que o PIB da cidade diminuiu 27,3 bilhões dólares nos últimos três meses de 2001 e em todo o ano de 2002. O governo federal concedeu 11,2 bilhões de dólares em assistência imediata ao Governo de Nova Iorque em setembro de 2001 e 10,5 bilhões de dólares no início de 2002 para o desenvolvimento econômico e para necessidades de infraestrutura.<ref name="crs-5">{{Citar web|autor=Makinen, Gail |url=http://www.fas.org/irp/crs/RL31617.pdf |título=The Economic Effects of 9/11: A Retrospective Assessment |página=5 |data=27 de setembro de  2002 |obra=Congressional Research Service |publicado=[[Library of Congress]] |acessodata=21 de maio de 2008}}</ref>

Os ataques de 11 de setembro também prejudicaram as [[pequenas empresas]] em [[Lower Manhattan]], próximas ao World Trade Center, destruindo ou deslocando cerca de 18 mil delas. Foi prestada assistência por empréstimos ''Small Business Administration'' e pela ''Community Development Block Grants and Economic Injury Disaster Loans'' do governo federal.<ref name="crs-5" /> Cerca de {{Fmtn|2960000}} m² do espaço de escritórios de ''Lower Manhattan'' foi danificado ou destruído.<ref>{{Citar web| último=Hensell| primeiro=Lesley| título=Tough Times Loom For Manhattan Commercial Market| url=http://realtytimes.com/rtpages/20011214_downtown.htm| publicado=Realty Times| data=14 de dezembro de 2001| acessodata=3 de maio de 2008| arquivourl=https://web.archive.org/web/20110814003420/http://realtytimes.com/rtpages/20011214_downtown.htm| arquivodata=14 de Agosto de 2011| urlmorta=yes}}</ref>
[[Imagem:September 11 2001 just collapsed.jpg|thumb|O ''[[Ground Zero (Nova Iorque)|Ground Zero]]'' após o colapso das torres.]]

Muitos se perguntam se esses postos de trabalho seriam repostos e se a base tributária danificada iria se recuperar.<ref>{{Citar web| último = Parrott| primeiro = James| título = The Employment Impact of the September 11 World Trade Center Attacks: Updated Estimates based on the Benchmarked Employment Data| publicado = The Fiscal Policy Institute| data = 8 de março de 2002| url = http://www.fiscalpolicy.org/Employment%20Impact%20of%20September%2011_Update.pdf| acessodata = 8 de setembro de 2006| arquivodata = 26 de agosto de 2011| arquivourl = https://www.webcitation.org/61DZnGBQi?url=http://www.fiscalpolicy.org/Employment%20Impact%20of%20September%2011_Update.pdf}}</ref> Os estudos dos efeitos econômicos do 11 de setembro mostram que o [[mercado imobiliário]] de escritórios em [[Manhattan]] e o emprego de escritórios foram menos afetados do que o inicialmente esperado, devido as necessidades de serviços financeiros da indústria.<ref>{{Citar web| último = Fuerst| primeiro = Franz| título = Exogenous Shocks and Real Estate Rental Markets: An Event Study of the 9/11 Attacks and their Impact on the New York Office Market|publicado = Russell Sage Foundation|data=7 de setembro de 2005| url = http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=800006| acessodata = 10 de maio de 2007}}</ref><ref>{{Citar web| último = Russell| primeiro = James S.| título = Do skyscrapers still make sense? Revived downtowns and new business models spur tall-building innovation. |publicado = Architectural Record| data= 7 de novembro de  2004| url = http://archrecord.construction.com/innovation/2_Features/0411SkyscraperSense.asp| acessodata = 10 de maio de 2007}}</ref>

O [[espaço aéreo]] estadunidense foi fechado por vários dias após os ataques e as viagens aéreas diminuíram após a sua reabertura, levando a uma redução de quase 20% da capacidade de [[transporte aéreo]] e agravando os problemas financeiros da indústria aérea do país.<ref>{{Citar web| último1=Bhadra| primeiro1=Dipasis| primeiro2=Pamela| último2=Texter| título=Airline Networks: An Econometric Framework to Analyze Domestic U.S. Air Travel| publicado=[[United States Department of Transportation]]| ano=2004| url=http://www.bts.gov/publications/journal_of_transportation_and_statistics/volume_07_number_01/html/paper_06/| acessodata=21 de maio de 2008| arquivourl=https://www.webcitation.org/61DZpCGBV?url=http://www.bts.gov/publications/journal_of_transportation_and_statistics/volume_07_number_01/html/paper_06/| arquivodata=26 de Agosto de 2011| urlmorta=yes}}</ref>

=== Efeitos na legislação antiterrorismo ===
Como resultado dos ataques, muitos governos por todo o mundo alteraram ou criaram uma legislação [[antiterrorismo]].<ref>{{citar periódico|título= Terrorism in the Asia-Pacific: Threat and Response |periódico= [[The Journal of Asian Studies]] |ano= 2004 |primeiro = Andrew |último = Scobell | volume = 63 |número= 4 |páginas= 1078–9 | url = http://journals.cambridge.org/action/displayAbstract?fromPage=online&aid=788144 |acessodata= 16 de abril de 2013| doi = 10.1017/S0021911804002463}}</ref> Na [[Alemanha]], onde vários dos terroristas do 11 de setembro tinham morado e tirado proveito das políticas alemãs liberais de [[Direito de asilo|asilo]], dois grandes pacotes de leis antiterrorismo foram decretados. O primeiro removeu brechas legais que permitiam que terroristas vivessem e levantassem dinheiro na Alemanha. O segundo abordou a eficácia e a comunicação da inteligência do governo e a aplicação da lei.<ref>{{Citar web| url = http://www.fas.org/irp/crs/RL32710.pdf | título = Germany's Role in Fighting Terrorism: Implications for U.S. Policy | acessodata = 4 de setembro de 2011 |último1 = Miko |primeiro1 = Francis |último2 = Froehlich |primeiro2 = Christian | data = 27 de dezembro de 2004 | publicado = [[Federation of American Scientists]]}}</ref> O [[Canadá]] aprovou Lei Canadense Antiterrorismo, a primeira legislação antiterrorismo da nação.<ref>{{Citar web|título=Anti-terrorism Act|url=http://www.cbc.ca/news/background/cdnsecurity/|acessodata=2011-09-04|jornal=CBC News|data=27 de fevereiro de 2007}}</ref> O [[Reino Unido]] decretou a Lei de Antiterrorismo, Crime e Segurança de 2001 e a Lei de Prevenção ao Terrorismo de 2005.<ref>{{Citar web| título = Q and A: Anti-terrorism legislation | data = 17 de outubro de 2003 | url = http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/3197394.stm |obra=BBC News | acessodata =16 de abril de 2013}}</ref><ref>{{Citar web| primeiro = Sam | último = Coates | título = After all the fuss dies down, what really happened | data = 10 de novembro de 2005 | url = http://www.timesonline.co.uk/tol/news/uk/article588553.ece |obra=The Times | acessodata = 16 de abril de 2013}}</ref> A [[Nova Zelândia]] decretou a Lei de Supressão ao Terrorismo de 2002.<ref>{{Citar web|título=Terrorism Suppression Act 2002|url=http://legislation.co.nz/act/public/2002/0034/19.0/DLM2493700.html|publicado=New Zealand Government|acessodata=16 de abril de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20111219044052/http://legislation.co.nz/act/public/2002/0034/19.0/DLM2493700.html|arquivodata=19 de Dezembro de 2011|urlmorta=yes}}</ref>

Nos Estados Unidos, o [[Departamento de Segurança Interna]] foi criado para coordenar os esforços nacionais antiterrorismo. O [[USA PATRIOT Act]] deu ao governo federal mais poder, incluindo a autoridade de deter estrangeiros suspeitos de terrorismo por uma semana sem acusação, para monitorar as comunicações de telefone, e-mail e o uso da internet por suspeitos de terrorismo e para processar suspeitos de terrorismo sem restrições de tempo. A [[Administração Federal de Aviação]] (FAA) ordenou que os ''[[cabine de pilotagem|cockpits]]'' dos aviões deviam ser reforçados para evitar que terroristas tomem o controle das aeronaves e permitiu a presença de oficiais do governo em voos. Além disso, a Lei de Segurança da Aviação e Transportes tornou o governo federal, e não mais os aeroportos, os responsáveis pela segurança dos aeroportos. A lei criou uma força de segurança federal para inspecionar passageiros e bagagens, causando atrasos e preocupação com a privacidade dos passageiros.<ref name='Modern World History'>{{citar livro|último1 = Beck |primeiro1 = Roger |título= Modern World History |capítulo= 20 |publicado= [[Holt McDougal]] |ano= 2004 |páginas= 657–8 | isbn = 978-0-618-69012-1}}</ref>

=== Efeitos na saúde ===
[[Imagem:September_11_attack_seen_from_space_by_nasa.jpg|thumb|direita|[[Imagem de satélite]] de [[Nova Iorque]] com o rastro de poeira deixado pelo colapso das torres ([[NASA]]).]]

As milhares de toneladas de detritos tóxicos resultantes do colapso das Torres Gêmeas consistiram em mais de {{formatnum:2500}} contaminantes, incluindo agentes [[Cancro (tumor)|cancerígenos]] conhecidos.<ref>{{Citar web| primeiro=Anita |último=Gates |título=Buildings Rise from Rubble while Health Crumbles |publicado=The New York Times |data=11 de setembro de 2006 |url=http://www.nytimes.com/2006/09/11/arts/television/11dust.html?ref=nyregionspecial3 |acessodata=18 de maio de 2008}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.nytimes.com/imagepages/2006/09/05/nyregion/20060905_HEALTH_GRAPHIC.html |título=What was Found in the Dust |publicado=New York Times |data=5 de setembro de 2006|acessodata=8 de setembro de 2006}}</ref> Isto conduziu a doenças debilitantes entre os trabalhadores de emergência e de resgate, que muitos afirmam serem diretamente relacionados com a exposição de detritos.<ref>{{Citar web| url=http://www.nytimes.com/2006/05/13/nyregion/13symptoms.html| título=Tracing Lung Ailments That Rose With 9/11 Dust| último=DePalma| primeiro=Anthony| data=13 de maio de 2006| publicado=The New York Times| acessodata=3 de maio de 2008}}</ref> Por exemplo, o oficial do [[NYPD]], Macri Frank, morreu de [[câncer de pulmão]] que se espalhou por todo o seu corpo em 3 de setembro de [[2007]]; sua família afirma que o [[Cancro (tumor)|câncer]] é o resultado de longas horas no local dos atentados e requer a linha de benefícios em caso de morte, que a cidade de [[Nova Iorque]] tem ainda de se pronunciar sobre.<ref>{{Citar web| último=Shapiro| primeiro=Rich| título=Cancer ends his fitness life after toil at the Pit| publicado=New York Daily News| data=10 de setembro de 2007| url=http://www.nydailynews.com/news/2007/09/10/2007-09-10_cancer_ends_his_fitness_life_after_toil_.html| acessodata=3 de maio de 2008}}</ref>

Os efeitos na saúde também se estenderam para alguns moradores, estudantes e trabalhadores de escritórios de [[Lower Manhattan]] e do [[Chinatown]] da cidade.<ref>{{Citar web| título=Updated Ground Zero Report Examines Failure of Government to Protect Citizens| publicado=Sierra Club| ano=2006| url=http://web.archive.org/web/20060616101250/http://www.sierraclub.org/groundzero/| acessodata=21 de maio de 2008| arquivodata=16 de junho de 2006| arquivourl=https://web.archive.org/web/20060616101250/http://www.sierraclub.org/groundzero/}}</ref> Várias mortes foram ligadas à poeira tóxica causada pelo colapso do World Trade Center e os nomes das vítimas serão incluídas no memorial do World Trade Center.<ref>{{Citar web| último=Smith| primeiro=Stephen| url=http://www.cbsnews.com/stories/2008/04/28/national/main4049362.shtml| título=9/11 "Wall Of Heroes" To Include Sick Cops| publicado=CBS News| data=28 de abril de 2008| acessodata=3 de maio de 2008}}</ref> Existe também a especulação científica que a exposição a vários produtos tóxicos no ar podem ter efeitos negativos no desenvolvimento fetal. Devido a este risco potencial para crianças o centro de saúde ambiental está atualmente analisando as crianças cujas mães estavam grávidas durante o colapso do WTC e estavam morando ou trabalhando perto das torres do World Trade Center.<ref>{{Citar web| título = CCCEH Study of the Effects of 9/11 on Pregnant Women and Newborns| obra = World Trade Center Pregnancy Study| publicado = Columbia University| ano = 2006| url = http://www.familiesofseptember11.org/docs/CCCEH%20Study%20Intro.pdf| acessodata = 14 de abril de 2008| arquivourl = https://web.archive.org/web/20110726045732/http://www.familiesofseptember11.org/docs/CCCEH%20Study%20Intro.pdf| arquivodata = 26 de Julho de 2011| urlmorta = yes}}</ref>

[[Imagem:Dust covered 911 victims.jpg|thumb|esquerda|Sobreviventes ficaram cobertos de poeira tóxica após o colapso das torres.]]

Um estudo da equipe de resgate lançado em abril de 2010 constatou que todos os trabalhadores estudados tinham comprometimento da função pulmonar e que de 30% a 40% dos trabalhadores estavam relatando sintomas persistentes que começaram no primeiro ano do ataque com pouca ou nenhuma melhora desde então.<ref>{{citar web |url=http://www.nytimes.com/2010/04/08/nyregion/08lung.html?src=m |título=Lung Function of 9/11 Rescuers Fell, Study Finds |editor=[[The New York Times]] |data=7 de abril de 2010 |acessodata=28 de abril de 2013}}</ref>

As disputas legais sobre os custos de atendimento de doenças relacionadas com os ataques ainda estão no sistema judicial. Em 17 de outubro de 2006, o juiz federal Alvin Hellerstein rejeitou a recusa de Nova Iorque para pagar os custos da saúde para os trabalhadores de salvamento, permitindo a possibilidade de vários processos contra a cidade.<ref>{{Citar web| primeiro=Anthony |último=DePalma |título=Many Ground Zero Workers Gain Chance at Lawsuits |publicado=The New York Times |data=18 de outubro de 2006 |url=http://www.nytimes.com/2006/10/18/nyregion/nyregionspecial3/18toxic.html?ref=nyregion |acessodata=18 de maio de 2008}}</ref> Os funcionários do governo foram acusados de incitar o público a retornar à ''Lower Manhattan'' nas semanas logo após os ataques. Christine Todd Whitman, administradora da [[Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos]] (EPA), na sequência dos ataques, foi duramente criticada por dizer incorretamente que a área dos ataques era ambientalmente segura.<ref>{{Citar web |primeiro=Larry |último=Neumeister |url=http://www.commondreams.org/headlines06/0203-02.htm |título=Judge Slams Ex-EPA Chief Over Sept. 11 |agência=Associated Press |publicado=San Francisco Chronicle |data=2 de fevereiro de 2006 |acessodata=3 de maio de 2008 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140415043823/http://www.commondreams.org/headlines06/0203-02.htm |arquivodata=15 de Abril de 2014 |urlmorta=yes }}</ref> O presidente [[George W. Bush]] foi criticado por interferir nas interpretações da EPA e por pronunciamentos sobre a [[qualidade do ar]] na sequência do ataques.<ref>{{Citar web|último = Heilprin| primeiro = John| título = White House edited EPA's 9/11 reports| publicado = Seattle Post-Intelligencer| data = 23 de junho de 2003| url=http://www.seattlepi.com/national/136350_epa23.html?rand=26878.51| acessodata = 12 de abril de 2008}}</ref> Além disso, o então prefeito, [[Rudolph Giuliani]], foi criticado por incitar o pessoal do setor financeiro para voltar rapidamente à maior área de [[Wall Street]].<ref>{{Citar web| último=Smith| primeiro=Ben| título=Rudy's black cloud. WTC health risks may hurt Prez bid| url=http://web.archive.org/web/20090211070440/http://www.nydailynews.com/archives/news/2006/09/18/2006-09-18_rudy_s_black_cloud__wtc_heal.html| publicado=[[Daily News (New York)|Daily News]]| data=18 de setembro de 2006| acessodata=21 de maio de 2008| arquivodata=11 de fevereiro de 2009| arquivourl=https://web.archive.org/web/20090211070440/http://www.nydailynews.com/archives/news/2006/09/18/2006-09-18_rudy_s_black_cloud__wtc_heal.html}}</ref>

Alguns estadunidenses ficaram preocupados com a possibilidade de utilizar [[aviões]] para viagens, fazendo maior uso de [[automóveis]]. Isto resultou em uma estimativa 1 595 mortes "em excesso" nas [[auto-estrada]]s do país no ano seguinte aos atentados.<ref>{{citar periódico|primeiro =Don|último =Sakers|título=The Reference Library: Book Review of ''The Science of Fear''|publicado=Analog|local=New York City|página= 106|data=Maio de 2010}}</ref>
{{limpar}}

=== Impacto cultural ===
[[Imagem:Vanity_Fair_by_Guy_Denning.jpg|thumb|''Vanity Fair'', do artista contemporâneo britânico Guy Denning.]]
{{Vertambém|Entretenimento audiovisual afetado pelos ataques de 11 de setembro}}
O impacto do 11 de setembro se estende para além da geopolítica na sociedade e na cultura em geral. Algumas das reações imediatas aos atentados incluíram maior foco na vida familiar, maior participação na igreja e expressões aumento de [[patriotismo]], como hastear a bandeira.<ref name="Carducci2009b">{{citar livro|autor =Bernardo J. Carducci|título=The Psychology of Personality: Viewpoints, Research, and Applications|url=http://books.google.com/books?id=1gJPXv5wQbIC&pg=PA200|acessodata=16 de abril de 2013|data=20 de fevereiro de 2009|publicado=Wiley-Blackwell|isbn=978-1-4051-3635-8|páginas=200–}}</ref>

A indústria do rádio respondeu removendo certas músicas das listas de reprodução e os ataques foram posteriormente utilizados como ''background'' ou como elementos temáticos no [[Entretenimento audiovisual afetado pelos ataques de 11 de setembro|cinema, televisão, música e literatura]]. Programas de televisão já em execução e programas desenvolvidos após os ataques têm refletido as preocupações culturais pós-11 de Setembro.<ref name=popCultureGuid>{{citar livro|último1 = Quay |primeiro1 = Sara |último2 = Damico |primeiro2 = Amy |título= September 11 in Popular Culture: A Guide |publicado= [[Greenwood Publishing Group]] |data= 14 de setembro de 2010 |acessodata= | isbn = 978-0-313-35505-9 }}</ref>

As [[teorias conspiratórias sobre os ataques de 11 de setembro de 2001]] tornaram-se fenômenos sociais, apesar do apoio insignificante de tais opiniões por cientistas, engenheiros, especialistas e historiadores renomados.<ref>{{citar periódico|título=9/11 conspiracy theories won't stop|primeiro =Joshua|último =Norman|data=11 de setembro de 2011|periódico=CBS News|url=http://www.cbsnews.com/stories/2011/09/11/national/main20104377.shtml|publicado=CBS Corporation}}</ref>

O 11 de Setembro também teve um grande impacto sobre a [[fé]] religiosa de muitos indivíduos; para alguns a reforçou para encontrar consolo para lidar com a perda de entes queridos e superar a dor, outros começaram a questionar sua fé ou a perderam totalmente, porque não conseguiam [[Problema do mal|conciliar os ataques com a sua visão religiosa]].<ref>{{Citar web|url=http://www.huffingtonpost.com/2011/08/29/september-11-challenged-faith_n_941017.html|título=After 9/11, Some Run Toward Faith, Some Run The Other Way|autor=Huffington Post|data=29 de agosto de 2011|acessodata=6 de abril de 2013}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.pbs.org/wgbh/pages/frontline/shows/faith/questions/god.html|título=Faith and Doubt at Ground Zero - The Question of God|autor= PBS Frontline|data=|acessodata=6 de abril de 2013}}</ref>

== Investigações ==
=== FBI ===
[[Imagem:Mohamed Atta.jpg|thumb|esquerda|upright|[[Mohamed Atta]], o líder dos sequestradores.]]

Imediatamente após os ataques, o [[Escritório Federal de Investigação]] (FBI) começou o PENTTBOM, o maior inquérito criminal da história dos Estados Unidos. No seu auge, mais de metade dos agentes do FBI trabalhou nessa investigação.<ref name='Pentbomb'>{{Citar web| url = http://www.fbi.gov/about-us/history/famous-cases/9-11-investigation/9-11-investigation | título = 9/11 Investigation (PENTTBOM) | acessodata = 6 de abril de 2013 | publicado = [[Federal Bureau of Investigation]]}}</ref> O FBI concluiu que havia evidências "claras e irrefutáveis" ligando a al-Qaeda e Bin Laden aos ataques.<ref>{{Citar web|título=Testimony of Dale L. Watson, Executive Assistant Director, Counterterrorism/Counterintelligence Division, FBI Before the Senate Select Committee on Intelligence|data=6 de fevereiro de 2002|url=http://www.fbi.gov/congress/congress02/watson020602.htm|publicado=[[Federal Bureau of Investigation]]|acessodata=6 de abril de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100410013616/http://www.fbi.gov/congress/congress02/watson020602.htm|arquivodata=10 de Abril de 2010|urlmorta=yes}}</ref>

A instituição logo foi capaz de identificar os sequestradores, incluindo o líder [[Mohamed Atta]], quando sua bagagem foi descoberta no [[Aeroporto Internacional de Boston]]. Devido a uma confusão, a bagagem não entrou a bordo do [[Voo 11 da American Airlines]], conforme o planejado. A bagagem continha os nomes, as atribuições e as conexões dos sequestradores e da al-Qaeda. "Ele tinha todos esses documentos em língua árabe que resultaram na [[Pedra de Roseta]] da investigação", disse um agente do FBI.<ref name="Unraveling 9-11 Was in the Bags">{{Citar web| título = Unraveling 9–11 Was in the Bags | data = 6 de fevereiro de 2009 | url = http://www.securityinfowatch.com/news/10555883/unraveling-9-11-was-in-the-bags |obra=Newsday | acessodata =6 de abril de 2013}}</ref>

Poucas horas depois dos ataques, o FBI divulgou os nomes e, em muitos casos, os dados pessoais dos pilotos suspeitos e dos sequestradores.<ref>{{citar livro|título=[[Against All Enemies|Against All Enemies: Inside America's War on Terrorism]] |último =Clarke |primeiro =Richard A. |ano=2004 |publicado=Simon & Schuster |local=New York |isbn=978-0-7432-6823-3 |páginas=13–14}}</ref><ref name=nineteen>{{Citar web|título=FBI Announces List of 19 Hijackers|url=http://www.fbi.gov/news/pressrel/press-releases/fbi-announces-list-of-19-hijackers|publicado=Federal Bureau of Investigation|acessodata=6 de abril de 2013}}</ref> Ao meio-dia, a [[Agência de Segurança Nacional]] (NSA) e as agências de inteligência alemãs interceptaram comunicações que apontavam para Osama bin Laden.<ref>{{Citar web|título=Piece by piece, the jigsaw of terror revealed|url=http://www.independent.co.uk/news/world/americas/piece-by-piece-the-jigsaw-of-terror-revealed-671334.html|arquivourl=https://web.archive.org/web/20091015065134/http://www.independent.co.uk/news/world/americas/piece-by-piece-the-jigsaw-of-terror-revealed-671334.html|arquivodata=15 de Outubro de 2009|acessodata=6 de abril de 2013|jornal=The Independent|data=30 de setembro de 2001|urlmorta=no}}</ref><ref>{{Citar web|primeiro1 =John |último1 =Tagliabue |último2 =Bonner |primeiro2 = Raymond |url=http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9A0DE5DA173DF93AA1575AC0A9679C8B63 |título=A Nation challenged: German Intelligence; German Data Led U.S. to Search For More Suicide Hijacker Teams |obra=The New York Times |data=29 de setembro de 2001 |acessodata=6 de abril de 2013}}</ref> Em 27 de setembro de 2001, o FBI divulgou as fotos dos 19 sequestradores, juntamente com informações sobre as possíveis nacionalidades e pseudônimos de cada um deles.<ref>{{Citar web|título=The FBI Releases 19 Photographs of Individuals Believed to be the Hijackers of the Four Airliners that Crashed on September 11, 2001|url=http://www.fbi.gov/news/pressrel/press-releases/the-fbi-releases-19-photographs-of-individuals-believed-to-be-the-hijackers|publicado=Federal Bureau of Investigation|acessodata=6 de abril de 2013}}</ref> Quinze dos homens eram da [[Arábia Saudita]], dois dos [[Emirados Árabes Unidos]], um do [[Egito]] (Atta) e um do [[Líbano]].<ref>{{Citar web|último=Johnston|primeiro=David|título=TWO YEARS LATER: 9/11 TACTICS; Official Says Qaeda Recruited Saudi Hijackers to Strain Ties|url=http://www.nytimes.com/2003/09/09/us/two-years-later-9-11-tactics-official-says-qaeda-recruited-saudi-hijackers.html|acessodata=6 de abril de 2013|jornal=New York Times|data=9 de setembro de 2003}}</ref>

=== Comissão do 11/9 ===
{{Artigo principal|Comissão do 11 de Setembro}}

A [[Comissão do 11 de Setembro|Comissão Nacional dos Ataques Terroristas nos Estados Unidos]] (Comissão do 11/9), presidida pelo ex-governador de [[Nova Jérsei]], Thomas Kean, foi formada no final de 2002 para preparar um relatório completo das circunstâncias que envolveram os ataques, incluindo o planejamento e a resposta imediata aos atentados.<ref>{{Citar web|url=http://govinfo.library.unt.edu/911/about/bio_kean.htm|título=National Commission on Terrorist Attacks Upon the United States|publicado=govinfo.library.unt.edu|acessodata=6 de abril de 2013}}</ref> Em 22 de julho de 2004, a Comissão do 11/9 emitiu o Relatório da Comissão do 11 de Setembro. O documentou detalhou os acontecimentos do dia dos ataques, concluiu que os atentados foram realizados por membros da [[al-Qaeda]] e examinou como as agências de segurança e inteligência estavam inadequadamente coordenadas para evitar os atentados. Formada a partir de um grupo independente bipartidário de senadores, a maioria dos antigos parlamentares, comissários e governadores, explicou: "Nós acreditamos que os ataques de 11/9 revelou quatro tipos de falhas: na imaginação, na política, nos recursos e na gestão".<ref>{{Citar web|título=Foresight-and Hindsight|url=http://www.9-11commission.gov/report/911Report_Ch11.htm|obra=National Commission on Terrorist Attacks Upon the United States|publicado=National Commission on Terrorist Attacks Upon the United States|acessodata=6 de abril de 2013}}</ref> A comissão fez inúmeras recomendações sobre como prevenir futuros ataques e, em 2011, constatou-se que várias dessas recomendações ainda não haviam sido implementadas.<ref>{{Citar web|último=Bennett|primeiro=Brian|título=Post-9/11 assessment sees major security gaps|url=http://articles.latimes.com/2011/aug/30/nation/la-na-911-report-card-20110831|acessodata=6 de abril de 2013|jornal=Los Angeles Times|data=30 de agosto de 2011}}</ref>

=== Colapso do World Trade Center ===
[[Ficheiro:WTC collapse before and after cropped and aligned.jpg|thumb|upright|O colapso do World Trade Center visto de [[Williamsburg (Brooklyn)|Williamsburg]], [[Brooklyn]].]]
[[Imagem:WTC-remnant highres.jpg|upright|thumb|As colunas exteriores de apoio do nível mais baixo da torre sul permaneceram de pé após o desabamento do prédio.]]
{{Artigo principal|Colapso do World Trade Center}}
{{Vertambém|7 World Trade Center}}

O [[National Institute of Standards and Technology|Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia]] (NIST) dos Estados Unidos investigou o colapso das Torres Gêmeas e da Torre 7 do World Trade Center. As investigações examinaram o porquê de os prédios terem desmoronado, quais medidas de proteção contra incêndios estavam no local e como sistemas de proteção contra incêndio podem ser melhorados em construções futuras.<ref name="NISTInvest">{{Citar web|título=NIST's World Trade Center Investigation |url=http://www.nist.gov/public_affairs/factsheet/nist_investigation_911.cfm|obra=National Institute of Standards and Technology |publicado=U.S. Department of Commerce |data=14 de dezembro de 2007 |acessodata=6 de abril de 2013}}</ref> A investigação sobre o colapso do WTC 1 e WTC 2 foi concluída em outubro de 2005 e a do WTC 7 foi concluída em agosto de 2008.<ref name=seven>{{Citar web|título=NIST WTC 7 Investigation Finds Building Fires Caused Collapse|url=http://www.nist.gov/public_affairs/releases/wtc-082108.cfm|publicado=The National Institute of Standards and Technology|acessodata=6 de abril de 2013}}</ref>

O NIST constatou que a infraestrutura de aço à prova de fogo das Torres Gêmeas foi arrancada pelo impacto inicial dos aviões e que, se isso não tivesse acontecido, as torres provavelmente teriam permanecido de pé.<ref name="NISTCollapse">{{citar livro|autor =National Construction Safety Team |url=http://www.nist.gov/customcf/get_pdf.cfm?pub_id=909017 |título=Final Report on the Collapse of the World Trade Center Towers |obra=National Institute of Standards and Technology|publicado=United States Department of Commerce |capítulo=Executive Summary |data=Setembro de 2005|acessodata=6 de abril de 2013}}</ref> Um estudo de 2007 do colapso da Torre Norte e publicado por pesquisadores da [[Universidade de Purdue]] determinou que, uma vez que o impacto do avião retirou a maior parte do isolamento térmico da estrutura, o calor do incêndio dos escritórios teria amolecido e enfraquecido as vigas e colunas expostas o suficiente para iniciar o colapso do edifício, independentemente do número de colunas arrebentadas ou danificadas pelo impacto.<ref>{{citar periódico|último1 = Irfanoglu |primeiro1 = A. |último2 = Hoffmann |primeiro2 = C. M. | doi = 10.1061/(ASCE)0887-3828(2008)22:1(62) |título= Engineering Perspective of the Collapse of WTC-I |periódico= Journal of Performance of Constructed Facilities |publicado= [[American Society of Civil Engineers]]| volume = 22 |páginas= 62 |ano= 2008}}</ref><ref>{{Citar web| título = Purdue creates scientifically based animation of 9/11 attack| último = Tally| primeiro = Steve| publicado = Purdue News Service| url = http://news.uns.purdue.edu/x/2007a/070612HoffmannWTC.html| data = 12 de junho de 2007| acessodata = 6 de abril de 2013| arquivodata = 25 de dezembro de 2018| arquivourl = https://web.archive.org/web/20181225172122/https://news.uns.purdue.edu/x/2007a/070612HoffmannWTC.html%20}}</ref>

O diretor do relatório inicial afirmou que "as torres ficaram surpreendentemente bem. A aeronave terrorista não levou os edifícios abaixo; foi o incêndio que se seguiu. Foi provado que você pode tirar dois terços das colunas de uma torre e o prédio ainda estaria de pé".<ref name="TerrorProof">{{Citar web|título=Building a Terror-Proof Skyscraper: Experts Debate Feasibility, Options |primeiro=Pete |último=Sigmund |url=http://www.constructionequipmentguide.com/Building-a-Terror-Proof-Skyscraper-Experts-Debate-Feasibility-Options/2598/ |acessodata=6 de abril de 2013 |data=25 de setembro de 2002}}</ref> Os incêndios enfraqueceram as vigas que suportavam os pisos, levando ao afundamento dos andares. A flacidez dos pisos puxou as colunas de aço exteriores, o que levou as colunas exteriores a se curvarem para dentro. Com o dano nas colunas centrais, as colunas exteriores fumegantes já não podiam suportar a estrutura dos edifícios, fazendo-os entrar em colapso. Além disso, o relatório descobriu escadas nas torres que não foram adequadamente reforçadas para proporcionar uma evacuação de emergência adequada para as pessoas que estavam acima das zonas de impacto.<ref name="NIST">{{Citar web|título=Translating WTC Recommendations Into Model Building Codes|publicado=National Institute of Standards and Technology|url=http://wtc.nist.gov/NIBS_MMC/CodeChangeProposals.htm|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110310004023/http://wtc.nist.gov/NIBS_MMC/CodeChangeProposals.htm|arquivodata=10 de Março de 2011|acessodata=6 de abril de 2013|data=25 de outubro de 2007|urlmorta=no}}</ref> O NIST concluiu que incêndios descontrolados no WTC 7 queimaram o piso e as vigas e, posteriormente, "causaram uma falha crítica do apoio da coluna, dando início a um colapso induzido pelo progressivo incêndio que levou o edifício abaixo".<ref name=seven/>

=== Investigação interna da CIA ===
O inspetor geral da [[Agência Central de Inteligência]] (CIA) realizou uma avaliação interna do desempenho pré-11/9 da agência e foi duramente crítico aos altos funcionários da CIA por não fazerem todo o possível para enfrentar o terrorismo. Ele criticou sua incapacidade de parar dois dos sequestradores, [[Nawaf al-Hazmi]] e [[Khalid al-Mihdhar]], quando eles entraram nos Estados Unidos e sua incapacidade de compartilhar informações sobre os dois homens com o FBI.<ref>{{Citar web|url=http://www.theamericanconservative.com/article/2005/aug/01/00027/|título=Deep Background|publicado=American Conservative|data=1 de abril de 2005|acessodata=6 de abril de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120415100155/http://www.theamericanconservative.com/article/2005/aug/01/00027/|arquivodata=15 de Abril de 2012|urlmorta=yes}}</ref> Em maio de 2007, os senadores de ambos os principais partidos políticos dos Estados Unidos elaboraram uma legislação para tornar pública a revisão. Um dos apoiadores, o senador Ron Wyden, disse: "O povo americano tem o direito de saber o que a Agência Central de Inteligência estava fazendo naqueles meses críticos antes de 11/9".<ref>{{Citar web |primeiro=Katherine |último=Shrader |título=Senators Want CIA to Release 9/11 Report |url=http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?f=/n/a/2007/05/17/national/w131436D49.DTL |obra=San Francisco Chronicle |agência=Associated Press |data=17 de maio de 2007 |acessodata=6 de abril de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071017005618/http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?f=%2Fn%2Fa%2F2007%2F05%2F17%2Fnational%2Fw131436D49.DTL |arquivodata=17 de Outubro de 2007 |urlmorta=no }}</ref>

=== Suspeita de financiamento saudita ===
[[Imagem:Zacarias Moussaoui.jpg|thumb|esquerda|upright|[[Zacarias Moussaoui]].]]
Em fevereiro de 2015, [[Zacarias Moussaoui]], ex-membro da [[Al Qaeda]] que cumpre prisão perpétua por participação nos ataques, disse a advogados de vítimas do atentado que membros da [[Casa de Saud|família real da Arábia Saudita]] deram apoio ao grupo militante islâmico. Zacarias Moussaoui fez as declarações em depoimento prestado em um tribunal federal em Manhattan. Ele afirmou que uma lista de doadores do final da década de 1990 que ele montou durante a liderança de [[Osama bin Laden]] na Al Qaeda incluía algumas autoridades sauditas, como o príncipe [[Turki al-Faisal Al Saud]], ex-chefe da inteligência saudita. Moussaoui também disse que teve um encontro na cidade de [[Candaar|Kandahar]], no [[Afeganistão]], com uma autoridade da embaixada da Arábia Saudita em [[Washington]] e que os dois iriam juntos aos [[Estados Unidos]] para planejar e executar um ataque contra o avião presidencial dos Estados Unidos, o [[Air Force One]]. A embaixada saudita disse nesta quarta-feira que as acusações de Moussaoui pareciam ter o objetivo de prejudicar as [[relações entre Arábia Saudita e Estados Unidos]] e contradiziam as conclusões da [[Comissão do 11 de Setembro]], que não encontrou evidências de financiamentos sauditas à Al Qaeda.<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/02/ex-membro-da-al-qaeda-diz-que-realeza-saudita-ajudou-grupo-militante.html |título=Ex-membro da Al Qaeda diz que realeza saudita ajudou grupo militante |publicado=[[G1]] |data=4 de fevereiro de 2015 |acessodata=6 de fevereiro de 2015}}</ref>

As declarações de Moussaoui somam-se a uma seção ainda secreta do relatório dos comitês de inteligência do [[Congresso dos Estados Unidos]] sobre os atentados, que consiste em 28 páginas que examinam o apoio dado aos terroristas e que supostamente implicam sauditas proeminentes no financiamento ao terrorismo. Críticos no Congresso apontam que os governos [[Governo Bush|Bush]] e [[Governo Obama|Obama]] mantiveram o documento sob sigilo por medo de atrapalhar as relações com a Arábia Saudita, um parceiro econômico e militar influente no [[Oriente Médio]], e não pela segurança nacional. O governo saudita afirmou que defende a divulgação das 28 páginas do relatório, porque tornaria mais fácil refutar imputações que define como infundadas.<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/02/1585626-relatorio-dos-eua-aumenta-suspeita-sobre-financiamento-saudita-no-119.shtml?cmpid=%22facefolha%22 |título=Relatório dos EUA aumenta suspeita sobre financiamento saudita no 11/9 |editor=[[Folha de S. Paulo]] |data=5 de fevereiro de 2015 |acessodata=6 de fevereiro de 2015}}</ref>

=== Teorias conspiratórias ===
{{Artigo principal|Teorias conspiratórias sobre os ataques de 11 de setembro de 2001}}

[[Imagem:9-11 Truth 1.jpg|thumb|Manifestantes do [[9/11 Truth Movement|Movimento ''9/11 Truth'']], que contestam as declarações oficiais sobre os ataques.]]

Após a divulgação dos resultados das investigações oficiais sobre os atentados, muitos civis, físicos, engenheiros, militares, pilotos e alguns dos sobreviventes questionaram a versão governamental sobre as causas e os responsáveis pelos ataques. Os teóricos da [[Teoria da conspiração|conspiração]] discordam da versão oficial dos atentados, questionam as motivações e as partes envolvidas por trás deles, e se envolveram em investigações independentes. Algumas das teorias da conspiração veem os ataques como um ''[[casus belli]]'' através de uma [[operação de bandeira falsa]] (como com a malsucedida [[Operação Northwoods]], nos anos 1960) para trazer o aumento da militarização e do poder do governo sobre a população. Os defensores das teorias conspiratórias do 11 de setembro têm sugerido que indivíduos dentro dos [[Estados Unidos]] possuíam informações detalhadas sobre os ataques e deliberadamente optaram por não evitá-los, ou que indivíduos de fora da [[al-Qaeda]] planejaram, realizaram ou auxiliaram a realização dos atentados.<ref name="Conspiração">{{citar web |url=http://ultimosegundo.ig.com.br/11desetembro/perguntas+sem+respostas+ainda+rondam+o+11+de+setembro/n1597197211446.html |título=Perguntas sem respostas ainda rondam o 11 de Setembro |editor=[[IG]] |autor=Marsílea Gombata |data=7 de setembro de 2011 |acessodata=17 de abril de 2013}}</ref><ref name="Aventuras a História"/> Uma pesquisa realizada em 2013 pela empresa de [[pesquisa de mercado]] YouGov e publicada próximo ao décimo segundo aniversário dos ataques apontou que um em cada dois norte-americanos ainda tem dúvidas sobre a versão do governo do país sobre as causas e consequências dos atentados de 11 de setembro.<ref>{{citar web |url=http://www.wrcbtv.com/story/23382957/new-poll-from-rethink911org-finds-most-americans-open-to-alternative-911-theories |título=New Poll from ReThink911.org Finds Most Americans Open to Alternative 9/11 Theories |editor=WRCB/[[National Broadcasting Company|NBC]] |data=9 de setembro de 2013 |acessodata=11 de setembro de 2013 |datali=maio de 2019}}</ref>
[[Imagem:US Navy 010911-N-6157F-006 Pentagon damage, Sept. 11, 2001.jpg|esquerda|thumb|[[O Pentágono]] no dia dos ataques.]]

O principal ponto de controvérsia é o [[Colapso do World Trade Center|colapso estrutural das Torres Gêmeas]] e da [[World Trade Center 7|Torre 7]] do complexo do [[World Trade Center (1973–2001)|World Trade Center]]. Alguns teóricos da conspiração reivindicam que o World Trade Center não entrou em colapso por causa da colisão das aeronaves, mas que foi [[Implosão|implodido]] com a ajuda de [[explosivo]]s.<ref name="Conspiração"/><ref name="Aventuras a História"/><ref>{{citar web |url=http://mundoestranho.abril.com.br/materia/teoria-da-conspiracao-o-ataque-as-torres-gemeas-foi-uma-farsa?conteudo-relacionado&utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_mundoestranho |título=Teoria da Conspiração: O ataque às Torres Gêmeas foi uma farsa? |editor=[[Mundo Estranho]] |acessodata=3 de janeiro de 2016 |autor=Juliana Sayuri}}</ref> Esta hipótese de demolição controlada, no entanto, é rejeitada por renomadas organizações como o [[Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia]] e a [[Sociedade Americana de Engenheiros Civis]], que, após investigação, concluíram que os impactos dos aviões em alta velocidade, associados aos incêndios posteriores, causaram o colapso das duas torres.<ref>{{Citar web|url=http://wtc.nist.gov/NCSTAR1/PDF/NCSTAR%201A.pdf |título=Final Report on the Collapse of World Trade Center Building 7 |data=novembro de 2008 |publicado=[[National Institute of Standards and Technology]] |paginas=25–8 |acessodata=31 de agosto de 2009 }}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.asce.org/uploadedFiles/Communications/3-6-02wtc_testimony.pdf |título=Testimony of Dr. W. Gene Corley |acessodata=10 de junho de 2009 |data=1 de maio de 2002 |publicado=American Society of Civil Engineers |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110610192735/http://www.asce.org/uploadedFiles/Communications/3-6-02wtc_testimony.pdf |arquivodata=10 de Junho de 2011 |urlmorta=yes }}</ref><ref>{{citar periódico|último1 =Bazant |primeiro1 =Zdenek P. |último2 =Mathieu |primeiro2 = Verdure |data=Março de 2007 |título=Mechanics of Progressive Collapse: Learning from World Trade Center and Building Demolitions |periódico=Journal of Engineering Mechanics |publicado=[[American Society of Civil Engineers]] |volume=133|número=3|páginas=308–319 |url=http://www.civil.northwestern.edu/people/bazant/PDFs/Papers/466.pdf |doi=10.1061/(ASCE)0733-9399(2007)133:3(308) |acessodata=20 de maio de 2008 }}</ref>

O ataque ao Pentágono também levantou diversas dúvidas. Um dos pontos questionados é que, por ser um edifício relativamente baixo, a sede do [[Departamento de Defesa dos Estados Unidos]] seria um alvo difícil para um [[Boeing 757]] a uma velocidade de 560 quilômetros por hora<ref name="Aventuras a História">{{citar web |url=http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/11-perguntas-11-setembro-639510.shtml |título=11 perguntas sobre o 11 de setembro |editor=[[Aventuras na História]] |autor=Maurício Oliveira |data=9 de setembro de 2011 |acessodata=3 de agosto de 2013}}</ref> acertar com precisão.<ref name="Conspiração"/> Entre os que questionam a versão oficial está o grupo ''Pilots for Truth'' ({{lang-pt|''Pilotos pela Verdade''}} — tradução livre), que afirma que não foram encontradas marcas das asas do avião ou destroços da aeronave no local do impacto. Também causou controvérsia a falta de testemunhas oculares do momento do ataque, a rapidez com que o [[FBI]] recolheu as gravações de circuito interno de câmeras da região do Pentágono imediatamente após a explosão, além do fato das poucas imagens disponibilizadas não mostrarem o momento do choque do 757 contra o prédio.<ref name="Conspiração"/><ref name="Aventuras a História"/> O jornalista e cientista político francês [[Thierry Meyssan]] defende em seu livro ''11 de setembro de 2001 — Uma Terrível Farsa'' que o Pentágono foi, na verdade, atingido por um míssil.<ref>{{citar web |url=http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/dossie/11-de-setembro/nao-caiu-qualquer-aviao-no-pentagono |título=Não caiu qualquer avião no Pentágono |autor=Rui Hortelão e Pedro Catarino |editor=[[Correio da Manhã (Portugal)|Correio da Manhã]] |data=10 de setembro de 2002 |acessodata=3 de agosto de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131122034659/http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/dossie/11-de-setembro/nao-caiu-qualquer-aviao-no-pentagono |arquivodata=22 de Novembro de 2013 |urlmorta=yes }}</ref> A explicação da Sociedade Americana de Engenheiros Civis para o buraco na fachada do Pentágono foi a de que um avião, quando bate, não deixa uma silhueta perfeita de si. Além disso, corpos de passageiros foram identificados nos escombros. A falta de destroços do avião seria explicada pelo fato de que, com o impacto e a explosão subsequente, a aeronave teria sido praticamente desintegrada.<ref>{{citar web |url=http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/6-teorias-da-conspiracao-envolvendo-os-ataques-de-11-de-setembro/ |título=6 teorias da conspiração bizarras envolvendo os ataques de 11 de setembro |autor=Ana Carolina Prado |editor=[[Superinteressante]] |data=9 de setembro de 2011 |acessodata=3 de agosto de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130916003116/http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/6-teorias-da-conspiracao-envolvendo-os-ataques-de-11-de-setembro/ |arquivodata=16 de Setembro de 2013 |urlmorta=yes }}</ref>

== Memoriais ==
[[Imagem:9-11 Memorial and Museum (28815276064).jpg|thumb|[[Memorial & Museu Nacional do 11 de Setembro]] em [[Nova Iorque]].]]
[[Imagem:200911-D-BN624-0621 (50330995633).jpg|thumb|[[Memorial do Pentágono]], no [[Condado de Arlington]], [[Virgínia]].]]
[[Imagem:Flight_93_Memorial_flight_path.jpg|thumb|[[Memorial Nacional do Voo 93]], na região de [[Shanksville (Pensilvânia)|Shanksville]], [[Pensilvânia]].]]

Nos dias que se seguiram aos ataques, muitos memoriais e vigílias foram realizadas ao redor do mundo.<ref>{{citar periódico|título= Honoring the fallen, From New York to Texas, Americans pay respect to the victims of terrorism|publicado= [[The Dallas Morning News]]|data= 15 de setembro de 2001}}</ref><ref>{{citar periódico|último = Ahrens|primeiro = Frank|título= Sorrow's Legions; Washingtonians Gather With Candles, Prayers And a Shared Grief|publicado= Washington Post|data= 15 de setembro de 2001}}</ref><ref>{{Citar web| título = Bush Thanks Canadians for Helping After 9/11| publicado = [[Fox News Channel|Fox News]]| data= 1 de dezembro de 2004| url = http://www.foxnews.com/story/0,2933,140098,00.html| acessodata = 21 de julho de 2007}}</ref> Além disso, as fotos foram colocadas em todo o ''[[Ground zero|Ground Zero]]''. Uma testemunha descreveu ser incapaz de "se afastar dos rostos de vítimas inocentes que foram mortas. Suas fotos estão em toda parte, em cabines telefônicas, postes de luz, paredes de estações de metrô. Tudo o que me fez lembrar de um grande funeral, as pessoas caladas e tristes, mas também muito bom. Antes, Nova Iorque me dava uma sensação de frio, agora as pessoas estavam chegando para ajudar umas as outras.".<ref name="Sigmund">{{Citar web|publicado=Construction Equipment Guide|primeiro=Pete|último=Sigmund|data=26 de setembro de 2001|acessodata=|título=Crews Assist Rescuers in Massive WTC Search|url=http://www.cegltd.com/story.asp?story=1531&headline=Crews%20Assist%20Rescuers%20in%20Massive%20WTC%20Search}}</ref>

Um dos primeiros memoriais foi o "''[[Tribute in Light]]''", uma instalação de 88 holofotes no local onde ficavam as torres do World Trade Center que projeta duas colunas verticais de luz no céu.<ref>{{Citar web| título = Tribute in light to New York victims| publicado = BBC News| data= 6 de março de 2002| url = http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/americas/1857699.stm| acessodata = 21 de julho de 2007}}</ref>

Em Nova Iorque, a concorrência pelo Memorial do World Trade Center realizou-se a concepção de um memorial apropriado no local.<ref>{{Citar web|url=http://wtcsitememorial.org/about.html |título=About the World Trade Center Site Memorial Competition |acessodata=12 de setembro de 2008 |publicado=World Trade Center Site Memorial Competition}}</ref> O desenho vencedor, ''[[National September 11 Memorial & Museum|Refletindo Ausência]]'', foi selecionado em agosto de 2006 e consiste em um par de [[Espelho d'água|espelhos d'água]] no local onde estavam das torres, cercado por uma lista dos nomes de vítimas em um espaço memorial no subsolo, além de um museu.<ref>{{Citar web| editor = Associated Press| título = WTC Memorial Construction Begins| publicado = [[CBS News]]| data= 6 de março de 2006| url = http://www.cbsnews.com/stories/2006/03/13/national/main1393070.shtml| acessodata = 22 de julho de 2007}}</ref>

Muitos outros monumentos permanentes foram construídos em outros lugares e bolsas de estudo e caridade foram estabelecidas para as famílias das vítimas, junto com muitas outras organizações e números privados.<ref>{{Citar web| último=Fessenden| primeiro=Ford| título= 9/11; After the World Gave: Where $2 Billion in Kindness Ended Up| url=http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9505E3DB1030F93BA25752C1A9649C8B63| publicado=The New York Times| data=18 de novembro de 2002| acessodata=21 de maio de 2008}}</ref>

O [[Memorial do Pentágono]] foi concluído e aberto ao público durante o sétimo aniversário dos ataques, em 11 de setembro de 2008.<ref>{{Citar web|primeiro=Nick |último=Miroff |título=Creating a Place Like No Other |url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/09/10/AR2008091000018.html |obra=[[The Washington Post]] |publicado=[[The Washington Post Company]] |data=11 de setembro de 2008 |acessodata=12 de setembro de 2008}}</ref><ref>{{Citar web|primeiro=Nick |último=Miroff |título=A Long-Awaited Opening, Bringing Closure to Many |url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/09/11/AR2008091100579.html?hpid=topnews |obra=The Washington Post |publicado=The Washington Post Company |data=11 de setembro de 2008 |acessodata=11 de setembro de 2008}}</ref> Trata-se de um parque com 184 bancos de frente para o Pentágono.<ref name="dwyer-may2007">{{Citar web|último=Dwyer |primeiro=Timothy |url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/05/25/AR2007052502284.html |título=Pentagon Memorial Progress Is Step Forward for Families |data=26 de maio de 2007 |publicado=The Washington Post |acessodata=21 de maio de 2008}}</ref> Quando o [[O Pentágono|Pentágono]] foi reparado entre 2001 e 2002, uma capela privada e um memorial no interior foram incluídos, situada no local onde o voo 77 se chocou contra o edifício.<ref>{{Citar web |url=http://web.archive.org/web/20070619023326/http://www.defenselink.mil/photos/newsphoto.aspx?newsphotoid=4018 |título=DefenseLINK News Photos – Pentagon's America's Heroes Memorial |publicado=Department of Defense |acessodata=24 de julho de 2007 |arquivodata=19 de junho de 2007 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070619023326/http://www.defenselink.mil/photos/newsphoto.aspx?newsphotoid=4018 }}</ref>

Em [[Shanksville]], o [[Memorial Nacional do Voo 93]] está previsto para incluir um bosque esculpido de árvores formando um círculo em torno do local do acidente, dividido pelo caminho do avião, enquanto sinos de vento carregarão os nomes das vítimas.<ref>{{Citar web| editor = Associated Press| título = Sept. 11 Flight 93 Memorial Design Chosen| publicado = [[Fox News Channel|Fox News]]| data = 8 de setembro de  2005| url = http://www.foxnews.com/story/0,2933,168821,00.html| acessodata = 22 de julho de 2007| arquivourl = https://web.archive.org/web/20130522061521/http://www.foxnews.com/story/0,2933,168821,00.html| arquivodata = 22 de Maio de 2013| urlmorta = yes}}</ref> Um memorial temporário está localizado a 457 metros do local do acidente.<ref>{{Citar web|url=http://www.honorflight93.org/memorial/ |título=Flight 93 Memorial Project |publicado=Flight 93 Memorial Project / National Park Service |acessodata=14 de abril de 2008}}</ref> Os bombeiros de Nova Iorque doaram um memorial para o Corpo de Bombeiros Voluntários de Shanksville. É uma cruz de aço do [[World Trade Center (1973–2001)|World Trade Center]] montada em cima de uma plataforma em forma de [[Polígono|pentágono]].<ref>{{Citar web |último= Ganassi|primeiro= Michelle|título= NY firefighter donating steel to Shanksville|url= http://www.dailyamerican.com/articles/2008/08/22/news/news/news808.txt|data= 25 de agosto de 2008|obra= Daily American|acessodata = 22 de agosto de 2008|datali=maio de 2019}}</ref> Foi instalado fora do quartel em 25 de agosto de 2008.<ref>{{Citar web|último=Gaskell |primeiro=Stephanie|título=Pa. site of 9/11 crash gets WTC beam |url=http://www.nytimes.com/2008/05/05/us/05memorial.html|data=25 de agosto de 2008|obra=New York Daily news|acessodata=25 de agosto de 2008}}</ref>

== Reconstrução ==
{{Artigo principal|World Trade Center (2001–presente)}}
{{Vertambém|One World Trade Center|Memorial & Museu Nacional do 11 de Setembro}}
[[Imagem:Lower_Manhattan_from_Jersey_City_September_2020_HDR_panorama_(cropped).jpg|thumb|Vista do [[World Trade Center (2001–presente)|novo complexo do World Trade Center]].]]

No dia dos ataques, o então prefeito de Nova Iorque, [[Rudy Giuliani]], proclamou, "Nós vamos reconstruir. Nós vamos sair dessa mais fortes do que antes, mais fortes politicamente, economicamente mais fortes. A linha do horizonte será feita toda de novo.".<ref>{{Citar web |último=Taylor |primeiro=Tess |url=http://www.architectureweek.com/2001/0926/today.html |título=Rebuilding in New York |data=26 de setembro de 2001 |publicado=Architecture Week |número=68 |acessodata=21 de maio de 2008 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110511012010/http://www.architectureweek.com/2001/0926/today.html |arquivodata=11 de Maio de 2011 |urlmorta=yes }}</ref> 

A Lower Manhattan Development Corporation, empresa responsável pela coordenação dos esforços de reconstrução no local do World Trade Center, foi criticada por fazer pouco com o financiamento direcionado para o enorme esforço de reconstrução.<ref>{{Citar web|último1 = Lubell|primeiro1 = Sam|primeiro2 = Charles|último2 = Linn| título = Power Struggle Heats Up While Development Moves Slowly at Ground Zero| publicado = Architectural Record| data= 5 de dezembro de 2005| url = http://archrecord.construction.com/news/daily/archives/051205groundzero.asp| acessodata = 8 de setembro de 2006}}</ref><ref>{{Citar web| último = Buettner| primeiro = Russ| título = Fat cats milked Ground Zero| publicado = Daily News| url = http://web.archive.org/web/20080110190711/http://www.nydailynews.com/news/index.html/story/371361p-315964c.html| acessodata = 8 de setembro de 2006| arquivodata = 10 de janeiro de 2008| arquivourl = https://web.archive.org/web/20080110190711/http://www.nydailynews.com/news/index.html/story/371361p-315964c.html}}</ref>

Além da construção do [[World Trade Center 7]], junto ao local principal e concluído em 2006, e da [[World Trade Center (estação PATH)|Estação PATH]], que abriu no final de 2003, o trabalho na reconstrução do local principal do World Trade Center foi adiado até final de 2006, quando o arrendatário [[Larry Silverstein]] e a [[Autoridade Portuária de Nova Iorque e Nova Jérsei]] chegaram a um acordo sobre o financiamento dos novos edifícios.<ref>{{Citar web |url=http://select.nytimes.com/gst/abstract.html?res=F20913F63A550C718EDDA00894DE404482 |título=An Agreement Is Formalized on Rebuilding at Ground Zero |publicado=The New York Times |último=Bagli |primeiro=Charles V. |data=22 de setembro de 2006 |acessodata=2 de setembro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110511132110/http://select.nytimes.com/gst/abstract.html?res=F20913F63A550C718EDDA00894DE404482 |arquivodata=11 de Maio de 2011 |urlmorta=yes }}</ref> A [[One World Trade Center]] está em construção no local e, com 541 metros após a conclusão em 2011, se tornará [[Lista das estruturas mais altas do mundo|um dos edifícios mais altos]] na [[América do Norte]], perdendo apenas para a [[CN Tower]] em [[Toronto]], [[Canadá]].<ref>{{Citar web|primeiro1 =David W. |último1 =Dunlap |primeiro2 =Glenn |último2 =Collins |título=Revised Design for Freedom Tower Unveiled |url=http://www.nytimes.com/2006/06/28/nyregion/28cnd-freedom.html?_r=1&pagewanted=1&ei=5094&en=43f0767f75b25082&hp&ex=1151553600&partner=homepage |publicado=The New York Times |data=28 de junho de 2006 |acessodata=29 de dezembro de 2008}}</ref><ref>{{citar web |url=http://web.archive.org/web/20081109013420/http://www.ntsb.gov/info/Flight_%20Path%20_Study_UA175.pdf |título=Freedom Tower name changed to One World Trade Center |editor=[[Newsday]] |data=19 de fevereiro de 2002 |acessodata=28 de abril de 2013 |arquivodata=9 de novembro de 2008 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20081109013420/http://www.ntsb.gov/info/Flight_%20Path%20_Study_UA175.pdf }}</ref>

No [[Ground Zero (Nova Iorque)|local do World Trade Center]], mais três torres estão sendo construídas à leste de onde as torres originais estavam. Embora a construção de todas as três torres já tenha começado, elas estão previstas para serem concluídas pouco depois da conclusão do [[One World Trade Center]].<ref>{{Citar web|título=Lower Manhatten: Current Construction|url=http://www.lowermanhattan.info/construction/project_updates/|publicado=Lower Manhatten Construction Command Center|acessodata=8 de setembro de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110914070256/http://www.lowermanhattan.info/construction/project_updates/|arquivodata=14 de Setembro de 2011|urlmorta=yes}}</ref> A seção danificada do [[O Pentágono|Pentágono]] foi reconstruída e ocupada dentro de um ano após os ataques.<ref>{{Citar web|último=Oglesby |primeiro=Christy |título=Phoenix rises: Pentagon honors 'hard-hat patriots' |url=http://archives.cnn.com/2002/US/09/11/ar911.memorial.pentagon/ |publicado=CNN |data=11 de setembro de 2002 |acessodata=13 de junho de 2008}}</ref>

== Ver também ==
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*[[Guerra ao Terror]]
*[[World Trade Center (1973–2001)]]
*[[World Trade Center (2001–presente)]]
*[[Comissão do 11 de Setembro]]
*[[Ground Zero (Nova Iorque)]]
*[[Ataques com carbúnculo nos EUA em 2001]]
*[[Daniel M. Lewin]]
*[[Teorias conspiratórias sobre os ataques de 11 de setembro de 2001]]
*[[Guerra do Afeganistão (2001–2021)]]
*[[Invasão do Iraque]]
*[[Guerra do Iraque]]
*[[Morte de Osama bin Laden]]
*[[Massacre do Charlie Hebdo]]
*[[Atentados de 11 de março de 2004 em Madrid]]
*[[Atentados de 7 de julho de 2005 em Londres]]
*[[Atentado em Londres de 29 de junho de 2007]]
*[[Crise de reféns em Sydney em 2014]]
*[[Ataques terroristas em Copenhague em 2015]]
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{{Referências}}

=== Leitura adicional ===
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* {{citar livro|obra=National Commission O Terrorist Attacks|título=The 9/11 Commission Report: Final Report of the National Commission on Terrorist Attacks Upon the United States|url=http://books.google.com/books?id=TjKODEaahVQC&pg=PP1|data=30 de julho de 2010|publicado=Cosimo, Inc|isbn=978-1-61640-219-8}}
* {{citar livro|primeiro =Stephen E|último = Atkins|título=The 9/11 Encyclopedia|url=http://books.google.com/books?id=PDDIgWRN_HQC&pg=PP1|ano=2011|publicado=ABC-CLIO|isbn=978-1-59884-921-9}}
* {{citar livro|último = Bolton |primeiro = M. Kent |ano= 2006|título= U.S. National Security and Foreign Policymaking After 9/11: Present at the Re-creation |url= http://books.google.com/books?id=IETboc9ajpQC&pg=PP1 |publicado= Rowman & Littlefield |isbn=978-0-7425-5900-4 }}
* {{citar livro|último = Caraley |primeiro =Demetrios |ano=2002 |título= September 11, terrorist attacks, and U.S. foreign policy|url =http://books.google.com/books?id=xMCGStzPzooC&pg=PP1 |publicado= Academy of Political Science|isbn=978-1-884853-01-2 |acessodata= }}
* {{citar livro|último =Chernick |primeiro =Howard  |ano=2005 |título= Resilient city: the economic impact of 9/11|url =http://books.google.com/books?id=GL6vOpKbFygC&pg=PP1 |publicado= Russell Sage Foundation|isbn=978-0-87154-170-3 |acessodata= }}
* {{citar livro|último1 = Damico |primeiro1 =Amy M |último2 = Quay|primeiro2 = Sara E. |ano=2010 |título=September 11 in Popular Culture: A Guide|url =http://books.google.com/books?id=mgtSLkKxIpEC&pg=PP1|publicado=Greenwood |isbn=978-0-313-35505-9 |acessodata=}}
* {{citar livro|último =Hampton |primeiro = Wilborn |ano=2003 |título= September 11, 2001: attack on New York City|url =http://books.google.com/books?id=DawvZDIJJP4C&pg=PP1|publicado= Candlewick Press|isbn=978-0-7636-1949-7  |acessodata= }}
* {{citar livro|último = Langley |primeiro =Andrew |ano=2006 |título= September 11: Attack on America|url =http://books.google.com/books?id=9c35HJ2gaWQC&pg=PP1|publicado=Compass Point Books |isbn= 978-0-7565-1620-8|acessodata= }}
* {{citar livro|autor1=Neria, Yuval|autor2=Gross, Raz|autor3=Marshall, Randall D.|autor4=Susser, Ezra S. |ano=2006 |título=9/11: mental health in the wake of terrorist attacks|url =http://books.google.com/books?id=kADL4ymHsY8C&pg=PP1 |publicado=Cambridge University Press |isbn= 978-0-521-83191-8|acessodata=}}
* {{citar livro|primeiro1 =Steven |último1 =Strasser|primeiro2 =Craig R|último2 = Whitney|primeiro3 =National Commission on Terrorist Attacks upon the United States|último3 =United States. Congress. Senate. Select Committee on Intelligence|título=The 9/11 investigations: staff reports of the 9/11 Commission : excerpts from the House-Senate joint inquiry report on 9/11 : testimony from fourteen key witnesses, including Richard Clarke, George Tenet, and Condoleezza Rice|url=http://books.google.com/books?id=qLCn_D7lX5kC&pg=PP1|ano=2004|publicado=PublicAffairs|isbn=978-1-58648-279-4}}
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== Ligações externas ==
{{Correlatos
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}}
* {{Link|en|2=http://www.loosechange911.com/|3=Sítio oficial do documentário "Loose Change 2nd Edition"}}
* {{Link|en|2=http://www.9-11commission.gov|3=Homepage da Comissão do 11 de Setembro (Comissão nacional de ataques terroristas contra os Estados Unidos)}}
* {{Link|en|2=http://www.gpoaccess.gov/911/index.html|3=O relatório da comissão do 11 de Setembro}}
* {{Link|en|2=http://911digitalarchive.org/|3=O Arquivo do 11 de Setembro |4=em cooperação com a Biblioteca do Congresso norte-americano.}}
* {{Link|en|2=http://cnn.com/2001/US/09/11/chronology.attack/index.html|3=Timeline da CNN}}
* {{Link|en|2=http://news.bbc.co.uk/hi/english/static/in_depth/americas/2001/day_of_terror/|3=Relatórios da BBC de Londres relacionados ao 11 de setembro}}
* {{Link|en|2=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/nation/specials/attacked/sept11/|3=Washington Post}}
* {{Link|en|2=http://www.airdisaster.com/download/wtc.shtml|3=Vídeo da Airdisaster.com das colisões contra o World Trade Center}}
* {{Link|en|2=http://www.time.com/time/photoessays/shattered/|3=Shattered: uma coleção de imagens assustadoras James Nachtwey}}
* {{Link|en|2=http://www.mahopa.de/dokumente/the-world-after-september-11.html|3=O mundo depois do Onze de Setembro}}
* {{Link|en|2=http://www.september11news.com/HistoricalBooks.htm|3=Alguns livros sobre o onze de setembro}}
* {{Link|en|2=http://www.swulinski.com/9-11|3=WTC tragedy of 9/11 |4=- Minuto após minuto, fotos mostrando o ataque}}
* {{Link|en|2=http://www.cooperativeresearch.org/project.jsp?project=911_project|3=Complete 911 Timeline}}
* {{Link|pt|2=http://especiais.ig.com.br/zoom/11-de-setembro/|3=Fotos do 11 de Setembro}}
* {{Link|pt|2=http://ultimosegundo.ig.com.br/11desetembro/|3=Especial 11 de Setembro}}
* {{Link|en|2=http://archive.org/details/911|3=Sumário em vídeo dos eventos chave do 11 de Setembro}}

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