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Banquisa

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Banquisa derretendo

Banquisa ou banco de gelo é água do mar gelada, que começa a formar-se aos -2°C, originando uma camada delgada que se quebra facilmente. Os pedaços maiores engrossam e aglomeram-se, recolhendo na periferia os pedaços mais pequenos: é um gelo em placas. Estes blocos ampliam-se na base e acabam por soldar-se, constituindo então o «gelo novo». Transportada pelas correntes, a banquisa fractura-se e torna a soldar-se, formando, na linha de contato entre os blocos, «arestas de pressão», cristais de gelo com o seu equivalente em profundidade. O gelo estacional forma-se na periferia das zonas polares. Noutros locais, origina a banquisa permanente (ou plurianual), que pode atingir 30 m de espessura, com arestas até 70 m de profundidade. A banquisa pode derreter um pouco à superfície, mas regenera-se em profundidade. O gelo do mar incorpora muito pouco sal (nunca mais de 5 g/li).

Não deve confundir-se a banquisa com os icebergs, que são água doce gelada, trazida até ao mar pelos glaciares, nem com a polínia.

Ursos polares vendo um submarino nuclear

A maior parte da banquisa ártica gira permanentemente no Oceano Ártico. Os navios de outros tempos, presos na banquisa, eram frequentemente esmagados. Os modernos quebra-gelos conseguem atravessar banquisas com alguns metros de espessura, mas certas regiões continuam inacessíveis; os Arktika conseguiram, contudo, chegar ao Pólo Norte em 1977. Desde 1958, submarinos nucleares atravessam o oceano Ártico a norte da Gronelândia por baixo da banquisa.

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