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História do Paraná

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Bandeira do estado do Paraná.

A História do Paraná é um conjunto de saberes da história do Brasil, direcionada para a pesquisa dos acontecimentos históricos a partir das primeiras expedições desbravadoras, no século XVI, até atualmente.[1] No entanto, a história estadual principia antes da descoberta do Brasil. Neste tempo, os primeiros residentes do atual território do estado eram os três povos indígenas, a saber: tupi-guaranis, caingangues e xoclengues.[2]

Durante o século XVII, o que é hoje o território do Paraná ocasionou enorme interesse entre brasileiros e portugueses. Estes dois povos acharam ouro na região. Existe ainda o aumento da captura dos indígenas pelos bandeirantes paulistas. Até aquele momento, colonizadores e jesuítas espanhóis eram os mais importantes colonizadores de Curitiba, no planalto, e Paranaguá, na costa, as mais significativas vilas. No decorrer do século XVIII, o alicerçamento e o crescimentos das atividades mineradoras em Minas Gerais puseram o Paraná em um plano secundário. Incorporado à capitania de São Paulo, mantinha a economia restringida à agropecuária de subsistência.[3]

A província tornou-se autônoma em 1853. No desfecho do século XIX a economia paranaense foi incentivada pelo plantio da erva-mate. A economia ervateira era auxiliada pela extração da madeira e das culturas de café. O crescimento do café nas úberes terras roxas do norte do estado favoreceu volumoso crescimento populacional. Acorreram ao Paraná migrantes paulistas, gaúchos, nordestinos, mineiros. Além disso, chegaram ainda imigrantes da Europa e do Japão. Esse crescimento, todavia, não desenrolou sem lutas armadas. De 1912 a 1916, agricultores carentes entraram em conflito contra forças federais e estaduais em favor de sua terra e de sua devoção religiosa na região do Contestado, no limite entre as unidades federativas do Paraná e Santa Catarina. Naquele momento, os dois estados reivindicavam essa região.[3]

No princípio do século XX, conhecidas companhias de povoamento, como a britânica Paraná Plantation, possuíam função de importância. Na área de atuação apareceram as municipalidades de Londrina e Maringá. Estes dois municípios, entre as décadas de 1950 e 1970, se converteram em conhecidos plantadores de café. O crescimento se encontra relacionado a transformações econômicas que ocasionaram desafios sociais, principalmente no campo. Durante a década de 1970 presume-se que ao menos 1 milhão de pequenos donos de terras e lavradoras perderam seu solo e seu trabalho, em consequência da concentração de terras e da dificuldade agrária ocasionada pela geada de 1975. Esta catástrofe natural devastou as plantações. Vários trabalhadores rurais sem terra se converteram em boias-frias. Já, outros se transferiram do estado com destino ao Centro-Oeste, ao norte do Brasil e ao Paraguai. Intensificou-se a transmigração para os centros urbanos. Esse crescimento migratório, na década de 1980, concorreu para uma vertiginosa e lenta expansão urbana, que não dispõe de um comércio fabril e de serviços, capaz de mantê-la.[3]

Povos indígenas e período colonial

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Ver artigos principais: Povos indígenas do Paraná, Colonização portuguesa no Paraná, Colonização espanhola no Paraná e Bandeirantes

No momento da descoberta do Brasil, os carijós, do grupo tupi, e os caingangues, do grupo jê, ocupavam as terras atualmente incorporadas ao estado do Paraná. Os carijós residiam no litoral e os caingangues moravam no interior.[4]

Capitanias do Brasil em 1534.

Até a metade do século XVII, a costa meridional da capitania de São Vicente, atualmente incorporada ao estado do Paraná, foi temporariamente desbravada por europeus que catavam madeiras de lei.[5] No momento de ocupação castelhana, foi impulsionada a proximidade dos vicentinos com a bacia fluvial do rio da Prata e tornou-se mais constante o caminho da costa meridional, cujo desbravamento temporário ainda seria causado pela cata de indígenas e de recursos minerais.[6] Da costa, os paulistas embrenhavam-se para oeste, à cata de indígenas, ao passo que, a leste, onde atualmente ficam Paranaguá e Curitiba, viviam da mineração.[7][5]

Os relatos a respeito da existência de imensas minas de ouro e prata movimentaram para a região de Paranaguá vários aventureiros.[7] O próprio Salvador Correia de Sá, o qual em 1613 tomara posse da superintendência das minas do sul do Brasil, ali se encontrara no decorrer de três meses, à medida que lavorava com cinco autoridades que trouxera de Portugal.[8] Não descobriu, todavia, nenhuma onça de ouro.[8] Sob a administração do visconde de Barbacena, foi para lá remetido o espanhol Rodrigo de Castelo Branco, conhecida autoridade em jazidas do Peru, que em 1680 escreveu uma mensagem grafada à bico de pena ao monarca português para também decepcioná-lo definitivamente a respeito do relato das minas de prata.[8]

Índios caiouás em 1860 no Paraná. Aos indígenas, o paranaense deve o nome de seu estado e de muitas de suas cidades.

No final do século XVII, relegadas as ilusões de imensos recursos minerais, seguiu-se a busca do ouro de aluvião, tido como "de lavagem", por intermédio da qual os poucos residentes do local buscavam dinheiro para a aquisição de mercadorias de fora.[9] Os indígenas, que sobreviviam ao genocídio, eram empregados na lavoura.[10] Os escravos africanos passaram a ser usados no século XVIII e já em 1798 o censo comprovava que sua quantidade, em termos relativos, excedia a dos indígenas.[10]

A vila de Paranaguá, estabelecida por uma carta régia de 1648,[11] compôs com o seu sertão — os cognominados campos de Curitiba, a cerca de mil metros de altitude — uma só comunidade.[12] Preponderou em Paranaguá a plantação do solo e, nos campos, a produção animal. Aos poucos, Curitiba, transformada em vila em 1693, tornou-se o mais importante centro da comunidade paranaense, e para isso foi fator determinante a imensa trilha do gado que se fixou do Rio Grande do Sul a Sorocaba.[13][14] Castro é o primeiro município verdadeiramente paranaense,[15] a fundação do município ocorreu em 1778.[15]

Ciclo das tropas

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Ver artigo principal: Tropeirismo no Paraná
Monumento ao Tropeiro no município da Lapa (PR).

O achado das jazidas de ouro da Capitania de Minas Gerais gerou como um de seus resultados a alta procura por gado cavalar e bovino.[16] Usou-se, portanto, as mulas selvagens das missões jesuíticas, guiadas pelo Caminho das Tropas, aberto em 1731.[17] Conforme Brasil Pinheiro Machado, a abertura desse caminho representou um “evento importante na história do Paraná. Separou Curitiba do litoral, afastando-a de Paranaguá em termos de sociedade e unindo-a ao conjunto dos conflitos fronteiriços, oferecendo-lhe a possibilidade de um progresso para o sul, norte e oeste, de forma que Curitiba começa a representar a identidade de toda a região que constituirá a vindoura província”.[18]

Dessa forma, começava o tropeirismo na história do Paraná, que durou até os anos 1870, na época em que se iniciou o transporte ferroviário.[19] Muitos moradores envolveram-se na lucrativa atividade de adquirir mulas na região sul, criá-las em suas terras e vendê-las nas feiras de Sorocaba. Foi principalmente com a expansão das propriedades rurais de pecuária e pastagem de inverno que se realizou a colonização do território. Com fundamento na posse dos campos e no serviço de escravos negros e indígenas, formam-se as famílias que possuem o controle regional.[20][21][22][18]. Graças às tropas que se estabeleciam ao entorno de alguns rios, surgiram municípios como Lapa,[23][24] Ponta Grossa[25][26] e Castro.[27][28]

Expansão da atividade pastoril

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Ver também: Economia do Paraná
Panorama de Curitiba, em gravura de Jean-Baptiste Debret, 1827.

No começo do século XIX, com o aumento do conflito no sul,[29] tornou-se necessário, como parte do plano de Portugal, tomar os territórios que, pelo Tratado de Madri, eram do Império Português,[30] mas que estavam desocupados desde a demolição das missões jesuíticas pelos bandeirantes.[18]

Com o tríplice objetivo de tomar a área, dominar os povos nativos e criar uma rota para as reduções, em junho de 1810 uma ação militar chegou aos campos de Guarapuava,[31] os quais em seguida foram entregues em sesmarias.[18] Os indígenas que foram presos foram repartidos entre os moradores mais ricos, e três décadas mais tarde a área já se encontrava habitada. Então, o objetivo era tomar os campos de Palmas dos indígenas, o que foi conseguido em 1839[32] por duas sociedades concorrentes e pediram a mediação para evitar um confronto entre seus membros. Dessa forma, no meio do século XIX, em consequência do trabalho de pecuária, a colonização dos campos do interior foi completada.[33][18]

Província do Paraná

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Ver artigos principais: Emancipação política do Paraná e Província do Paraná
Fac-símile da Lei Imperial n.º 704 de 26 de agosto de 1853, que deu autonomia ao Paraná.

Por alvará de 19 de fevereiro de 1811, foi criada a comarca de Paranaguá e Curitiba, pertencente à capitania de São Paulo. A 6 de julho do mesmo ano a câmara municipal de Paranaguá dirigiu-se ao príncipe regente para pedir a emancipação da comarca e a criação de nova capitania.[34] Dez anos depois, o movimento denominado Conjura Separatista, liderado por Floriano Bento Viana, formulou abertamente sua reivindicação separatista, mas ainda sem obter êxito.[35][36]

Apesar da atividade política expressa em sucessivas diligências e petições que tinham em vista a emancipação político-administrativa, e mesmo após a independência, continuaram os então chamados "parnanguaras" submetidos aos comandantes da tropa local, uma vez que o governo provincial estava longe e desinteressado daquelas terras.[37] A importância política e estratégica da região avultava com os anos e evidenciava-se com acontecimentos que repercutiram no plano nacional, como a Revolução Farroupilha (1835 - 1845) e a Revolução Liberal de 1842.[37]

Em 29 de maio de 1843, entra em primeira discussão o projeto de lei que elevava a comarca de Curitiba à categoria de província.[38] Durante os debates, destacaram-se os deputados de Minas Gerais e São Paulo.[38] Segundo os deputados paulistas, o verdadeiro motivo da criação da nova província, por desmembramento da Província de São Paulo, seria o de punir esta última por sua participação na Revolta Liberal de 1842.[38] Paralelamente, a economia paranaense, a par do comércio de gado, ganhava incremento com a exportação da erva-mate nativa para os mercados do Prata e do Chile.[37] Eram feitas promessas de emancipação, enquanto prosseguiam as representações e a luta no Parlamento.[37] Finalmente, a 28 de agosto de 1853 foi aprovado o projeto de criação da província do Paraná, que teria como capital provisória (que depois seria confirmada) o município de Curitiba.[39]

Depósito de erva-mate.

A 19 de dezembro do mesmo ano chegou à capital Zacarias de Góis e Vasconcelos, primeiro presidente da província, que desde logo se empenhou em tomar medidas destinadas a impulsionar a economia local e conseguir recursos para as ações administrativas que se faziam necessárias.[39] Procurou encaminhar para outras atividades, mormente de lavoura, parte da mão-de-obra e dos capitais que se empregavam no preparo e comércio da erva-mate.[40] O mais lucrativo negócio da província continuava a ser, no entanto, a invernada e a venda de muares para São Paulo.[40] Essa atividade chegou ao ponto mais alto na década de 1860 e só entrou em declínio no final do século.[40]

Durante o período provincial, o governo do Paraná não alcançou a necessária continuidade administrativa, já que a presidência da província, de livre escolha do poder central, teve nada menos de 55 ocupantes em 36 anos.[41] Os liberais paranaenses organizaram-se sob a liderança de Jesuíno Marcondes e seu cunhado Manuel Alves de Araújo, pertencentes à família dos barões de Tibagi e Campos Gerais, na época a mais poderosa oligarquia na região.[40] Os conservadores eram chefiados por Manuel Antônio Guimarães e Manuel Francisco Correia Júnior, de famílias que controlavam o comércio do litoral.[40]

Crise na sociedade pastoril

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Serraria em plena floresta.

A decadência do comércio de muares acarretou crise em toda a sociedade pastoril do Paraná.[40] O grande patrimônio indiviso da família patriarcal, que abrangia vários núcleos familiares, já não podia prover a subsistência de todos.[40] Filhos de fazendeiros emigraram para as cidades, para São Paulo e para o Rio Grande do Sul.[40] Desde o início do século XIX o Paraná vinha recebendo imigrantes, dentro da política de preenchimento dos vazios demográficos.[40] Eram açorianos, alemães,[40] suíços e franceses, mas em pequeno número e sem condições de prosperidade.[40]

Em meados daquele século, embora contasse com uma população de cerca de sessenta mil habitantes, o Paraná continuava, do ponto de vista humano, um deserto irregularmente interrompido por dezenove pequenos oásis situados a distâncias imensas uns dos outros,[40] distâncias literalmente intransponíveis,[40] pois, além dos "caminhos históricos", que dentro em pouco se saberia não serem os "caminhos econômicos", nada havia que se pudesse chamar de rede de comunicações.[40] Esses dezenove oásis eram representados pelos dois municípios (Curitiba e Paranaguá);[40] pelas sete vilas (Guaratuba, Antonina, Morretes, São José dos Pinhais, Lapa, Castro e Guarapuava);[40] pelas seis freguesias (Campo Largo, Palmeira, Ponta Grossa, Jaguariaíva, Tibagi e Rio Negro)[40] e pelas quatro capelas curadas (Guaraqueçaba, Iguaçu, Votuverava e Palmas).[40] Curitiba tinha, na época, seis mil habitantes,[42] e Paranaguá, 6.500.[40] A população das vilas, freguesias e capelas oscilava, em geral, entre mil e cinco mil habitantes, de forma que a densidade efetiva, nos centros urbanos incipientes, era bem maior do que a média estatística (0,3 pessoa por quilômetro quadrado) faria supor.[40] Em compensação, na maior parte do território o vazio era absoluto.[40] Eram os campos gerais, a floresta, e a serra do Mar.[40]

No final do século XIX, a prosperidade econômica paranaense foi novamente impulsionada quando as ferrovias foram implantadas, porque isso possibilitou que a indústria de madeira crescesse, já que as matas de araucárias aos portos, como Paranaguá, e a São Paulo, eram ligadas por certas estradas de ferro. Em igual tempo, o transporte de muares desapareceu, e isso causou uma crise na sociedade pastoril.

Colonização

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Ver também: Etnias do Paraná e Imigração em Curitiba
De Immigrant (O Imigrante), moinho em estilo holandês na colônia neerlandesa de Castrolanda, em Castro.
Descendentes de ucranianos na cerimônia de bênção dos alimentos na véspera da Páscoa de 2006, em Curitiba.

Na segunda metade do século XIX estimulou-se um tipo de colonização orientada para a criação de uma agricultura que suprisse as necessidades de abastecimento.[40] Providências conjuntas dos governos imperial e provincial permitiram o estabelecimento de núcleos coloniais nas proximidades dos centros urbanos, sobretudo no planalto de Curitiba, constituídos de poloneses que se instalaram principalmente na região norte de Curitiba formando bairros como Santa Cândida, Tingui e outros da região,[43] alemães,[43] italianos deram origens a bairros nobres como Santa Felicidade[43] e também a municípios da região metropolitana como São José dos Pinhais e Colombo que foi a maior colônia italiana do Paraná no final do século XIX até o século XX[43] e, em grupos menores, suíços, franceses e ingleses.[43] Esses contingentes de imigrantes imprimiram à fisionomia étnica do Paraná uma notável variedade e em alguns lugares do Paraná, por exemplo, no município de Castro e arredores se fala somente o holandês e em algumas outras regiões do estado se fala somente o alemão, italiano, ucraniano, polonês e até o japonês sem contar as línguas nativas de tribos indígenas.[40]

O número de escravos diminuiu muito, a partir da metade do século, sobretudo em virtude de venda ou arrendamento para outras províncias.[40] Um relatório do presidente do Paraná, em 1867, assinalou que o imposto arrecadado sobre escravos que seguiam para São Paulo "era quase igual ao imposto sobre animais".[44]

A vinda de colonos atendia assim ao problema, agravado pela evasão da mão-de-obra escrava, da escassez e carestia dos produtos agrícolas.[40] Nas últimas décadas do século XIX, a construção de estradas de ferro e linhas telegráficas empregou colonos trazidos por sociedades de imigração.[40] Nesse período e no início do século XX, estabeleceram-se no Paraná mais de quarenta núcleos coloniais.[40]

República

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Ver artigos principais: Revolução Federalista, Cerco da Lapa, Guerra do Contestado e Campanha do Paraná
Panteon dos Heroes, monumento aos legalistas que lutaram no Cerco da Lapa.

Desde o manifesto de 1870 ocorreram no Paraná manifestações esporádicas, e sem organicidade, de simpatia pela república.[40] Mesmo depois da fundação dos jornais Livre Paraná, em Paranaguá, e A República, em Curitiba, e da criação de clubes republicanos nos dois municípios, o movimento não chegou a se aprofundar.[40] Alguns paranaenses se destacaram na campanha republicana, mas fora da província.[40][45] Na Assembleia Provincial, contavam os republicanos com um só deputado, Vicente Machado da Silva Lima, eleito pelo Partido Liberal, e que foi figura de projeção nos primeiros anos do novo regime.[46]

O estado sofreu as consequências das várias crises políticas que marcaram os primeiros tempos da república[45] e somente em abril de 1892 viu promulgada sua constituição estadual, que vigorou até a vitória do movimento revolucionário de 1930.[45] Durante a revolução federalista, o Paraná foi palco de renhidos combates, já que em seu território se deu o encontro de tropas federalistas e legalistas. Abandonado o estado pelos federalistas, fez-se o acerto de contas.[47] Os "picapaus" assumiram então o poder e desencadearam a repressão contra os "maragatos". Apesar de eventuais conciliações, tal divisão durou até 1930.[47]

Mapa do Paraná, 1934. Arquivo Nacional.

A província do Paraná deveria ter os mesmos limites da antiga comarca, em consequência do que se prolongou até a segunda década do século XX uma complicada questão de fronteiras com Santa Catarina, surgida desde a descoberta e ocupação dos campos de Palmas.[48] Com base na carta régia de 1749, Santa Catarina considerava seu o "sertão" que correspondia à costa, enquanto o Paraná se apoiava no princípio do uti possidetis.[45] Com a república, ambos os estados exerceriam sua competência de distribuir terras num mesmo território.[45]

Por três vezes Santa Catarina obteve ganho de causa no Supremo Tribunal Federal, mas o Paraná embargou as decisões. Nessa área é que se iria travar a campanha do Contestado.[45] Finalmente, em 1916, por decisão arbitral do presidente da república, fez-se a partilha da região em litígio, com o que ficou encerrada a questão.[49]

Questões agrárias

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Em 1920, o Paraná ocupava o 13º lugar em população no Brasil, com cerca de 700 mil habitantes;[50] em 1960, o estado havia passado para o quinto lugar, com mais de 4,2 milhões de habitantes.[50] Esse aumento não se deveu apenas ao crescimento natural,[45] mas a intensas correntes migratórias internas,[45] pelas quais se deslocaram habitantes de outros estados para áreas até então incultas do Paraná.[45]

O cultivo do café impulsionou o crescimento do Norte do Paraná.

Desde o final do século XIX, lavradores paulistas e mineiros iniciaram a formação de fazendas de café no norte do estado,[45] rico em terras férteis, de solo conhecido como "terra roxa".[51] A esse tipo de ocupação veio juntar-se a colonização dirigida, tanto oficial como particular.[45] Ocorreram também novas levas de colonos imigrantes, notadamente japoneses, italianos e alemães,[43] e com a experiência de empreendimentos semelhantes na Austrália e na África, em 1924, Lord Lovat visitou o Paraná[52] e três anos depois obteve do governo uma concessão de 500 mil alqueires de terra no norte do estado.[45] Fundou então a Paraná Plantation Ltd. que, ao lado da Companhia de Terras do Norte do Paraná e da Companhia Ferroviária do Norte do Paraná, executou o plano de colonização dessa zona.[45] O eixo da operação foi Londrina, que a partir daí cresceu em ritmo vertiginoso.[45]

Na região dos rios Iguaçu e Paraná, as matas eram há muito exploradas por empresas que comercializavam madeira e mate.[45] Desde a década de 1920 ocorria ali a ocupação espontânea por colonos gaúchos e catarinenses, em geral descendentes de alemães e italianos.[45] Após a revolução de 1930, anuladas numerosas concessões de terras, passou-se, por iniciativa do governo estadual e de particulares, à ocupação organizada, dirigida para a agricultura variada e a criação de animais de pequeno porte.[45]

Revolução de 1930 e intervenção

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Manuel Ribas, interventor federal de 1932 até 1945.
O então governador do Paraná Moysés Lupion e o Diretor da CMNP Hermann Morais de Barros na década de 1950.
Unidade Monte Alegre da Klabin, fábrica de papel em Telêmaco Borba na década de 1940.

Deflagrada a revolução em outubro de 1930, já no dia 5 do mesmo mês seus partidários, com apoio de forças militares, apossaram-se do governo estadual paranaense, instalaram um governo provisório e substituíram as autoridades no interior.[53] Os revolucionários de 1930, os quais puseram Getúlio Vargas como presidente do Brasil, não precisaram encarar grande resistência no Paraná. As finanças públicas do estado estavam em completo desequilíbrio e a economia em crise.[45] Havia ainda a grave questão das terras devolutas do estado.[45] O general Mário Tourinho, primeiro interventor, foi substituído no governo por Manuel Ribas.[54] Este, eleito em 1935, foi confirmado como interventor pelo Estado Novo, em 1937, e permaneceu no cargo até 1945.[54] Na administração de Vargas, Manuel Ribas foi um forte aliado, o qual mereceu destaque por realizar obras de importância. São exemplos: o reaparelhamento do Porto de Paranaguá, a instalação da fábrica de papel da Klabin, a Estrada do Cerne, além de rodovias interligando algumas cidades do estado e da melhoria da educação, saúde e demais áreas. Ribas permitiu também a criação do Território Federal do Iguaçu, com desmembramento do oeste e sudoeste do Paraná.

Em 1943 o presidente Getúlio Vargas visitou as obras da construção da fábrica de papel da Klabin, unidade Monte Alegre, em Telêmaco Borba, e em 1946 a fábrica iniciou suas atividades.[55] Em 1953 o presidente Getúlio Vargas retornou ao Paraná para inaugurar a Usina Hidrelétrica Presidente Vargas, construída e administrada pela Klabin.[56][57]

Ao final da década de 1950 ocorre a Revolta dos Colonos (ou Revolta dos Posseiros), onde colonos repudiaram os sérios problemas de colonização da região sudoeste, que estabeleceu conflitos entre posseiros e as companhias de terras grileiras, e os governos federal e estadual. Surgiu então a figura do "posseiro",[58] que tendia a se instalar no terreno que julgava do estado ou sem dono.[58] Passou a ocorrer também a venda múltipla, a compra do "não dono" e a "grilagem" em grande escala.[58] Na década de 1960, todas as terras do Paraná já estavam ocupadas,[58] mas, em seu processo de ocupação, a par do colono que comprava um ou mais lotes. Assim, a época foi também de conflitos e lutas agrárias, que se prolongaram por toda a segunda metade do século XX, sem qualquer solução duradoura no meio dos avanços da economia e da sociedade.[59]

Progressos e problemas

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Tancredo Neves e Ney Braga na década de 1980. Braga foi governador do Paraná e presidente da Itaipu Binacional.
Usina Hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo e uma das sete maravilhas do mundo moderno.

À medida que o governo estadual procurava tornar o Paraná o celeiro agrícola do país e um produtor de madeira capaz de levar a efeito amplos reflorestamentos, os conflitos fundiários não só continuaram como cresceram em intensidade.[59] Centenas de milhares de pequenos proprietários rurais e trabalhadores sem terra encenaram um êxodo rural que provocou um esvaziamento demográfico em mais de cinquenta municípios.[59] Tais emigrantes seguiram principalmente para o Centro-oeste e para a Amazônia, levando consigo sua concepção produtiva.[59]

No início da década de 1960, o Paraná sofreu muito com a estiagem, tempo seco e geadas. Neste período o estado concentrava cerca de 50% da produção nacional de café. Ao todo, eram 1,8 milhão de hectares de café, com uma média de 20 milhões de sacas colhidas.[60][61] Em 1963 o Paraná foi atingido por um grande incêndio florestal, um dos maiores incêndios ocorridos no Brasil no século XX.[62] O incêndio queimou cerca de 10% do território do estado, 8 mil imóveis em 128 municípios e matou mais de 100 pessoas.[63][64][65][66][67][68] Após esse período o Paraná iniciou um trabalho de prevenção contra incêndios criando assim um modelo de sistema de alerta de monitoramentos. Começou também a diversificação dos cultivos na agricultura que só foi intensificada após 1975, inclusive com a mecanização do campo.[61]

Ainda na década de 1960, entrou em operação a Usina Termelétrica de Figueira.[69] Sendo a única termelétrica localizada no estado que depende unicamente do carvão mineral. A iniciativa visava suprir a demanda por energia na região e explorar as minas de carvão em jazidas da principal bacia carbonífera do Paraná.[69]

Monumento erigido no Paraná em homenagem à trabalhadores do MST (Movimento dos Sem Terra). O projetista foi o arquiteto Oscar Niemeyer.

O ano de 1975 ficou marcado na história paranaense. Durante o inverno, uma intensa massa de ar polar atingiu o estado.[60] O Paraná registrou naquele ano temperaturas extremamente baixas, inclusive com uma intensa nevasca em Curitiba. Na madrugada de 18 de julho de 1975 ocorreu o fenômeno conhecido como "geada negra", que não é em sentido estrito uma geada, mas sim uma condição atmosférica que provoca o congelamento da parte interna da planta (da seiva), deixando a planta escura, queimada e morta. As consequências para a agricultura foram devastadoras, dizimando as lavouras, principalmente toda a produção cafeeira. Para a economia do estado ocasionou prejuízos inestimáveis, provocando grande recessão econômica no Paraná.[60][61]

Entre as décadas de 1960 e 1970, na agricultura, a soja aumentava em trinta por cento o espaço que ocupava, substituindo outras culturas como a do café.[59] Também a indústria começava a dar saltos expressivos, como a instalação, em 1976, de uma fábrica de ônibus e caminhões em Curitiba[70] e o início do funcionamento, em 1977, da refinaria Presidente Getúlio Vargas.[71] Realizaram-se ainda nessa época os primeiros grandes melhoramentos que fizeram da capital paranaense um modelo de novas soluções urbanísticas: inaugurou-se a primeira parte das ciclovias da cidade[72] e surgiu o sistema de ônibus expressos.[73]

Aumentaram, no entanto, as disputas de terra, até mesmo em reservas indígenas,[59] assim como denúncias de graves perturbações ambientais causadas pelo crescente número de barragens para construção de usinas hidrelétricas nos rios Iguaçu, Paranapanema, Capivari e Paraná.[59] Em 1980, a colheita de soja atingia o recorde de 2.079 kg por hectare, maior do que a marca norte-americana até então alcançada,[74] enquanto a de trigo colocava o Paraná no primeiro lugar nacional, com 57% da produção de todo o país.[59]

Em 1982, o desaparecimento do salto de Sete Quedas, imposto pela necessidade de formar o imenso reservatório da represa de Itaipu, provocou intenso movimento de protesto.[75] Agravava-se também, ainda em meados da década de 1990, a questão da terra, com atentados e manifestações de trabalhadores sem terra.[59]

Estabilidade e desenvolvimento

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Aerogeradores do parque eólico de Palmas.

O Paraná é um estado capaz de atrair investimentos, posição favorecida pela abertura da economia local em direção ao Mercosul.[76] Com o crescimento demográfico estabilizado nas três últimas décadas, a economia tem-se modernizado e se diversificado tanto no setor agrícola quanto no industrial.[76] Há auto-suficiência energética garantida pela hidrelétrica Itaipu e eficiente pólo exportador em Paranaguá.[76]

O aumento da participação do setor industrial na economia um dos fatores que têm contribuído para a população no estado.[76] Em 1997, três montadoras de automóveis - Renault, Audi e Chrysler - firmaram um acordo para instalar fábricas no Paraná.[76]

Apesar de atrair investimentos, o estado fechou ano de 1997 com um déficit de mais de 1 milhão de reais. Como conseqüência, as obras públicas estavam paralisadas, e o governo, falido, não conseguia honrar seus compromissos. Entre as principais causas da crise estavam a alta dos juros e a redução da arrecadação e o aumento dos salários do funcionalismo público.[77] Em novembro de 1999 foi inaugurado o parque eólico de Palmas, a primeira usina do tipo da região sul do país.[78]

Mudança política

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Ver também: Política do Paraná
Jaime Lerner, urbanista e arquiteto brasileiro, governou o Paraná de 1995 a 2003.

Antes de 1961, o Paraná era politicamente controlado por Moisés Lupion, por duas vezes governador (1947–1950, 1956–1961). Lupion foi sucedido por Ney Braga, amigo dos militares, também, ocupante do cargo por duas vezes (1961–1966; 1979–1982). Escolhido por voto popular nas eleições de 1982, José Richa foi governante do estado antes de 1986. Depois vieram os governantes eleitos Álvaro Dias (1987–1991) e Roberto Requião (desde 1991). Requião ficou no cargo até abril de 1994, quando foi sucedido por Mário Pereira, que concluiu o mandato. Em 1994, foi eleito o candidato pedetista, Jaime Lerner, que assumiu em janeiro de 1995, tendo Emília Belinati como vice-governadora. Emília Belinati foi a primeira mulher na vice-governadoria do Paraná e a primeira a assumir temporariamente o Palácio Iguaçu. Nas eleições de 1998 foram reeleitos.[79]

Ainda em 1998, o governador do Paraná, Jaime Lerner, sai do PDT e filia-se ao PFL, levando junto o prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi, cinco deputados estaduais e a maior parte dos secretários de governo.[80] Entre os motivos para a saída estaria a falta de apoio do partido em uma possível candidatura do governador à reeleição.[76] Em 2000, privatizou o Banco do Estado do Paraná (Banestado), alinhado com a política de privatizações do governo do PSDB, Fernando Henrique Cardoso.[81] Em 2001, apresentou o projeto de privatização da Companhia Elétrica do Paraná (Copel), o qual foi rejeitado na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), devido a pressões populares.[82] Concedeu ao grupo acionista minoritário Dominó, o controle da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar),[83] a qual também estava sendo preparada para privatização.[84] Criou uma série de Organizações Públicas de Direito Privado como mecanismo de privatizar o serviço público.[84] Fez contratos suspeitos na área de informática pública, tendo mais de 450 milhões de reais de contratos rompidos pelo governo posterior, sem que houvesse nenhuma ação contra o estado pelo rompimento de contrato.[84]

Século XXI

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Requião venceu as eleições em 2002, assumindo o governo em 2003. Segundo exigências do mercado europeu, em 2003 o governo do Paraná criou uma lei proibindo o plantio, a comercialização e o transporte de sementes geneticamente modificadas.[85] O Supremo Tribunal Federal (STF), porém, julgou a lei inconstitucional e libera o plantio de transgênicos.[86] Mas o governo manteve o embargo ao escoamento da produção de transgênicos pelo porto de Paranaguá.[86] Em 2005, foi sancionada a Lei de Biossegurança, que determinou a formação de uma Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio) para regular a produção de transgênicos.[87] Em 2006, uma liminar concedida pela Justiça Federal permitiu o embarque da soja geneticamente modificada por Paranaguá.[88] Dados da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) revelaram que a taxa de sementes transgênicas de soja na safra 2008/2009 foi de 44% no estado.[89] Em outubro de 2008, a multinacional suíça Syngenta Seeds doou ao governo do estado a fazenda, no oeste do Paraná,[90] que foi palco de ocupação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).[90] Ela deverá ser usada pelo governo como centro experimental de agroecologia.[90]

Arena da Baixada durante o jogo Irã e Nigéria pela Copa do Mundo FIFA de 2014.

Requião permaneceu no governo até setembro de 2006, se licenciando para concorrer a reeleição. Assumiu interinamente Hermas Brandão, presidente da Alep. Em 2007 Requião retornou ao governo após ser reeleito em 2006. Nas eleições de 2008, o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), filho de José Richa, foi reeleito, com 77,27% dos votos.[91] Em novembro de 2009, o STF suspendeu a nomeação de Maurício Requião, para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).[92] O STF avaliou como nepotismo.[93] Richa deixou a prefeitura de Curitiba no início de 2010 para disputar o governo do estado, e seu vice, Luciano Ducci (PSB) assumiu.[94] Já Requião renunciou para concorrer ao Senado Federal, assumindo então seu vice Orlando Pessuti, que completou o mandato. Em outubro, Richa foi eleito governador no primeiro turno, com 52,43% dos votos.[95] Ainda em 2010, o Ministério Público Estadual denunciou esquema de desvio de cerca 100 milhões de reais da Alep, com a nomeação de funcionários fantasmas durante 16 anos, de 1994 até 2009. Cinquenta funcionários teriam participação do esquema, incluindo o ex-diretor da casa, Abib Miguel, que foi preso.[96]

Curitiba sediou os jogos da Copa do Mundo FIFA de 2014, no estádio do Clube Atlético Paranaense, o Joaquim Américo Guimarães, conhecido como Arena da Baixada.[97] Ele foi reformado a um custo estimado de 184,6 milhões de reais.[98] Em 2014 a Klabin deu início ao maior investimento privado já registrado no estado do Paraná, com um aporte inicial de 5,8 bilhões de reais,[99][100][101][102] totalizando 21,4 bilhões de reais em dez anos.[103] Beto Richa foi reeleito em 2014. Richa continuou no governo do estado até abril de 2018, quando foi sucedido por Cida Borghetti, que concluiu o mandato. Cida Borghetti, que foi eleita vice-governadora em 2014, tornou-se a primeira mulher a assumir como governadora do Paraná de forma definitiva, após a renúncia de Beto Richa. Borghetti governou o estado de 6 de abril de 2018 até 1º de janeiro de 2019.[104] O atual chefe do executivo paranaense é Ratinho Júnior, eleito em 2018, que assumiu o cargo em 1.º de janeiro de 2019, tendo como seu vice-governador, Darci Piana.[105]

Bibliografia

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Enciclopédias, monografias e fontes tradicionais de informação

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Livros do ano

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  • Garschagen, Donaldson M. (1982). Livro do ano Barsa 1982: eventos de 1981. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
  • Garschagen, Donaldson M. (1983). Livro do ano Barsa 1983: eventos de 1982. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
  • Garschagen, Donaldson M. (1984). Livro do ano Barsa 1984: eventos de 1983. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
  • Garschagen, Donaldson M. (1985). Livro do ano Barsa 1985: eventos de 1984. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
  • Garschagen, Donaldson M. (1986). Livro do ano Barsa 1986: eventos de 1985. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
  • Garschagen, Donaldson M. (1987). Livro do ano Barsa 1987: eventos de 1986. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
  • Garschagen, Donaldson M. (1988). Livro do ano Barsa 1988: eventos de 1987. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
  • Garschagen, Donaldson M. (1989). Livro do ano Barsa 1989: eventos de 1988. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
  • Garschagen, Donaldson M. (1990). Livro do ano Barsa 1990: eventos de 1989. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
  • Garschagen, Donaldson M. (1991). Livro do ano Barsa 1991: eventos de 1990. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
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  • Garschagen, Donaldson M. (1997). Livro do ano Barsa 1997: eventos de 1996. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
  • Garschagen, Donaldson M. (1998). Livro do ano Barsa 1998: eventos de 1997. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
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  • Garschagen, Donaldson M. (2001). Livro do ano Barsa 2001: eventos de 2000. São Paulo: Barsa Planeta Internacional 
  • Garschagen, Donaldson M. (2002b). Livro do ano Barsa 2002: eventos de 2001. São Paulo: Barsa Planeta Internacional 
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  • Garschagen, Donaldson M. (2004). Livro do ano Barsa 2004: eventos de 2003. São Paulo: Barsa Planeta Internacional 
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  • Garschagen, Donaldson M. (2006). Livro do ano Barsa 2006: eventos de 2005. São Paulo: Barsa Planeta Internacional 
  • Verano, Paulo Nascimento (2007). Livro do ano Barsa 2007: eventos de 2006. São Paulo: Barsa Planeta Internacional 
  • Verano, Paulo Nascimento (2008). Livro do ano Barsa 2008: eventos de 2007. São Paulo: Barsa Planeta Internacional 
  • Verano, Paulo Nascimento (2009). Livro do ano Barsa 2009: eventos de 2008. São Paulo: Barsa Planeta Internacional 
  • Verano, Paulo Nascimento (2010). Livro do ano Barsa 2010: eventos de 2009. São Paulo: Barsa Planeta Internacional 
  • Verano, Paulo Nascimento (2011). Livro do ano Barsa 2011: eventos de 2010. São Paulo: Barsa Planeta Internacional 
  • Verano, Paulo Nascimento (2012). Livro do ano Barsa 2012: eventos de 2011. São Paulo: Barsa Planeta Internacional 

Edições recentes do Almanaque Abril

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  • Civita, Roberto (2007). Almanaque Abril. São Paulo: Abril 
  • Civita, Roberto (2008). Almanaque Abril. São Paulo: Abril 
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  • Civita, Roberto (2013). Almanaque Abril. São Paulo: Abril 
  • Civita Neto, Victor (2014). Almanaque Abril. São Paulo: Abril 
  • Civita Neto, Victor (2015). Almanaque Abril. São Paulo: Abril 


Ver também

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Ligações externas

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