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[[Ficheiro:Flag Manuel I of Portugal.svg|thumb|200px|Esfera armilar - emblema pessoal do Rei D. Manuel I de Portugal]]
[[Ficheiro:Carlo Crivelli 064.jpg|thumb|200px|Sant'Tiago com o seu emblema ao peito, a vieira]]
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==Emblema ''versus'' símbolo==
Os termos "emblema" e "[[símbolo]]" são usados no dia-a-dia como significando a mesma coisa. No entanto existe uma distinção, subtilsutil, entre ambos. A associação entre o símbolo e aquilo que este representa é direta e óbvia. Ao contrário, a associação entre um emblema e aquilo que este representa é indireta, necessitando de ser analisada e decifrada.
 
O emblema é, por isso, muitas vezes utilizado para representar, em termos visuais concretos, abstrações como entidades divinas, povos, nações, virtudes morais ou pecados.
 
Um emblema pode ser utilizado como [[distintivo]] identificador. Por exemplo, uma [[vieira (molusco)|vieira]] - emblema de [[São Tiago|Sant'Iago]] - pregado às roupas, identificava um peregrino, durante a sua [[peregrinação]] a [[Santiago de Compostela]]. Na [[Idade Média]] foram atribuídos emblemas a muitos [[santo]]s, que serviam para os identificar em pinturas, esculturas ou outras representações. Esses emblemas são chamados "'''atributos'''", especialmente quando são representados junto à imagem do santo, numa obra de arte. Além da vieira de Sant'Iago, outros atributos famosos são a [[roda]] de [[Santa Catarina]], a [[espada]] de [[São Paulo (estado)|São Paulo]] e a [[bandeira de São Jorge|cruz vermelha]] de [[São Jorge]].
 
Os membros das famílias reais e das grandes famílias nobres da [[Europa]], adoptaram emblemas ou divisas pessoais, paralelamente aos seus [[brasão|brasões de armas]]. Algumas divisas famosas incluem a [[esfera armilar]] de [[Manuel I de Portugal|D. Manuel I de Portugal]], o [[sol]] de [[Luís XIV de França]] e o [[javali]] de [[Ricardo III de Inglaterra]].
 
 
==Estrutura do emblema==
O emblema clásssicoclássico é composto, pelos seguintes elementos:
# Uma imagem ou figura (o "corpo do emblema"). Esta imagem pode ser desenhada, gravada, esculpida ou pintada. É de capital importância para que o perceitopreceito moral, que se pretende transmitir, fique gravado na memória, depois de decifrado o seu sentido.
# Uma legenda ou título ("alma do emblema", "[[lema]]" ou "[[mote]]"). A legenda pode ser uma sentença - normalmente críptica e, muitas vezes, escrita em língua estrangeira ou em [[Latim]] - que dá uma pista para completar o sentido da imagem ou corpo do emblema.
# Um texto explicativo (o "[[epigrama]]"). Além do corpo e da alma, os emblemas apresentados nos livros de emblemas, são acompanhados de um epigrama, em prosa ou em verso. O epigrama inter-relaciona o sentido que o corpo do emblema transmite e que a sua alma expressa. Dependendo do receptor a quem era destinada a mensagem, o epigrama poderia ser escrito em língua vernácula ou em Latim, em prosa ou em verso.
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==Livros de emblemas==
{{AP|[[Livro de emblemas]]}}
Os livros de emblemas estiveram bastante em voga, entre o [[século XVI]] e o [[século XVIII]]. O primeiro conhecido deve-se ao jurisconsulto italiano [[Andrea Alciato]] que compôs 99 epigramas latinos, a cada qual atribuiu um título. Dedicou a sua obra a [[Maximiliano Sforza]], [[duque]] de [[Milão]]. Quis a sorte que, através do conselheiro imperial Peutinger, a obra chegasse às mãos do impressor Steyner que, com visão comercial, considerou apropriado acrescentar uma ilustração a cada epigrama. A tarefa foi realizada pelo gravador Breuil e o livro foi publicado em [[1531]], em [[Augsburgo]], com o título ''Emblematum Liber''. A obra teve um enorme êxito - alcançando mais de 175 edições - e foi, prontamente, comentada e imitada por outros autores, como [[Guillaume Paradin]] e [[Paolo Giovio]]. [[Torcuatto Tasso]] escreveu a obra ''Dialogo dell'Imprese'' ([[Nápoles]], ca. [[1594]]) e [[Emanuele Tesauro]] compôs ''El Cannocchiale Aristotelico, o sia Idea delle Argutezze Heroiche vulgarmente chiamate Imprese, et di tutta l'Arte Simbólica e Lapidaria'' ([[Veneza]], [[1655]]). Também [[Cesare Trevisani]] escreveu um tratado sobre emblemática, o ''La Impresa… ampiamente da lui stesso dichiarata'' ([[Génova]], descubra mais neste saite :www[[1569]]). pura iplema.com.br
Relativamente a livros de emblemas de autores portugueses, destaca-se a obra ''Discurso sobre a Vida e a Morte de Santa Isabel Rainha de Portugal e Outras Várias Rimas'' ([[Lisboa]], [[1596]]), de [[Vasco Mousinho de Quevedo e Castelbranco]].
 
=={{Ver também}}==
*[[Símbolo]]
*[[Brasão de armas]]
*[[Logotipo]]
 
==Referências==
*[http://audaces.blogs.sapo.pt/5359.html SOBRAL, J., ''Divisas Reais Portuguesas'', Audaces, 2009]
*AMARAL Jr., R., ''Emblemática Lusitana e os Emblemas de Vasco Mousinho de Castelbranco'', Centro de História da Universidade de Lisboa, 2005
 
=={{Ver também}}==
*[[Símbolo]]
*[[Divisa]]
*[[Brasão de armas]]
*[[Logotipo]]
 
[[Categoria:Símbolos]]
[[Categoria:Heráldica]]
 
[[ar:لافتة]]
[[bg:Емблема]]
[[bs:Amblem]]
[[ca:Emblema]]
[[de:Emblem]]
[[en:Emblem]]
[[es:Emblema]]
[[fr:Emblème]]
[[it:Emblema]]
[[ja:エンブレム]]
[[mk:Амблем]]
[[nl:Emblema]]
[[no:Emblem]]
[[pl:Godło]]
[[ro:Emblemă]]
[[ru:Эмблема]]
[[sl:Emblem]]
[[sv:Emblem]]
[[tr:Amblem]]
[[uk:Емблема]]