Harã: diferenças entre revisões

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{{Mapa de localização|Turquia|label=Harran|latG=36 |latM=52 |latS=39 |latP=N |lonG=39 |lonM=02 |lonS=02 |lonP=E|borda =#CCCCCC|legenda =Localização de Harã, na região sudeste da Turquia, mais precisamente na [[Şanlıurfa (província)|província de Şanlıurfa]].}}
 
'''Harã''' ({{Langx|akk|''Harrânu''}}; em [[Língua turca|turco]]: ''Harran''; {{Langx|he|חרן|4=''Harran'', antiga '''Carras'''}}; {{Langx|la|''Carrhae''|5={{Lit|estradas que se cruzam}}}}) foi uma cidade assíria da [[Mesopotâmia Superior|Alta Mesopotâmia]] um [[sítio arqueológico]] no sul da [[Turquia]].
 
Os vestígios arqueológicos estão na antiga Harã, um importante centro comercial, cultural, científico e religioso habitado pela primeira vez na [[Idade do Cobre]] ({{-nowrap|sexto milênio}}). A cidade era chamada de '''Helenópolis''' ({{Langx|el|Ἑλληνόπολις|5={{Lit|cidade grega}}}}) no período cristão primitivo. Menciona-se, em ''História da Armênia'' de [[Moisés de Corene]] e [[Michael Chamichan]], como estando sob a autoridade do príncipe Sanadrugue, a soberania da qual ele atribuído a [[Helena de Adiabena|rainha Helena de Adiabena]].<ref>Isavertenc̣, Yakobos. ''Armenia and the Armenians, Volume 2''. Armenian Monastery of St. Lazaro. p. 17.</ref><ref>Chamchian, Mikayel (1827). ''History of Armenia''. Bishop's College Press. p. 110.</ref>
 
== História ==
 
=== Período antigo ===
Harã é mencionada primeiramente na Bíblia, quando Abraão se estabeleceu com sua esposa [[Sara]] e os outros após sairem da [[Ur dos Caldeus]].<ref>{{Citar web |url=https://www.britannica.com/place/Harran |titulo=Harran |acessodata=2021-05-04 |website=Encyclopedia Britannica |lingua=en}}</ref><ref name=":0">{{Citar web |url=https://www.livius.org/articles/place/harran/ |titulo=Harran |acessodata=2021-05-04 |website=www.livius.org}}</ref> A cidade também é mencionada como uma capital provincial no [[Império Assírio]] (até o final do {{-séc|VII}}) e santuário do deus lua [[Sim (mitologia)|Sim]], bem no {{-séc|III}}. Este santuário foi chamado Eulul, e foi restaurado por reis assírios como [[Salmanaser III]] {{-nwrap|r.|858|824}} e [[Assurbanípal]] {{-nwrap|r.|668|631}}.<ref name=":0" />
 
==== A queda da Assíria ====
Embora a cidade seja mencionada já em {{AC|2000|x}}, Harã se tornou famosa no final do {{-séc|VII}}, [[Nabopolassar]] derrotou uma força assíria nas margens do [[Rio Eufrates|Eufrates]], ao sul de Harã ({{Dni|25|julho|616 a.C.|si|lang=br}}). Nestes anos, o Império Assírio estava se decaindo, e os babilônios e os medos, liderados por [[Ciaxares]], foram unidos atacar o antigo império. Em {{AC|614|x}}, eles capturaram [[Assur (Assíria)|Assur]] e, dois anos depois, [[Nínive]] foi destruída. O fim das duas capitais assírias, entretanto, não foi o fim da guerra. Um novo rei, [[Assurubalite II]], estabeleceu um reino em Harã e desafiou os babilônios.<ref name=":0" />
 
Porém, ele não era páreo para Nabopolassar, que, de acordo com a ''[[Crônica de Nínive]]'', "marchou para a Assíria vitoriosamente" no décimo quinto e décimo sexto ano de seu reinado {{-nwrap|2=612|3=609}}. Assurubalite foi forçado a deixar Harã, mas convenceu os egípcios de que eles deveriam apoiar sua causa sem esperança. Um grande exército sob o comando do faraó [[Necao II|Neco II]] {{-nwrap|r.|610|595}} avançou para o norte. Em junho de {{AC|609|x}}, Neco e Assurubalite tentaram recapturar Harã e quase chegaram à vitória, mas tiveram que suspender o cerco a Harã em agosto. E este foi o fim da Assíria, sua última capital agora fazendo parte do [[Império Babilônico]]. Harã estava agora em uma área controlada pelos medos.<ref name=":0" />
 
==== Período babilônico ====
Na primeira metade do {{-séc|VI}}, a Babilônia foi governada pelo rei [[Nabucodonosor II]] {{-nwrap|r.|605|562}}. Nesta glória e esplendor da Babilônia, Harã parece ter se beneficiado também. A Bíblia também menciona comerciantes de Harã. No entanto, nem tudo estava bem, e em {{AC|555|x}} ocorreu um golpe de estado, que levou à ascensão do rei [[Nabonido]], um homem idoso, que na verdade pode ter sido nada mais do que uma marionete para o governante real, seu filho [[Belsazar]].<ref name=":0" />
[[Ficheiro:Nabonidus cropped.png|esquerda|miniaturadaimagem|345x345px|Relevo mostrando Nabonido, onde cita a cidade Harã.]]
Nabonido chocou as autoridades religiosas da Babilônia com sua dedicação a Sim de Harã. Elas esperavam que um rei da Babilônia venerasse o deus supremo [[Marduque]] e participasse do festival de [[Aquitu]]. Nabonido não queria nada disso. Em vez disso, ele deixou a Babilônia e passou a viver no deserto da [[Arábia]]. Ao mesmo tempo, ele reconstruiu o templo de Sim em Harã, Eulul. Enquanto isso, os babilônios se sentiram traídos e começaram a simpatizar com o rei [[Ciro II|Ciro da Pérsia]], que já havia derrotado os medos e os lídios. Quando ele anunciou a restauração do culto a Marduque, os babilônios apoiaram-no (outubro de {{AC|539|x}}).<ref name=":0" />
 
== Ver também ==