Tâmega e Sousa
O Tâmega e Sousa é uma sub-região portuguesa situada no noroeste do país, pertencendo à região do Norte. Tem uma extensão total de 1.832 km2[1], 408.637 habitantes[2] em 2021 e uma densidade populacional de 223 habitantes por km2.
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Sub-região | ||
Localização | ||
País | Portugal | |
Região | Norte | |
História | ||
Constituição | 21 de maio de 2009 | |
Administração | ||
Sede | Largo Avenida José Júlio, 42
4560-547 Penafiel | |
Vice-Presidente | José de Matos Dias Teixeira | |
Presidente | José da Silva Campos | |
Características geográficas | ||
Área total | 1 832 km² | |
População total (2021) | 408 637 hab. | |
Densidade | 223 hab./km² | |
Fuso horário | GMT | |
Sítio | http://www.cimtamegaesousa.pt/ |
Está composta por onze municípios e 177 freguesias[3], sendo a cidade de Penafiel a cidade administrativa e um dos principais núcleos urbanos da sub-região. Com 15.677 habitantes na sua área urbana e 69.629 habitantes em todo o município, é a segunda maior cidade, a seguir de Felgueiras com 17.695 habitantes, e o maior município do Tâmega e Sousa, sendo limitada a norte com o Ave, a leste com o Douro, a sul com Viseu Dão-Lafões e a oeste com a Área Metropolitana do Porto.
Municípios e Cidades
editarA sub-região agrupa basicamente os municípios dos vales dos rios Sousa e Ferreira, do vale inferior do Tâmega e da sub-região de Ribadouro. Corresponde à união das antigas sub-regiões do Vale do Sousa e do Baixo Tâmega.
Totaliza atualmente 11 municípios.
Municípios
editar- Amarante
- Baião
- Castelo de Paiva
- Celorico de Basto
- Cinfães
- Felgueiras
- Lousada
- Marco de Canaveses
- Paços de Ferreira
- Penafiel
- Resende
Totaliza atualmente 6 cidades.
Cidades
editarEvolução
editarAquando da constituição das Comunidades Intermunicipais, em 2009, os municípios de Cabeceiras de Basto e de Mondim de Basto passaram a integrar a sub-região do Ave[4] enquanto Ribeira de Pena passou a integrar a sub-região do Alto Tâmega.
A CIM foi sujeita a uma reordenação de território, em 2013, uma vez que o município de Paredes deixou a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa para integrar a Área Metropolitana do Porto.[5]
População
editarHabitantes
editarDado aos dados dos Censos 2021, o Tâmega e Sousa registou 408.675 habitantes, menos 24.278 habitantes comparado com os Censos de 2011. Todos os onze municípios registaram um decréscimo de habitantes. A diminuição de habitantes do Tâmega e Sousa foi na ordem dos 5,6%.
Municípios | Área (km²) | Habitantes (2021) | Habitantes (2011) | Variação |
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Penafiel | 212,2 | 69 629 | 72 265 | -3,6% |
Felgueiras | 115,7 | 55 848 | 58 065 | -3,8% |
Paços de Ferreira | 71 | 55 595 | 56 340 | -1,3% |
Amarante | 301,3 | 52 116 | 56 264 | -7,4% |
Marco de Canaveses | 201,9 | 49 541 | 53 450 | -7,3% |
Lousada | 96,1 | 47 364 | 47 387 | -0,0% |
Cinfães | 239,3 | 17 730 | 20 427 | -13,2% |
Celorico de Basto | 181,1 | 17 643 | 20 098 | -12,2% |
Baião | 174,5 | 17 534 | 20 522 | -14,6% |
Castelo de Paiva | 115 | 15 586 | 16 733 | -6,9% |
Resende | 123,3 | 10 051 | 11 364 | -11,6% |
Total | 1831,4 | 408 637 | 432 915 | -5,6% |
Jovens
editarA percentagem residentes de jovens no Tâmega e Sousa situa-se nos 12,8%, acima da média da região Norte com 12,3% e abaixo da média nacional de 12,9%. Lousada, Penafiel, Paços de Ferreira e Marco de Canaveses são os municípios com a percentagem de jovens acima da média do Tâmega e Sousa, com 13,9%, 13,4%, 13,4% e 13,0% respetivamente.
Idosos
editarOs Censos de 2021 mostram, que 19,1% dos residentes do Tâmega e Sousa são idosos, abaixo da média regional do Norte com 22,6% e da média nacional com 23,4%. Resende e Cinfães são de forma destacada os municípios que registaram uma percentagem de idosos mais alta da média do Tâmega e Sousa, com 25,4%. Do lado oposto, Lousada é o que apresenta uma menor percentagem de idosos, de 15,4%.
Estrangeiros
editarEm 2022, os dados apontam que 1,1% da população residente no Tâmega e Sousa são estrangeiros, abaixo da média regional do Norte com 3,3% e abaixo da média nacional com 7,5%.[6]
Associativismo empresarial em prol do desenvolvimento do Tâmega e Sousa
editarA Região do Tâmega e Sousa está a ser objeto de um esforço coletivo no sentido de construir uma nova realidade económica, competitiva e aberta ao mundo, sustentada no seu modelo de desenvolvimento em conhecimento e inovação, capital humano altamente qualificado e forte espírito empreendedor.
Este esforço coletivo é levado a cabo por diversas instituições locais e regionais, nomeadamente o tecido empresarial, as comunidades locais, tais como municípios e Associações Empresariais (AE’s), os centros de conhecimento, as entidades da economia social e as entidades públicas. Acredita-se que a atuação em rede contribuirá para a criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento económico da região, traduzido numa igualdade de oportunidades e apoios aos empresários bem como, na criação de emprego.
Neste contexto, as Associações Empresariais do Tâmega e Sousa constituíram uma estrutura representativa, o Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa (CETS[7]), que visasse contribuir mais eficazmente para os novos processos de desenvolvimento regional bem como, para a promoção do tecido empresarial da Região NUT III Tâmega. A concretização deste objetivo só foi possível porque as respetivas estruturas associativas empresariais estiverem unidas numa só visão, linguagem e calendário de trabalhos, ou seja, os seus esforços estiveram dirigidos para propósitos perfeitamente definidos assentes na visão estratégica de desenvolvimento do território.
Esta necessidade de constituir o CETS surgiu porque os recursos humanos das Associações Empresariais desta Região, nomeadamente equipa dirigente e pessoal técnico de apoio, não possuíam uma estrutura de qualificações e competências ajustada ao novo modelo de intervenção. Em traços gerais os principais elementos identificáveis nestas Associações que levaram à constituição desta entidade foram:
- A maioria dos dirigentes (Direção) das AE’s da NUT III Tâmega e Sousa possui entre o 12º ano de escolaridade e o grau de licenciatura. Este resultado revela uma grande evolução ao nível do perfil e da formação dos dirigentes associativos que muito terá contribuído para a constituição e implementação do CETS, mas também, mostra que estão mais capazes de levar a cabo a estratégia de desenvolvimento delineada para a Região do Tâmega e Sousa;
- Relativamente ao quadro técnico de apoio, a maioria do pessoal administrativo e financeiro possui como habilitações literárias o ensino secundário (12ºano) e o ensino superior – licenciatura. Isto revela que, para esta categoria profissional, as AE’s da região do Tâmega e Sousa possuem pessoal qualificado e com competências para satisfazer as necessidades dos seus associados;
- Os colaboradores que desempenham funções de apoio jurídico detêm o grau de licenciatura e só algumas AE´s é que possuem pessoal especializado nesta área, nomeadamente as AE’s de Resende, Felgueiras, Paços de Ferreira, Penafiel e Fafe, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto. Este resultado mostra que, individualmente, as AE’s não possuem recursos humanos suficientes para assegurar o apoio jurídico necessário aos seus associados e por isso, a necessidade de cooperação e partilha de recursos entre as Associações é iminente;
Floresta característica da região, no Marco de Canaveses
- O mesmo acontece com o quadro técnico de apoio a Feiras e Eventos. No conjunto das AE’s da Região do Tâmega e Sousa apenas trabalham nesta área 6 colaboradores, destacando-se a AE de Amarante com 3 colaboradores que possuem o ensino superior e grau de licenciatura, a AE de Paços de Ferreira com 2 colaboradores, um com o 12º ano e outro com licenciatura, e a AE de Penafiel apenas com 1 colaborador com o grau de licenciatura. A organização e a promoção de feiras e outros eventos profissionais constituem uma das ferramentas de marketing mais importantes na promoção dos produtos/serviços das empresas participantes, na angariação de novos clientes, na recolha de informação sobre concorrentes, clientes, tendências de mercado e novos produtos bem como, na criação ou fortalecimento da imagem. No limite, as feiras podem representar uma plataforma para a internacionalização das empresas. O apoio das AE’s quer, na promoção deste tipo de iniciativas, quer no apoio logístico, potencia a participação dos seus associados e contribui para a dinamização da atividade económica. No caso das AE’s da NUT III Tâmega e Sousa é preciso utilizar eficientemente os recursos existentes, partilhando-os com as AE’s que não os possuem, de forma a contribuírem para a dinamização da atividade empresarial, para o crescimento económico da região e do país;
- Relativamente ao pessoal técnico ligado à formação profissional dos associados, a maioria possui o grau de licenciatura, havendo casos de AE’s que não possuem qualquer colaborador especializado nesta área. Mais uma vez é notória a fragilidade das AE’s da região do Tâmega e Sousa em termos de recursos humanos especializados pelo que emerge a necessidade de partilha de saberes, recursos e sinergias entre Associações para colmatar essas debilidades;
- Relativamente às ações de formação/valorização desenvolvidas nos últimos dois anos (2013 e 2014) para a equipa dirigente verifica-se que mais de metade das AE’s inquiridas não desenvolveu qualquer ação de formação/valorização. Apenas as AE’s de Felgueiras, Amarante, Paços de Ferreira e Penafiel desenvolveram ações de formação para os seus dirigentes, tendo sido a área de Gestão e Administração a mais desenvolvida. Isto revela uma aposta reduzida na formação/valorização dos seus dirigentes e que áreas como a inovação, modernização e internacionalização, estão pouco presentes no dia a dia das AE’s.
Claramente se percebe que as AE’s da Região do Tâmega e Sousa não têm capacidade de resposta, em termos de recursos humanos, para contribuir para o novo paradigma de intervenção regional, que assenta na diferenciação territorial, igualdade de oportunidades, dinamização de recursos e capacidades, e sobretudo, na criação de uma lógica de atuação em rede.
É notória a necessidade das AE’s integrarem uma rede de cooperação institucional, que as ajude a ultrapassar este problema. Por isso, o novo modelo de governação da nova estratégia para a NUT III Tâmega e Sousa, assente no modelo da Hélice Tripla, um modelo de desenvolvimento em conhecimento e inovação, que envolve a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa[8], o Sistema Científico e Tecnológico e as AE’s da Região do Tâmega e Sousa representadas pelo Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa, contribuirá para o fortalecimento da capacidade de ação no apoio ao tecido empresarial, resultado da partilha de recursos e sinergias e do acesso alargado a um conjunto de informações e conhecimentos e ainda, contribuirá para o desenvolvimento da Região e consequentemente, para a Economia Portuguesa.
- ↑ Instituto Geográfico Português, Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013 Arquivado em 9 de dezembro de 2013, no Wayback Machine. (ficheiro Excel zipado)
- ↑ INE (2021). «Censos 2021»
- ↑ Diário da República, Reorganização administrativa do território das freguesias, Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro, Anexo I.
- ↑ «Decreto-Lei nº 68/2008 de 14 de Abril de 2008». Artigo 2º. Consultado em 26 de novembro de 2014. Arquivado do original em 15 de novembro de 2011
- ↑ «Paredes abandona o Tâmega e Sousa e integra a Área Metropolitana do Porto»
- ↑ «Conheça o seu Município». www.pordata.pt. Consultado em 5 de dezembro de 2021
- ↑ «CETS - Home». www.cets.pt. Consultado em 14 de julho de 2015
- ↑ «Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa - Destaques». www.cimtamegaesousa.pt. Consultado em 14 de julho de 2015