A Fenilcetonúria (PKU do inglês PhenylKetonUria) é uma doença genética rara caracterizada por defeito da enzima fenilalanina hidroxilase (PAH). Esta proteína catalisa o processo de conversão (hidroxilização) da fenilalanina em tirosina, elemento importante na síntese da melanina.[1]

Fenilcetonúria
Fenilcetonúria
O teste do pezinho pode detectar essa doença.
Especialidade endocrinologia
Classificação e recursos externos
CID-10 E70.0
CID-9 270.1
CID-11 444122923
OMIM 261600 261630
DiseasesDB 9987
MedlinePlus 001166
eMedicine ped/1787 derm/712 article/947781
MeSH D010661
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A ação da fenilalanina hidroxilase (PAH) é transferir um átomo de oxigênio para o anel aromático da fenilalanina. Posteriormente, um íon de hidrogênio (H+) liga-se ao oxigênio completando a transformação em tirosina.

 
A mutação está localizada no cromossomo 12 e é autossômica recessiva, logo se ambos pais portam o gene sem ter sintomas, seus filhos tem 25% de chance de ter a doença.

A doença é autossômica recessiva e afeta aproximadamente um em cada dez mil indivíduos da população caucasiana. As pessoas com PKU (fenilcetonúria) possuem uma mutação no gene da PAH (fenilalanina hidroxilase). Essa mutação pode acontecer em qualquer uma das milhares de bases de ADN dentro do gene e mutações diferentes têm efeitos desiguais na enzima. Algumas mutações fazem com que a enzima não mais reconheça a fenilalanina. Outras mutações não impedem, mas retardam a ação da enzima. Existem também mutações que tornam a enzima instável, com o catabolismo (velocidade de degradação) acelerado. Esta doença pode ser detectada logo após o nascimento através de triagem neonatal (conhecida popularmente como teste do pezinho).

O teste do pezinho foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) no ano de 1992 com uma legislação que determinava a obrigatoriedade do teste em todos os recém-nascidos vivos. O teste do pezinho começou com a avaliação para Fenilcetonúria e Hipotireoidismo Congênito. Em 2001 Anemia Falciforme e outras Hemoglobinopatias e Fibrose Cística foi incorporada ao programa de triagem neonatal.[2]

A forma clássica da apresentação dessa doença, envolve formação de amiloides tóxicos no cérebro de modo similar ao Mal de Alzheimer e Mal de Parkinson.[3]

Uma forma mais moderada da doença pode ser chamada de hiperfenilalaninemia (excesso de fenilalanina).

Efeitos na captação da aminoácidos neutros de cadeia longa

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Os aminoácidos essenciais de cadeia longa, como a fenilalalina, tirosina, leucina, isoleucina, valina, triptofano, histidina e metionina são transportados através da barreia hemato-encefálica por meio de um transportador de aminoácidos único, ou seja, competem entre si pela entrada no cérebro. Esses aminoácidos são captados para a síntese de proteínas ou como precursores de neurotransmissores, se houver um aminoácido em excesso ele pode inibir competitivamente a entrada de outros aminoácidos. Isso sugere que o retardo mental característico de pessoas com fenilcetonúria se deve a elevada concentração de fenilalanina.

Sinais e sintomas

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São sintomas da doença não tratada:

Identificam-se as alterações com cerca de um ano de vida. Praticamente todos os pacientes não tratados apresentam QI inferior a 50.

Tratamento

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O tratamento para fenilcetonúria consiste em uma dieta com baixos teores de fenilalanina, que é um aminoácido que se acumula no sangue dos fenilcetonúricos, causando problemas como retardo mental e convulsões. A fenilcetonúria não tem cura e não há medicamentos para essa doença, e durante o tratamento é necessário monitorar regularmente os valores de fenilalanina no sangue.

A quantidade de fenilalanina que pode ser ingerida varia de acordo com a idade e gravidade da doença, e os alimentos ricos nesse aminoácido são aqueles fontes de proteínas, como carnes, peixes, leites e derivados, ovos, trigo, soja e feijão.

Referências

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  1. James, William D.; Berger, Timothy G.; et al. (2006). Andrews' Diseases of the Skin: clinical Dermatology. [S.l.]: Saunders Elsevier. ISBN 0-7216-2921-0 
  2. Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação-Geral de Atenção Especializada (2002). «Manual de normas técnicas e rotinas operacionais do programa nacional de triagem neonatal» (PDF). Ministério da Saúde. Consultado em 21 de abril de 2021  line feed character character in |titulo= at position 50 (ajuda)
  3. Adler-Abramovich (2012). "Phenylalanine assembly into toxic fibrils suggests amyloid etiology in phenylketonuria". Nature Chemical Biology 8 (8): :701–706. doi:10.1038/nchembio.1002. PMID 22706200.

https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/programa-nacional-da-triagem-neonatal