Concorrência perfeita: diferenças entre revisões
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Em [[economia]], '''competição ou concorrência perfeita''' descreve mercados em que nenhum participante tem tamanho suficiente para ter o [[poder de mercado]] para definir o preço de um produto homogêneo. |
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<ref name="multipla-1">Almeida, Álvaro (2007), "Economia Aplicada para Gestores", Vila Nova de Gaia: Espaço Atlântico - Publicações e Marketing, Lda.</ref> |
Em [[economia]], '''concorrência perfeita''' ou '''concorrência pura''' descreve mercados em que nenhum participante tem [[poder de mercado]] para definir o preço de um produto homogêneo.<ref name="multipla-1">Almeida, Álvaro (2007), "Economia Aplicada para Gestores", Vila Nova de Gaia: Espaço Atlântico - Publicações e Marketing, Lda.</ref> Embora seja uma hipótese ideal, a partir dela é possível construir modelos próximos da realidade. Assim, a competição perfeita pode servir como ponto de referência para avaliar mercados de concorrência imperfeita no mundo real.<ref name="MeM.">{{Citar livro|nome=Marcos|sobrenome=Antonio|título=Economia - Micro e Macro|local=São Paulo|editora=Atlas|ano=2011|página=139}}</ref> |
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Dado que as condições para a concorrência perfeita serem restritas, existem muito poucos mercados assim. A competição perfeita pode servir como ponto de referência para avaliar mercados de concorrência imperfeita no mundo real. |
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== Hipóteses do modelo == |
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==Características destes mercados== |
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''a) hipótese da atomicidade'': é um mercado com infinitos vendedores e compradores, de forma que nenhum deles tem condições de definir os preços de mercado. Diz-se que elas são ''tomadoras de preços''; |
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A estrutura de um mercado de concorrência perfeita possui características bastante específicas, que devem ser analisadas. Ainda assim, compradores e vendedores de alguns mercados baseados em [[leilão|leilões]] e mercados bolsistas conseguem aproximar-se bastante do conceito. |
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''b) hipótese da homogeneidade'': os produtos, tanto bens como serviços e fatores de produção, oferecidos pelas firmas são idênticos,<ref name="multipla-1" /> O preço praticado também é homogêneo. Como a curva da procura do preço é perfeitamente elástica (curva horizontal), não há incentivos para não praticar os preços de mercado; |
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===Intervenientes=== |
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'''Muitos compradores e muitos vendedores''', tanto existentes como potenciais. Nenhum participante consegue influenciar o preço de mercado de maneira isolada.<ref>http://economiainvestidor.blogspot.com/2010/08/modelo-de-concorrencia-perfeita.html</ref> |
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''c) hipótese da mobilidade de firmas'': mercado sem barreiras à entrada e saída, tanto de compradores, como de vendedores;<ref name="multipla-1" /> |
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===Produto=== |
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O produto em causa é '''homogéneo'''. O produto de uma empresa é, do ponto de vista dos consumidores, igual ao produto oferecido pelas restantes empresas da mesma indústria.<ref name="multipla-1" /> |
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''d) princípio da Racionalidade'': os empresários visam sempre maximizar os lucros e os consumidores, maximizar a satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem; |
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===Entrada e saída da indústria=== |
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A '''entrada e saída da indústria é livre'''. Não existem restrições para que novas empresas entrem naquela indústria, ou que determinadas empresas abandonem a indústria. Estas restrições podem ser do ponto de vista económico (investimento necessário baixo) ou mesmo tecnológico (conhecimento necessário também baixo).<ref name="multipla-1" /> |
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===Informação=== |
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''f) inexistência de externalidades'': há ausência de externalidades, sejam elas positivas ou negativas.<ref name="MeM."/> |
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==Preços== |
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O preço praticado pelas empresas é também homogéneo. As empresas praticam o preço de mercado na totalidade dos casos. A curva da procura do preço é perfeitamente elástica (curva horizontal), não existindo incentivos para a prática de preço diferentes do preço de mercado. |
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Por exemplo, no caso de uma empresa praticar um preço acima do preço de mercado, dadas as características homogéneas do produto e a informação perfeita, os consumidores optaram por produtos de outras empresas.<ref>http://www.carlosescossia.com/2009/09/o-que-e-concorrencia-perfeita.html</ref> |
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==Lucro== |
==Lucro== |
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O lucro a que se fará referência aqui será o lucro |
O lucro a que se fará referência aqui será o lucro econômico, e não o lucro contábil. |
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===Curto prazo=== |
===Curto prazo=== |
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No curto prazo é possível uma dada indústria ter lucro positivo, superior à melhor aplicação alternativa. O lucro das empresas depende largamente da optimização da sua produção, por isso sobretudo no curto prazo, estas serão tanto mais lucrativas, quanto mais optimizada |
No curto prazo é possível uma dada indústria ter lucro positivo, superior à melhor aplicação alternativa. O lucro das empresas depende largamente da optimização da sua produção, por isso sobretudo no curto prazo, estas serão tanto mais lucrativas, quanto mais optimizada para a sua produção. A falta de entraves à entrada de novas empresas na indústria, faz com que num mercado de concorrência perfeita.<ref name="multipla-1" /> |
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===Longo prazo=== |
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No longo prazo, a indústria terá |
No longo prazo, a indústria terá lucro nulo. Dada a livre entrada e saída da indústria, no longo prazo esta vai adaptar-se à procura. Estas atingirão o número óptimo, e a dimensão ótima para a produção optimizada, de maneira a atingir o mínimo custo médio possível. |
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==Ver também== |
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* [[Concorrência (economia)|Concorrência]] |
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Edição atual tal como às 16h53min de 24 de maio de 2022
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Em economia, concorrência perfeita ou concorrência pura descreve mercados em que nenhum participante tem poder de mercado para definir o preço de um produto homogêneo.[1] Embora seja uma hipótese ideal, a partir dela é possível construir modelos próximos da realidade. Assim, a competição perfeita pode servir como ponto de referência para avaliar mercados de concorrência imperfeita no mundo real.[2]
Hipóteses do modelo[editar | editar código-fonte]
a) hipótese da atomicidade: é um mercado com infinitos vendedores e compradores, de forma que nenhum deles tem condições de definir os preços de mercado. Diz-se que elas são tomadoras de preços;
b) hipótese da homogeneidade: os produtos, tanto bens como serviços e fatores de produção, oferecidos pelas firmas são idênticos,[1] O preço praticado também é homogêneo. Como a curva da procura do preço é perfeitamente elástica (curva horizontal), não há incentivos para não praticar os preços de mercado;
c) hipótese da mobilidade de firmas: mercado sem barreiras à entrada e saída, tanto de compradores, como de vendedores;[1]
d) princípio da Racionalidade: os empresários visam sempre maximizar os lucros e os consumidores, maximizar a satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem;
e) transparência de mercado: a informação é perfeita, isto é, todos os participantes no mercado, tanto compradores como vendedores, têm completo acesso a toda a informação;
f) inexistência de externalidades: há ausência de externalidades, sejam elas positivas ou negativas.[2]
Lucro[editar | editar código-fonte]
O lucro a que se fará referência aqui será o lucro econômico, e não o lucro contábil.
Curto prazo[editar | editar código-fonte]
No curto prazo é possível uma dada indústria ter lucro positivo, superior à melhor aplicação alternativa. O lucro das empresas depende largamente da optimização da sua produção, por isso sobretudo no curto prazo, estas serão tanto mais lucrativas, quanto mais optimizada para a sua produção. A falta de entraves à entrada de novas empresas na indústria, faz com que num mercado de concorrência perfeita.[1]
Longo prazo[editar | editar código-fonte]
No longo prazo, a indústria terá lucro nulo. Dada a livre entrada e saída da indústria, no longo prazo esta vai adaptar-se à procura. Estas atingirão o número óptimo, e a dimensão ótima para a produção optimizada, de maneira a atingir o mínimo custo médio possível.