Cavia aperea: diferenças entre revisões
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== Introdução == |
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'''''Cavia aperea''''', também chamado de '''preá''' ou '''bengo''',<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 378.</ref> é um [[roedor]] de ampla distribuição na [[América do Sul]], do gênero ''[[Cavia (roedor)|Cavia]]'', família dos [[Caviidae|caviídeos]]. Mede cerca de 25 cm de comprimento. Possuem pelagem cinzenta, corpo robusto, patas e orelhas curtas, incisivos brancos e cauda ausente. É aparentado com o [[porquinho-da-índia]] (''Cavia porcellus''). Em algumas regiões do Brasil é criado e usado como alimento.Possuem comportamento social,hábitos matutinos e noturnos.<ref name=":0" /> |
'''''Cavia aperea''''', também chamado de '''preá''' ou '''bengo''',<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 378.</ref> é um [[roedor]] de ampla distribuição na [[América do Sul]], do gênero ''[[Cavia (roedor)|Cavia]]'', família dos [[Caviidae|caviídeos]]. Mede cerca de 25 cm de comprimento. Possuem pelagem cinzenta, corpo robusto, patas e orelhas curtas, incisivos brancos e cauda ausente. É aparentado com o [[porquinho-da-índia]] (''Cavia porcellus''). Em algumas regiões do Brasil é criado e usado como alimento.Possuem comportamento social,hábitos matutinos e noturnos.<ref name=":0" /> |
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== Hábitos == |
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Seus [[Hábito alimentar|hábitos]] são basicamente [[Noite|noturnos]]. De hábitos sociais bem marcados, o preá só abandona suas tocas à noite, em pequenos bandos, por trilhas que em geral já conhece. É arisco e evita os descampados nessas incursões noturnas em busca do capim novo e dos brotos e folhas de que se nutre.São animais estritamente [[Vegetarianismo|vegetarianos,]] alimentando-se normalmente de [[Erva|ervas]],folhas secas,casca de árvore,frutas e sementes.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Terra|primeiro=Rio Doce|titulo=# Préa ou Piriá|url=http://www.riodoceterra.com.br/index.php/fauna-e-flora/86-prea-ou-piria|jornal=Rio Doce Terra|lingua=pt-br}}</ref>Os baixos levantamentos de registros dessa espécie de mamífero,pode ser explicado por seus hábitos alimentares.<ref>{{citar web|url=http://www.scielo.br/pdf/bn/v9n3/v9n3a30.pdf|titulo=Pequenos mamíferos não voadores em fragmentos de Mata Atlântica e áreas agrícolas em Viana, Espírito Santo, Brasil|data=|acessodata=|publicado=Israel de Souza Pinto, Ana Carolina Covre Loss, Aloísio Falqueto & Yuri Luiz Reis Leite|ultimo=|primeiro=}}</ref> |
Seus [[Hábito alimentar|hábitos]] são basicamente [[Noite|noturnos]]. De hábitos sociais bem marcados, o preá só abandona suas tocas à noite, em pequenos bandos, por trilhas que em geral já conhece. É arisco e evita os descampados nessas incursões noturnas em busca do capim novo e dos brotos e folhas de que se nutre.São animais estritamente [[Vegetarianismo|vegetarianos,]] alimentando-se normalmente de [[Erva|ervas]],folhas secas,casca de árvore,frutas e sementes.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Terra|primeiro=Rio Doce|titulo=# Préa ou Piriá|url=http://www.riodoceterra.com.br/index.php/fauna-e-flora/86-prea-ou-piria|jornal=Rio Doce Terra|lingua=pt-br}}</ref>Os baixos levantamentos de registros dessa [[espécie]] de [[Mamíferos|mamífero]],pode ser explicado por seus [[Hábito alimentar|hábitos]] alimentares.<ref>{{citar web|url=http://www.scielo.br/pdf/bn/v9n3/v9n3a30.pdf|titulo=Pequenos mamíferos não voadores em fragmentos de Mata Atlântica e áreas agrícolas em Viana, Espírito Santo, Brasil|data=|acessodata=|publicado=Israel de Souza Pinto, Ana Carolina Covre Loss, Aloísio Falqueto & Yuri Luiz Reis Leite|ultimo=|primeiro=}}</ref> |
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Algo interessante a se destacar é que os preás não consomem alface<ref name=":0">{{Citar web|titulo=Preá. Definição, fotos e vídeos|url=https://www.conhecimentogeral.inf.br/prea/|obra=Conhecimento Geral|data=2016-10-07|acessodata=2019-08-08|lingua=en}}</ref>,pois o mesmo causa problemas intestinais no animal. |
Algo interessante a se destacar é que os preás não consomem alface<ref name=":0">{{Citar web|titulo=Preá. Definição, fotos e vídeos|url=https://www.conhecimentogeral.inf.br/prea/|obra=Conhecimento Geral|data=2016-10-07|acessodata=2019-08-08|lingua=en}}</ref>,pois o mesmo causa problemas intestinais no animal. |
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Certas vezes, um preá pode ficar enciumado de sua parceira, o que leva a conflitos internos no grupo. |
Certas vezes, um preá pode ficar enciumado de sua parceira, o que leva a conflitos internos no grupo. |
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Cavia aperea é um [[herbívoro]] e se alimenta de gramíneas e outras ervas. É diurno, principalmente emergindo no início da manhã para forragear e novamente à noite. Eles não escavam tocas, mais sim complexos labirintos de túneis na superfície que possuem de 8 a 12 cm de largura.Possui áreas de latrinas ao lado dos trilhos,onde pilhas de excremento em formato de feijão podem ser vistas,assim como pilhas de hastes de grama cortadas<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=p2MDAzCeQQoC&lpg=PA455&hl=pt-BR&pg=PP1#v=onepage&q&f=false|título=Mammals of the Neotropics, Volume 3: Ecuador, Bolivia, Brazil|ultimo=Eisenberg|primeiro=John F.|ultimo2=Redford|primeiro2=Kent H.|data=1989|editora=University of Chicago Press|lingua=en|isbn=9780226195421}}</ref>. |
Cavia aperea é um [[herbívoro]] e se alimenta de [[gramíneas]] e outras ervas. É [[diurno]], principalmente emergindo no início da manhã para [[Forrageamento|forragear]] e novamente à noite. Eles não [[Escavadores|escavam]] tocas, mais sim complexos labirintos de [[túneis]] na superfície que possuem de 8 a 12 cm de largura.Possui áreas de latrinas ao lado dos trilhos,onde pilhas de excremento em formato de feijão podem ser vistas,assim como pilhas de hastes de grama cortadas<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=p2MDAzCeQQoC&lpg=PA455&hl=pt-BR&pg=PP1#v=onepage&q&f=false|título=Mammals of the Neotropics, Volume 3: Ecuador, Bolivia, Brazil|ultimo=Eisenberg|primeiro=John F.|ultimo2=Redford|primeiro2=Kent H.|data=1989|editora=University of Chicago Press|lingua=en|isbn=9780226195421}}</ref>. |
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Esta espécie é muito variável,podendo [[Habitat|habitar]] pastagens secas,savanas úmidas,bosques de cerrado e [[Floresta de Galeria|matas de galeria]].<ref>{{Citar web|url=http://www.iucnredlist.org/details/86257782/0|titulo=Cavia aperea (Brazilian Guinea Pig)|acessodata=2018-05-10|obra=www.iucnredlist.org}}</ref> |
Esta espécie é muito variável,podendo [[Habitat|habitar]] pastagens secas,savanas úmidas,bosques de cerrado e [[Floresta de Galeria|matas de galeria]].<ref>{{Citar web|url=http://www.iucnredlist.org/details/86257782/0|titulo=Cavia aperea (Brazilian Guinea Pig)|acessodata=2018-05-10|obra=www.iucnredlist.org}}</ref> |
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== Descrição == |
== Descrição == |
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Com características comuns à sua família, é natural nessas espécies a ausência de [[cauda]] e a presença de pelos [[Denso|densos,]] mas sem espinhos na cobertura do corpo. O preá possui o canal dos dentes abertos, o que provoca o crescimento deles. Acompanhadas de grandes unhas afiadas, as patas traseiras possuem três dedos e as dianteiras quatro. |
Com características comuns à sua família, é natural nessas espécies a ausência de [[cauda]] e a presença de pelos [[Denso|densos,]] mas sem espinhos na cobertura do corpo. O [[Porquinho-da-índia|preá]] possui o canal dos dentes abertos, o que provoca o crescimento deles. Acompanhadas de grandes unhas afiadas, as patas traseiras possuem três dedos e as dianteiras quatro. |
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Com tantos [[Artifício|artifícios]] para uma boa caça, o preá se limita a uma dieta mais [[Fitness|“fitness”]]. O animal é completamente [[herbívoro]] e sua principal fonte de energia é o capim. Até por conta disso, é comum ser encontrado próximo a riachos, brejos, [[Córrego|córregos]] e rios.<ref>{{Citar web|titulo=Preá é um mamífero comum em quase todo o Brasil|url=https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2018/07/31/prea-e-um-mamifero-comum-em-quase-todo-o-brasil.ghtml|obra=G1|acessodata=2019-08-08|lingua=pt-br}}</ref> |
Com tantos [[Artifício|artifícios]] para uma boa caça, o preá se limita a uma dieta mais [[Fitness|“fitness”]]. O animal é completamente [[herbívoro]] e sua principal fonte de energia é o capim. Até por conta disso, é comum ser encontrado próximo a riachos, brejos, [[Córrego|córregos]] e rios.<ref>{{Citar web|titulo=Preá é um mamífero comum em quase todo o Brasil|url=https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2018/07/31/prea-e-um-mamifero-comum-em-quase-todo-o-brasil.ghtml|obra=G1|acessodata=2019-08-08|lingua=pt-br}}</ref> |
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[[Gravidez|Período de gestação]] ……………………………………………………. 59 a 75 dias (média 68 ) |
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[[Cio|Cio...................]]…………………………………....................................12 a 18 dias |
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[[Cio|Duração do cio]]....................................................................................6 a 11 dias |
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[[Cio|Retorno do cio pós-parto.]]...................................................................6 a 8 dias |
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[[Cruzamento|Época de cruzamento]]........................................................................Ano todo |
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[[Cópula|idade mínima para acasalamento]] …………………………………......12 semanas |
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[[Nascimento|Peso no nascimento]]..........................................................................60 a 100 gramas |
[[Nascimento|Peso no nascimento]]..........................................................................60 a 100 gramas |
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[[Adulto|Peso do adulto]]...................................................................................500 a 600 gramas |
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[[Peso|Peso máximo alcançado]] ...................................................................1.5 quilogramas |
[[Peso|Peso máximo alcançado]] ...................................................................1.5 quilogramas |
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[[Tamanho|Tamanho quando adulto]]....................................................................25 a 30 centímetros |
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[[Ninhada|Quantidade de crias por ninhada]].......................................................média 2 a 3 filhotes |
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[[Desmame|Idade de desmama]].............................................................................14 a 20 dias |
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[[Alimentação|Início da alimentação sólida]]................................................................1 a 5 dias |
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[[Vida útil|Vida útil da fêmea]]................................................................................2 a 4 anos |
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[[Vida útil|Vida útil do macho]]...............................................................................4 anos |
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[[Batimentos cardíacos]]..........................................................................260 a 400 por minuto |
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== Doenças == |
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Os preás são animais resistentes às [[Doença|doenças]] porém,podem sofrer de algumas [[Doença|enfermidades]]. Normalmente quando o animal está doente ele se torna triste e seus pêlos ficam secos e arrepiados<ref name=":1" />. Dentre as que podem eventualmente aparecer numa criação estão as seguintes: |
Os preás são animais resistentes às [[Doença|doenças]] porém,podem sofrer de algumas [[Doença|enfermidades]]. Normalmente quando o animal está doente ele se torna triste e seus pêlos ficam secos e arrepiados<ref name=":1" />. Dentre as que podem eventualmente aparecer numa criação estão as seguintes: |
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Revisão das 18h21min de 15 de agosto de 2019
Preá | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Quase ameaçada (IUCN 3.1) | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Cavia aperea Erxleben, 1777 | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Introdução
Cavia aperea, também chamado de preá ou bengo,[1] é um roedor de ampla distribuição na América do Sul, do gênero Cavia, família dos caviídeos. Mede cerca de 25 cm de comprimento. Possuem pelagem cinzenta, corpo robusto, patas e orelhas curtas, incisivos brancos e cauda ausente. É aparentado com o porquinho-da-índia (Cavia porcellus). Em algumas regiões do Brasil é criado e usado como alimento.Possuem comportamento social,hábitos matutinos e noturnos.[2]
Etimologia
"Preá" se originou do termo tupi apere'á[3]
Pequeno roedor, encontrado na região nordeste do Brasil[4]
Hábitos
Seus hábitos são basicamente noturnos. De hábitos sociais bem marcados, o preá só abandona suas tocas à noite, em pequenos bandos, por trilhas que em geral já conhece. É arisco e evita os descampados nessas incursões noturnas em busca do capim novo e dos brotos e folhas de que se nutre.São animais estritamente vegetarianos, alimentando-se normalmente de ervas,folhas secas,casca de árvore,frutas e sementes.[5]Os baixos levantamentos de registros dessa espécie de mamífero,pode ser explicado por seus hábitos alimentares.[6]
Algo interessante a se destacar é que os preás não consomem alface[2],pois o mesmo causa problemas intestinais no animal.
Certas vezes, um preá pode ficar enciumado de sua parceira, o que leva a conflitos internos no grupo.
Cavia aperea é um herbívoro e se alimenta de gramíneas e outras ervas. É diurno, principalmente emergindo no início da manhã para forragear e novamente à noite. Eles não escavam tocas, mais sim complexos labirintos de túneis na superfície que possuem de 8 a 12 cm de largura.Possui áreas de latrinas ao lado dos trilhos,onde pilhas de excremento em formato de feijão podem ser vistas,assim como pilhas de hastes de grama cortadas[7].
Esta espécie é muito variável,podendo habitar pastagens secas,savanas úmidas,bosques de cerrado e matas de galeria.[8]
Descrição
Com características comuns à sua família, é natural nessas espécies a ausência de cauda e a presença de pelos densos, mas sem espinhos na cobertura do corpo. O preá possui o canal dos dentes abertos, o que provoca o crescimento deles. Acompanhadas de grandes unhas afiadas, as patas traseiras possuem três dedos e as dianteiras quatro.
Com tantos artifícios para uma boa caça, o preá se limita a uma dieta mais “fitness”. O animal é completamente herbívoro e sua principal fonte de energia é o capim. Até por conta disso, é comum ser encontrado próximo a riachos, brejos, córregos e rios.[9]
Ainda nessas regiões é comum vê-los construir os ninhos próximos de moitas. Lá, realizam a reprodução. O período de gestação dura dois meses, aproximadamente, e, em média, nascem dois filhotes. Em cada grupo, cinco a dez indivíduos definem uma liderança através de uma hierarquia bem definida.
Dados parâmetros
Maturidade sexual ………………………………………………………. 55 a 90 dias
Período de gestação ……………………………………………………. 59 a 75 dias (média 68 )
Cio...................…………………………………....................................12 a 18 dias
Duração do cio....................................................................................6 a 11 dias
Retorno do cio pós-parto....................................................................6 a 8 dias
Época de cruzamento........................................................................Ano todo
idade mínima para acasalamento …………………………………......12 semanas
Peso no nascimento..........................................................................60 a 100 gramas
Peso do adulto...................................................................................500 a 600 gramas
Peso máximo alcançado ...................................................................1.5 quilogramas
Tamanho quando adulto....................................................................25 a 30 centímetros
Quantidade de crias por ninhada.......................................................média 2 a 3 filhotes
Idade de desmama.............................................................................14 a 20 dias
Início da alimentação sólida................................................................1 a 5 dias
Vida útil da fêmea................................................................................2 a 4 anos
Vida útil do macho...............................................................................4 anos
Frequência respiratória........................................................................69 a 104 por minuto
Batimentos cardíacos..........................................................................260 a 400 por minuto
Média da pressão sanguínea .............................................................81 a 90mm
Temperatura corporal..........................................................................38,5º C
Leucócitos...........................................................................................10.000/mm3
Hemácias...................................…………………………………………4,5 a 7 milhões por mm3
Hematócrito …………………………………………………………………42%
Hemoglobina ………………………………………………………………..12,35%[10]
Doenças
Os preás são animais resistentes às doenças porém,podem sofrer de algumas enfermidades. Normalmente quando o animal está doente ele se torna triste e seus pêlos ficam secos e arrepiados[10]. Dentre as que podem eventualmente aparecer numa criação estão as seguintes:
BACTERIANAS
1 – Salmonelose: produzida pela Salmonella Typhi (a mais comum, ainda que também por outros tipos de Salmonella com sintomatologia muito similar). É uma enfermidade que se difunde rapidamente produzindo alta mortalidade, principalmente para os animais em crescimento. É provavelmente a mais letal de todas as enfermidades dos preás.
2 – Pseudo tuberculose: Produzida pela Yersinia pseudotuberculosis. É uma enfermidade crônica caracterizada por nódulos sebosos, especialmente nódulos linfáticos e víscerais. Geralmente é contraída pela boca. As lesões individuais iniciam-se com pequenos focos necróticos que vão aumentando de tamanho até sobressaírem na superfície do órgão ou glândula e quando cortados apresentam um pus fluido, espesso e denso.[10]
3 – Pneumonia: Enfermidade respiratória causada por bactérias, provavelmente a mais comum, principalmente em se tratando dos preás de laboratório. Produzida pela Klebsiella pneumoniae,Pasteurella Multocida, Bordetella bronchiseptica, Streptococcus pyogenes. Os sintomas são espirros, olhos lacrimejantes, tosse, além do decaimento do animal. É uma enfermidade contagiosa, sendo necessária a separação dos animais afetados e às vezes até a destruição da colônia e um recomeço com um novo grupo de animais.
4 – Abscessos subcutâneos: Enfermidades também comuns nos preás, causadas por qualquer um dos variados gêneros de bactérias.
5 –Linfadenite cervical: Também bastante comum, é causada pelo Streptococcus.[10]
VIRAIS
1 – Adenite Salival: Inflamação e irritação das glândulas salivares, também conhecida como parotidite. A enfermidade é simples e o animal se recupera completamente entre 7 e 14 dias.
2 – Coriomeningite: Raramente ocorre em porquinhos-da-índia.
3 – Paralisia Infecciosa: Debilidade e paralisia gradual das extremidades, especialmente dos membros traseiros, podendo-se também paralisar a bexiga.
4 – Miosite Infecciosa: Inflamação e edema nas patas traseiras. Não se sabe ao certo qual o vírus que a produz, podendo ser de origem dietética ou hereditária.[10]
PARASITÁRIAS
Nos preás é muito difícil o aparecimento de parasitos internos. Já os ectoparasitos, ou seja,parasitos externos, são encontrados com facilidade inclusive em animais de laboratório.
ENTRE OS MAIS COMUNS ESTÃO:
1 – Piolhos – Vivem sobre as escamas da pele, causando irritações consideráveis. Geralmente aglomeram-se ao redor das orelhas e ocasionam áreas nuas em consequência das picadas. É muito difícil a eliminação completa dos piolhos, mas são controlados através de submersão e pulverização com inseticidas apropriados.
2 – Ácaros e insetos : Os animais criados em laboratórios raramente são infestados por ácaros. Porém quando a criação é doméstica os preás estão mais propensos ao ataque dos parasitas. O controle é fácil e realizado através de submersão e pulverização em solução sarnicida e inseticida, as quais, se usadas em dosagem correta, não provocam nenhum tipo de toxidade aos animais.[10]
CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS
1 – Coccideose: Os protozoários vivem no intestino e aí se reproduzem com velocidade, matando células epiteliais e deixando uma superfície ulcerada, inchada e sangrando, não permitindo que o intestino funcione normalmente.
Os animais recuperados normalmente são imunes, mas são portadores e a transmissão se dá pelas fezes de outros animais da mesma espécie.[10]
CAUSADOS POR FUNGOS
1 – Mucormicose: O causador e um bolor concentrado sobre o feno e forragem. Os únicos sintomas geralmente observados são causados por infecção dos nódulos linfáticos do mesentério pelo fungo, dando origem a uma grande massa benigna no abdome.[10]
CARÊNCIAS
1 – Escorbuto:É a deficiência da Vitamina C. O escorbuto provoca um transtorno no tecido conjuntivo produzindo hemorragias, especialmente ao redor das costelas e articulações, assim como rigidez nas partes traseiras com inflamação e hemorragia na planta das patas. Os principais sintomas são dificuldade para andar, perda de peso constante e pelo sem brilho. Com o tempo aparecemarticulações inflamadas e gengivas sangrando ao redor dos dentes que ficam soltos.[10]
Participação na cadeia alimentar
Tratando-se de sua participação na cadeia alimentar,este pequeno animal pode servir de alimento à mamíferos maiores,como por exemplo a jaguatirica.[11]
É predado também por aves de rapina, cobras, canídeos e felinos selvagens, bem como cães e gatos domésticos de propriedades rurais.
Subespécies
- Cavia aperea anolaimae (Colômbia)
- Cavia aperea guianae (Venezuela e Guiana)
- Cavia aperea nana (Bolívia)
- Cavia aperea festina (Peru)
- Cavia aperea hypoleuca (Paraguai)
- Cavia aperea osgoodi (Peru)
- Cavia aperea pamparum (Argentina e Uruguai)
- Cavia aperea resida (Brasil)
- Cavia aperea sodalis (Bolívia)
- Cavia aperea northiski safade (Brasil)
Cultura popular
Pode-se lembrar desse mamífero em uma grande obra de Graciliano Ramos, ''Vidas Secas''. Em um dos capítulos, Baleia, personagem descrita no livro como animal de estimação da família, sonha à beira da morte com o seu paraíso. Esse paraíso para ela, era ''um mundo cheio de preás'', assim os roedores serviriam de alimento para ela e para a família e eles então não sofreriam com a fome instalada pela seca. Vale lembrar que a história se retrata no interior do nordeste brasileiro, local onde este tipo de roedor é encontrado.
Status
O preá brasileira tem uma ampla gama e nenhuma ameaça particular foi identificada. É uma espécie comum com uma população estável e, além de viver em cerrados, é capaz de se adaptar a habitats fechados,como a mata atlântica no sul da Bahia, nessa região se encontra ameaçado de acordo com a lista vermelha da Bahia [12]. Por estas razões, a União Internacional para a Conservação da Natureza[13] classificou o seu estado de conservação como "menos preocupante".
Referências
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 378.
- ↑ a b «Preá. Definição, fotos e vídeos». Conhecimento Geral (em inglês). 7 de outubro de 2016. Consultado em 8 de agosto de 2019
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 141, 1 378.
- ↑ «preá - Wikcionário». pt.wiktionary.org. Consultado em 8 de agosto de 2019
- ↑ Terra, Rio Doce. «# Préa ou Piriá». Rio Doce Terra
- ↑ «Pequenos mamíferos não voadores em fragmentos de Mata Atlântica e áreas agrícolas em Viana, Espírito Santo, Brasil» (PDF). Israel de Souza Pinto, Ana Carolina Covre Loss, Aloísio Falqueto & Yuri Luiz Reis Leite
- ↑ Eisenberg, John F.; Redford, Kent H. (1989). Mammals of the Neotropics, Volume 3: Ecuador, Bolivia, Brazil (em inglês). [S.l.]: University of Chicago Press. ISBN 9780226195421
- ↑ «Cavia aperea (Brazilian Guinea Pig)». www.iucnredlist.org. Consultado em 10 de maio de 2018
- ↑ «Preá é um mamífero comum em quase todo o Brasil». G1. Consultado em 8 de agosto de 2019
- ↑ a b c d e f g h i «Porquinho-da-Índia ou Preá». Saúde Animal. 28 de novembro de 2015. Consultado em 15 de agosto de 2019
- ↑ Abreu, Maury; Wieliczko, Andressa; Mesquita, Alex; Vieira, Emerson (30 de abril de 2010). «Consumo de pequenos mamíferos por canídeos simpátricos do sul do Brasil: sobreposição de nichos e seleção de presas». Neotropical Biology and Conservation. 5 (1): 16–23. ISSN 1809-9939. doi:10.4013/nbc.2010.51.03
- ↑ «Lista vermelha da Bahia - Avaliação do Estado de Conservação da Fauna e Flora do Estado da Bahia». www.listavermelhabahia.org.br. Consultado em 8 de agosto de 2019
- ↑ «The IUCN Red List of Threatened Species». IUCN Red List of Threatened Species. Consultado em 8 de agosto de 2019
Bibliografia
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