Eduardo (rapper): diferenças entre revisões
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⚫ | '''Carlos Eduardo Taddeo''' ([[São Paulo (capital)|São Paulo]], [[24 de agosto]] de [[1975]]), mais conhecido simplesmente como '''Eduardo''', é um [[rapper]], [[compositor]], [[ativista]], [[palestrante]] e [[escritor]] [[Brasileiros|brasileiro]]. Ele é um dos fundadores e líderes do grupo [[Facção Central]], no qual ele era vocalista. o grupo em [[18 de março]] de [[2013]].<ref>{{citar web|url=http://www.rapnacionaldownload.com.br/25534/novidades/noticias/eduardo-anuncia-os-2-primeiros-clipes-do-disco-a-fantastica-fabrica-de-cadaver/|titulo=Eduardo anuncia os 2 primeiros clipes do disco “A Fantástica Fábrica de Cadáver”|ultimo1=|primeiro1=|ultimo2=|primeiro2=|data=25 de dezembro de 2014|formato=|obra=|publicado=|acessodata=13 de março de 2015|citacao=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150729220107/http://www.rapnacionaldownload.com.br/25534/novidades/noticias/eduardo-anuncia-os-2-primeiros-clipes-do-disco-a-fantastica-fabrica-de-cadaver/|arquivodata=2015-07-29|urlmorta=yes}}</ref><ref>{{citar web |url=https://www.irdeb.ba.gov.br/evolucaohiphop/?p=4365|titulo=Revista Rap Nacional em destaque no Evolução Hip Hop|ultimo1=José|primeiro1=Carlos Mendes|publicado = |ultimo2= |primeiro2= |data=21 de outubro de 2011 |formato= |obra= |acessodata=3 de janeiro de 2018 |citacao=}}</ref> |
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== Biografia == |
== Biografia == |
Revisão das 16h36min de 2 de novembro de 2019
Carlos Eduardo Taddeo (São Paulo, 24 de agosto de 1975), mais conhecido simplesmente como Eduardo, é um rapper, compositor, ativista, palestrante e escritor brasileiro. Ele é um dos fundadores e líderes do grupo Facção Central, no qual ele era vocalista. o grupo em 18 de março de 2013.[1][2]
Biografia
Carlos Eduardo Taddeo é filho de uma faxineira que teve quatro filhos em dois casamentos. Moravam no Glicério, bairro antigo e popular do centro de São Paulo, conhecido pelos cortiços e pela pobreza. Seu pai biológico era empresário da noite, mas casado com outra mulher oficial, embora inicialmente desse assistência a mãe de Eduardo.[3]
No entanto, as dificuldades se agravaram com o afastamento gradativo do pai, que fizeram com que a mãe e os quatro filhos fossem morar em pensões, com banheiros coletivos.[3] Aposentada por invalidez, com o mal de Chagas, “às vezes ela pedia esmola ou cesta básica na igreja”.[3] Segundo depoimento pessoal, “às vezes, só tinha arroz e o feijão era aquela água”, o que o obrigava a ajudar a mãe pegando frutas e legumes nos fins de feira.[3]
Estudou em escola pública até a quinta série do ensino fundamental, tendo abandonado os estudos logo depois. Míope, tinha vergonha de usar óculos. Suas roupas eram surradas e os tênis, velhos. Ganhava alguns trocados tomando conta de carro na rua.[4]
Convivendo com o cotidiano do crime, a violência despertava nele um desejo de ser bandido. “Eu via os caras com tênis novos e queria ser criminoso”[3] Aos sete anos, "Carlos Eduardo Taddeo" furtou um toca-fitas e roubou dólares de um japonês[3] Noutra situação, foi parar na delegacia para averiguação de furto em um supermercado, mas saiu sem maiores consequências. Aos nove anos, começou a se envolver com outros criminosos, levando e trazendo armas. Odiava álcool, mas não benzina, maconha e cocaína e experimentou até crack. Com 16 anos, praticou assaltos à mão armada.[5]
Eduardo atribui sua salvação do mundo do crime a um sujeito cujo apelido era Equipado, que era namorado de sua irmã e um pouco mais velho. Tinha esse apelido porque ia para a escola cheio das tralhas que roubava. Uma vez, Equipado mostrou um gravador com uma fita cassete da música "Corpo Fechado", de Thaíde & DJ Hum, que Eduardo escutou. “Aquilo me pegou”, ele conta. “Era uma coisa de falar rimando, que eu achei que podia fazer. Escrevi uma letra, mostrei para o Equipado, e ele disse que eu mandava bem. Daí não parei mais.”[3]
Dessa brincadeira, Eduardo perseguiu o sonho de ser rapper e, no fim da década de 1980, formou um grupo integrado por garotos de rua - entre os quais Washington Roberto Santana, mais conhecido como Dum-Dum - chamado "Esquadrão Menor". Sem conseguir engrenar, o grupo se desfez e Eduardo aceitou um convite do sogro, então maître do Hotel Hilton, para trabalhar como ajudante de cozinha.[3] Passou dois anos nessa função.[3]
Em 1994, ele entra para o Facção Central após a saída de Nego (atualmente conhecido como Rapper Mag), em 1995 gravam o primeiro álbum de estudio o "Juventude de Atitude" [6] Manteve-se no Facção Central até 18 de Março de 2013, quando comunicou oficialmente em um vídeo no Youtube que anunciava sua saída do grupo, devido a algumas desavenças pessoais e divergências ideológicas.[3]
2 anos após a saída do grupo lançou um disco duplo solo intitulado "A fantástica fábrica de cadáver" [7]
Outras atividades
Eduardo faz palestras por todo Brasil e periodicamente visita a Fundação Casa. Apesar de não ter concluído seu ensino fundamental ele incentiva, em entrevistas, shows e palestras, os jovens da periferia a estudarem alegando que "ter um diploma e estar bem informado é mais audacioso que portar metralhadoras". Em 2012, ele lançou A Guerra Não Declarada na Visão de um Favelado, seu primeiro livro.[8]
Livros
- A Guerra Não Declarada na Visão de um Favelado (2008–2012)
- A Guerra Não Declarada na Visão de um Favelado Vol. 2 (Vol. 2– 2016)
Discografia
Álbum de estúdio
Com Facção Central
- Juventude de Atitude (1995)
- Estamos de Luto (1998)
- Versos Sangrentos (1999)
- A Marcha Fúnebre Prossegue (2000)
- Direto do Campo de Extermínio (2003)
- Facção Central - Ao Vivo (2005)
- O Espetáculo do Circo dos Horrores (2006)
- ↑ «Eduardo anuncia os 2 primeiros clipes do disco "A Fantástica Fábrica de Cadáver"». 25 de dezembro de 2014. Consultado em 13 de março de 2015. Arquivado do original em 29 de julho de 2015
- ↑ José, Carlos Mendes (21 de outubro de 2011). «Revista Rap Nacional em destaque no Evolução Hip Hop». Consultado em 3 de janeiro de 2018
- ↑ a b c d e f g h i j Pr., Tiengo Fernandes. «Novos Rumos da Narrativa de Não-Ficção - O jornalismo literário na Revista Piauí» (PDF). 7 de março de 2015. Consultado em 25 de novembro de 2017
- ↑ «Com sede de Justiça Social». 28 de agosto de 2009. Consultado em 25 de novembro de 2017
- ↑ Caio Castor, Igor; Carvalho, Carvalho (6 de outubro de 2015). «Eduardo: "Naturalizaram o extermínio na periferia"». Consultado em 3 de janeiro de 2018
- ↑ «Rapper esnoba convite da Globo e da Fifa: "Vocês patrocinam o apartheid brasileiro"». 3 de dezembro de 2013. Consultado em 3 de janeiro de 2018. Arquivado do original em 4 de janeiro de 2018
- ↑ «Palestra e troca de ideias com Carlos Eduardo Taddeo (Rapper−Ex-Facção Central)». 7 de março de 2015. Consultado em 25 de novembro de 2017. Arquivado do original em 5 de março de 2016
- ↑ «Livro aborda toda a história do rap no Brasil». 7 de março de 2015. Consultado em 25 de novembro de 2015
- ↑ «Cultura de Rua elege as 15 grandes canções do hip-hop em 2014». 7 de janeiro de 2015. Consultado em 3 de janeiro de 2018