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Eduardo (rapper): diferenças entre revisões

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'''Álbum de estúdio'''
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*'' O Necrotério dos Vivos'' (3019)
*'' O Necrotério dos Vivos'' (2019)
'''Com Facção Central'''
'''Com Facção Central'''
*''[[Juventude de Atitude]]'' (1995)
*''[[Juventude de Atitude]]'' (1995)

Revisão das 16h33min de 23 de dezembro de 2019

Eduardo
Eduardo (rapper)
Eduardo em 2010
Informação geral
Nome completo Carlos Eduardo Taddeo
Também conhecido(a) como Locutor do inferno
Nascimento 24 de agosto de 1975 (48 anos)
Local de nascimento São Paulo, SP
Brasil
Nacionalidade brasileiro
Gênero(s)
Ocupação(ões)
Cônjuge Maria de Fátima[1]
Filho(a)(s) Gabriela, Maria Eduarda[1]
Período em atividade 1989–presente
Afiliação(ões)
Página oficial Sítio oficial

Carlos Eduardo Taddeo (São Paulo, 24 de agosto de 1975), mais conhecido simplesmente como Eduardo, é um rapper, compositor, ativista, palestrante e escritor brasileiro. Ele é um dos fundadores e líderes do grupo Facção Central, no qual ele era vocalista. Deixou o grupo em 18 de março de 2013.[2][3]

Biografia

Carlos Eduardo Taddeo é filho de uma faxineira que teve quatro filhos em dois casamentos. Moravam no Glicério, bairro antigo e popular do centro de São Paulo, conhecido pelos cortiços e pela pobreza. Seu pai biológico era empresário da noite, mas casado com outra mulher oficial, embora inicialmente desse assistência a mãe de Eduardo.[4]

No entanto, as dificuldades se agravaram com o afastamento gradativo do pai, que fizeram com que a mãe e os quatro filhos fossem morar em pensões, com banheiros coletivos.[4] Aposentada por invalidez, com o mal de Chagas, “às vezes ela pedia esmola ou cesta básica na igreja”.[4] Segundo depoimento pessoal, “às vezes, só tinha arroz e o feijão era aquela água”, o que o obrigava a ajudar a mãe pegando frutas e legumes nos fins de feira.[4]

Estudou em escola pública até a quinta série do ensino fundamental, tendo abandonado os estudos logo depois. Míope, tinha vergonha de usar óculos. Suas roupas eram surradas e os tênis, velhos. Ganhava alguns trocados tomando conta de carro na rua.[5]

Convivendo com o cotidiano do crime, a violência despertava nele um desejo de ser bandido. “Eu via os caras com tênis novos e queria ser criminoso”[4] Aos sete anos, "Carlos Eduardo Taddeo" furtou um toca-fitas e roubou dólares de um japonês[4] Noutra situação, foi parar na delegacia para averiguação de furto em um supermercado, mas saiu sem maiores consequências. Aos nove anos, começou a se envolver com outros criminosos, levando e trazendo armas. Odiava álcool, mas não benzina, maconha e cocaína e experimentou até crack. Com 16 anos, praticou assaltos à mão armada.[6]

Eduardo atribui sua salvação do mundo do crime a um sujeito cujo apelido era Equipado, que era namorado de sua irmã e um pouco mais velho. Tinha esse apelido porque ia para a escola cheio das tralhas que roubava. Uma vez, Equipado mostrou um gravador com uma fita cassete da música "Corpo Fechado", de Thaíde & DJ Hum, que Eduardo escutou. “Aquilo me pegou”, ele conta. “Era uma coisa de falar rimando, que eu achei que podia fazer. Escrevi uma letra, mostrei para o Equipado, e ele disse que eu mandava bem. Daí não parei mais.”[4]

Dessa brincadeira, Eduardo perseguiu o sonho de ser rapper e, no fim da década de 1980, formou um grupo integrado por garotos de rua - entre os quais Washington Roberto Santana, mais conhecido como Dum-Dum - chamado "Esquadrão Menor". Sem conseguir engrenar, o grupo se desfez e Eduardo aceitou um convite do sogro, então maître do Hotel Hilton, para trabalhar como ajudante de cozinha.[4] Passou dois anos nessa função.[4]

Em 1994, ele entra para o Facção Central após a saída de Nego (atualmente conhecido como Rapper Mag), em 1995 gravam o primeiro álbum de estudio o "Juventude de Atitude" [7] Manteve-se no Facção Central até 18 de Março de 2013, quando comunicou oficialmente em um vídeo no Youtube que anunciava sua saída do grupo, devido a algumas desavenças pessoais e divergências ideológicas.[4]

2 anos após a saída do grupo lançou um disco duplo solo intitulado "A fantástica fábrica de cadáver" [8]

Outras atividades

Eduardo faz palestras por todo Brasil e periodicamente visita a Fundação Casa. Apesar de não ter concluído seu ensino fundamental ele incentiva, em entrevistas, shows e palestras, os jovens da periferia a estudarem alegando que "ter um diploma e estar bem informado é mais audacioso que portar metralhadoras". Em 2012, ele lançou A Guerra Não Declarada na Visão de um Favelado, seu primeiro livro.[9]

Livros

Discografia

Álbum de estúdio

Com Facção Central

Referências
  1. a b Luiz Maclouf, Carvalho (10 de julho de 2007). «O Bagulho É Doido, Tá ligado». Consultado em 8 de julho de 2018 
  2. «Eduardo anuncia os 2 primeiros clipes do disco "A Fantástica Fábrica de Cadáver"». 25 de dezembro de 2014. Consultado em 13 de março de 2015. Arquivado do original em 29 de julho de 2015 
  3. José, Carlos Mendes (21 de outubro de 2011). «Revista Rap Nacional em destaque no Evolução Hip Hop». Consultado em 3 de janeiro de 2018 
  4. a b c d e f g h i j Pr., Tiengo Fernandes. «Novos Rumos da Narrativa de Não-Ficção - O jornalismo literário na Revista Piauí» (PDF). 7 de março de 2015. Consultado em 25 de novembro de 2017 
  5. «Com sede de Justiça Social». 28 de agosto de 2009. Consultado em 25 de novembro de 2017 
  6. Caio Castor, Igor; Carvalho, Carvalho (6 de outubro de 2015). «Eduardo: "Naturalizaram o extermínio na periferia"». Consultado em 3 de janeiro de 2018 
  7. «Rapper esnoba convite da Globo e da Fifa: "Vocês patrocinam o apartheid brasileiro"». 3 de dezembro de 2013. Consultado em 3 de janeiro de 2018. Arquivado do original em 4 de janeiro de 2018 
  8. «Palestra e troca de ideias com Carlos Eduardo Taddeo (Rapper−Ex-Facção Central)». 7 de março de 2015. Consultado em 25 de novembro de 2017. Arquivado do original em 5 de março de 2016 
  9. «Livro aborda toda a história do rap no Brasil». 7 de março de 2015. Consultado em 25 de novembro de 2015 
  10. «Cultura de Rua elege as 15 grandes canções do hip-hop em 2014». 7 de janeiro de 2015. Consultado em 3 de janeiro de 2018 

Ligações externas

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