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Lindoso: diferenças entre revisões

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==População==
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*[[Ponte de Lindoso]]
*[[Ponte de Lindoso]]
*[[Barragem do Alto-Lindoso]]
*[[Barragem do Alto-Lindoso]]

== Personalidades ilustres ==
* [[Visconde de Lindoso]], [[Conde de Lindoso]] e [[Marquês de Lindoso]]


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Revisão das 01h09min de 26 de dezembro de 2019

Portugal Portugal Lindoso 
  Freguesia  
Castelo de Lindoso
Castelo de Lindoso
Castelo de Lindoso
Localização
Localização no município de Ponte da Barca
Localização no município de Ponte da Barca
Localização no município de Ponte da Barca
Lindoso está localizado em: Portugal Continental
Lindoso
Localização de Lindoso em Portugal
Coordenadas 41° 51' 54" N 8° 11' 57" O
Município Ponte da Barca
Administração
Tipo Junta de freguesia
Presidente Secundino do Canto Fernandes (PS)
Características geográficas
Área total 46,48 km²
População total (2011) 345 hab.
Densidade 7,4 hab./km²

Lindoso é uma freguesia portuguesa do concelho de Ponte da Barca,actualmente constituida por 3 lugares, Cidadelhe, Parada e por último Lugar de Lindoso, com 46,48 km² de área e 427 habitantes (2011)[1]. A sua densidade populacional é 9,2 hab/km². Foi vila e sede de concelho até ao início do século XIX.

População

População da freguesia de Lindoso [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
659 753 726 773 857 800 1 000 976 1 138 1 065 1 082 811 688 536 427
Distribuição da População por Grupos Etários
Ano 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos
2001 67 75 271 123 12,5% 14,0% 50,6% 22,9%
2011 35 44 230 118 8,2% 10,3% 53,9% 27,6%

História e Genealogia

Lindoso deriva do latim 'Limitosum', aparecendo pela primeira vez nas inquirições de 1258. Contudo há uma lenda que diz o rei de Portugal, D. Dinis "tão alegre e primoroso o achou, que logo lindoso o chamou", fato que o levou a várias visitas ao Castelo de Lindoso, tendo o reconstruído em 1278.

No século XV, a família de Araújo de origem galega, proveniente das terras de San Martin de Loleos, fronteiriço a Portugal, tornou-se senhora de Lindoso, de modo que os descendentes dos Araújos vieram a ser alcaides em Lindoso.

Também pelo senhorio de Lindoso, passou a família Cyrne/Cirne, descendente de Manuel Cyrne, Senhor de Refóios (1470), tetravô paterno de Martim de Tavora de Noronha e Sousa Cirne, alcaide-mór de Lindoso (* 1653 +1727), este último também bisneto de Martim de Távora e Noronha, Senhor do Morgado de Campo Belo (1640), que por sua vez era tetraneto de Pedro Lourenço de Távora, Senhor de Mogadouro (1430)

Foi Senhor de Lindoso Francisco de Abreu Pereira (1640), com ascendência nos Abreu Pereira Cirne Peixoto do Paço de Lanheses[3]., família com a representação nos condes de Almada.

Pelos idos de 1750, foi alcaide-mor de Lindoso, Joaquim Leite de Azevedo Vieira do Vale e Faria Carvalhais, sendo seu avô materno Martim de Tavora de Noronha e Sousa Cirne, também alcaide de Lindoso, casou-se com Leocádia Simeana de Bourbon, irmã de João Tomás Peixoto da Silva (1734) filhos de Madalena Luísa de Bourbon, neta de D. Antônio de Almeida, conde de Avintes (1670) que por sua vez era pai de D. Lourenço de Almeida, governador de Pernambuco (1670). D. Antônio de Almeida casou-se com Madalena de Brito e Bourbon, filha de D. Luís de Lima Brito e Nogueira, conde de Arcos (1640) e de Victoire de Cardaillac, filha de Gilbert François de Cardaillac, baron de La Chapelle (1570) e de Madeleine de Bourbon, filha de Henri de Bourbon, visconde de st. Denis, cuja descendência provém de Jean I (*1381 +1434) duque de Bourbon e de Louis IX Saint-Louis Rei de França.

Em 1863, o rei de Portugal, D. Luís I criou o título de Duque de Lindoso a favor de João Peixoto da Silva Almeida Macedo Lindoso (* 1826 + 1899), neto de Henri de Bourbon. Em 1887, lhe concedeu o título de arquiduque em 1898, o então rei de Portugal, D. Carlos I lhe concedeu outro título: o de Conde de Lindoso.

É provável que estes nobres do norte de Portugal e, igualmente, descendentes dos Bourbon de França tenham adotado o apelido de Lindoso em algum momento da história, já que o título de nobreza e senhorio de Lindoso pertencia a sua família. A família dos Lindoso eram nobres, com muito poder econômico na Itália e Portugal.

O primeiro Lindoso que se tem notícia nos anais da história maranhense aparece em 1824 é o militar José Alexandre Lindoso, que era ajudante do capitão-mor Miguel Inácio dos Santos Freire e Bruce, então presidente da província do Maranhão e que compôs a junta governativa daquela província entre os anos de 1821 e 1824.

Salvo a maciça emigração para o Brasil ocorrida na primeira metade do século XIX, tem-se por hipótese que José Alexandre Lindoso tenha sido agraciado com uma sesmaria nos termos de Viana, acredita-se ainda que parentes teriam vindo se estabelecer na região, onde tornaram-se proprietários de terras nos municípios de São João Batista (Maranhão) e Viana na Baixada Maranhense. Ambas as hipóteses são prováveis, pois é evidente a presença dos Lindoso no Maranhão, mas especificamente, na pessoa do fazendeiro José Benedicto Lindoso na póvoa de Tesosinho, no município de São João Batista, conforme fontes de Bellarmino de Mattos; in.: Almanak do Maranhão, Typographia Bellarmino de Mattos, 1862.

Sabe-se também que as 3ª e 4ª gerações de nascidos no Brasil migraram para São Luís e do Maranhão para a Amazônia quando da exploração da borracha no início do século passado, de cujo ramo descende José Bernardino Lindoso, que foi governador do estado do Amazonas. Além de Portugal, Itália e do Maranhão, há também registos de pessoas com o nome de família Lindoso na região Sudeste, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, bem como em outros grandes centros urbanos: Brasília, São Paulo e no exterior, nos Estados Unidos, Espanha, Itália e etc… embora seja impossível identificar a qual ramo pertencem.

Património

Referências
  1. «População residente, segundo a dimensão dos lugares, população isolada, embarcada, corpo diplomático e sexo, por idade (ano a ano)». Informação no separador "Q601_Norte". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 4 de Março de 2014 
  2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  3. Na sequência do falecimento "na Cidade de Lisboa a 19 de Maio de 1755 ... o Desembargador Fr. Sebastião Pereira de Castro, Fidalgo da Casa Real, do Conselho d´El-Rei, e do Geral do Santo Oficio, Comissario Geral da Bula da Santa Cruzada nestes Reinos e suas Conquistas, ... o Senhor Rei D. José logo dois dias depois do seu falecimento remunerou seus relevantes serviços acrescentando uma vida mais no Senhorio e Alcaidaria Mor da Vila de Lindoso e nas Comendas de S Pedro Fins de Ferreira e oitavos na mesma Vila na Ordem de Cristo, de que já havia feito mercê a seu sobrinho Francisco de Abreu Pereira Cirne - "Gabinete historico: que a Sua Magestade fidelissima o Senhor rei D. Miguel I em o dia dos seus felicíssimos annos 26 de Outubro de 1828 offerece Fr Cláudio da Conceição, Desde Janeiro de 1755 até Dezembro de 1758, Tomo 13, pág.s 14-16
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