Hipárquia: diferenças entre revisões
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[[Imagem:Crates and Hipparchia Villa Farnesina.jpg|thumb|Pintura romana retratando Hipárquia e [[Crates de Tebas|Crates]] da [[Villa Farnesina]], [[Roma]]]] |
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'''Hipárquia''' (em [[Língua grega|grego]]: Ἱππαρχία) de [[Maroneia]] foi uma [[filósofa]] [[cinismo|cínica]] da [[Grécia Antiga]], esposa de [[Crates de Tebas]], que viveu em torno de [[325 a.C.]]<ref>{{citar web|url = https://viaf.org/viaf/16145541704196600356 |título = Hipárquia |obra = [[Base Virtual Internacional de Autoridade|VIAF]] |língua = en |acessodata = 10 de maio de 2020}}</ref> |
'''Hipárquia''' (em [[Língua grega|grego]]: Ἱππαρχία), conhecida ainda como '''Hipárquia de [[Maroneia]]''', foi uma [[filósofa]] [[cinismo|cínica]] da [[Grécia Antiga]], esposa de [[Crates de Tebas]], que viveu em torno de [[325 a.C.]]<ref>{{citar web|url = https://viaf.org/viaf/16145541704196600356 |título = Hipárquia |obra = [[Base Virtual Internacional de Autoridade|VIAF]] |língua = en |acessodata = 10 de maio de 2020}}</ref> |
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Embora pouco tenha restado de seus escritos e pensamentos, tornou-se reconhecida por romper com a vida de nobreza e com o papel doméstico destinado às mulheres em seu tempo, sendo uma das raras mulheres que em sua época dedicou-se à filosofia, justamente como adepta do cinismo cujos preceitos estavam assentados num estilo de vida "canino": desprovido de pudores morais e bens materiais. A obra de [[Michèle Le Dœuff]] ''L’Étude et le Rouet. Des femmes, de la philosophie, etc'' de 2008 faz menção já no título a episódio onde Hipárquia refuta a um ataque de [[Teodoro, o Ateu]], que dizia ser o trabalho da mulher o [[tear]] (''le Rouet''). <ref name=aggio>{{citar web |url=https://www.blogs.unicamp.br/mulheresnafilosofia/hiparquia-de-maroneia-2/ |título=Hipárquia de Maroneia |autor=Juliana Aggio |data= |website=unicamp.br |publicado=Enciclopédia Mulheres da Filosofia |acessodata=12/7/2024 |língua= |wayb=20221121124518 |urlmorta=}}</ref> |
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É famosa por ter vivido uma vida de pobreza cínica, em igualdade de condições com o marido nas ruas de [[Atenas]]. Como a maioria dos [[cinismo|cínicos]], a influência reside no exemplo de vida, escolher um modo de vida que foi geralmente considerado inaceitável para as respeitáveis mulheres da época. |
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==Biografia == |
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Nasceu em Maroneia, cidade situada na [[Trácia]], e seu nome significa "aquela que domina o cavalo", de ''hipo'' (cavalo) e ''[[wkt:-arquia|-arquia]]'' (comando, governo), uma referência às [[Amazonas (mitologia)|amazonas]]. Mudou-se para [[Atenas]] com o irmão Crates, quando este foi estudar na [[Escola peripatética]] do sucessor de [[Aristóteles]], [[Teofrasto]]. Ali, durante uma aula, Crates teria deixado escapar uma flatulência e, envergonhado, decidira tirar a própria vida deixando de se alimentar, até que recebe a visita de Crates, discípulo de [[Diógenes de Sinope|Diógenes]], e este comete em sua presença o mesmo "erro" que o envergonhara tanto, demonstrando-lhe na prática que nada de errado havia em expelir os gases - algo natural e que não poderia ser expresso em palavras. Isto fez com que ele se convertesse ao cinismo, e teria sido dali que Hipárquia veio a se apaixonar por Crates e mais tarde com ele se casando e tendo, ao menos, uma filha e um filho.<ref name=aggio/> |
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==Ligações externas== |
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* [[Diógenes Laércio]], [http://classicpersuasion.org/pw/diogenes/dlhipparchia.htm ''Vida de Hipárquia''] {{en}} |
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{{commonscat|Hipparchia of Maroneia}} |
{{commonscat|Hipparchia of Maroneia}} |
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Edição atual tal como às 14h20min de 12 de julho de 2024
| Hipárquia | |
|---|---|
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| Nascimento | 350 a.C. Maronia |
| Morte | 280 a.C. (69–70 anos) |
| Cônjuge | Crates de Tebas |
| Filho(a)(s) | Pasicles |
| Irmão(ã)(s) | Metrocles de Maroneia |
| Ocupação | filósofa |
| Movimento estético | cinismo |
Hipárquia (em grego: Ἱππαρχία), conhecida ainda como Hipárquia de Maroneia, foi uma filósofa cínica da Grécia Antiga, esposa de Crates de Tebas, que viveu em torno de 325 a.C.[1]
Embora pouco tenha restado de seus escritos e pensamentos, tornou-se reconhecida por romper com a vida de nobreza e com o papel doméstico destinado às mulheres em seu tempo, sendo uma das raras mulheres que em sua época dedicou-se à filosofia, justamente como adepta do cinismo cujos preceitos estavam assentados num estilo de vida "canino": desprovido de pudores morais e bens materiais. A obra de Michèle Le Dœuff L’Étude et le Rouet. Des femmes, de la philosophie, etc de 2008 faz menção já no título a episódio onde Hipárquia refuta a um ataque de Teodoro, o Ateu, que dizia ser o trabalho da mulher o tear (le Rouet). [2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nasceu em Maroneia, cidade situada na Trácia, e seu nome significa "aquela que domina o cavalo", de hipo (cavalo) e -arquia (comando, governo), uma referência às amazonas. Mudou-se para Atenas com o irmão Crates, quando este foi estudar na Escola peripatética do sucessor de Aristóteles, Teofrasto. Ali, durante uma aula, Crates teria deixado escapar uma flatulência e, envergonhado, decidira tirar a própria vida deixando de se alimentar, até que recebe a visita de Crates, discípulo de Diógenes, e este comete em sua presença o mesmo "erro" que o envergonhara tanto, demonstrando-lhe na prática que nada de errado havia em expelir os gases - algo natural e que não poderia ser expresso em palavras. Isto fez com que ele se convertesse ao cinismo, e teria sido dali que Hipárquia veio a se apaixonar por Crates e mais tarde com ele se casando e tendo, ao menos, uma filha e um filho.[2]
- ↑ «Hipárquia». VIAF (em inglês). Consultado em 10 de maio de 2020
- ↑ a b Juliana Aggio. «Hipárquia de Maroneia». unicamp.br. Enciclopédia Mulheres da Filosofia. Consultado em 12 de julho de 2024. Cópia arquivada em 21 de novembro de 2022
