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Minas Gerais: diferenças entre revisões

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As indústrias daí originárias eram de pequeno e médio portes, concentradas, principalmente, nos ramos de produtos alimentícios (laticínios e açúcar), têxteis e siderúrgicos. No setor agrícola, em menor escala, outras culturas se desenvolveram, como o algodão, a cana-de-açúcar e cereais.
As indústrias daí originárias eram de pequeno e médio portes, concentradas, principalmente, nos ramos de produtos alimentícios (laticínios e açúcar), têxteis e siderúrgicos. No setor agrícola, em menor escala, outras culturas se desenvolveram, como o algodão, a cana-de-açúcar e cereais.


O predomínio da cafeicultura só vai se alterar, gradualmente, no período de 1930/50, com a afirmação da natural tendência do Estado para a produção siderúrgica e com o crescente aproveitamento dos recursos minerais. Ainda na década de 50, no processo de substituição de importações, a indústria ampliou consideravelmente sua participação na economia brasileira. Um fator que contribuiu para essa nova realidade foi o empenho governamental na expansão da infra-estrutura - sobretudo na área de energia e transportes - cujos resultados se traduziram na criação, em 1952, da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) e no crescimento da malha rodoviária estadual, com destaque para a inauguração da Fernão Dias, que liga Belo Horizonte a São Paulo, no fim da década. [[Imagem:Ouropreto01c.jpg|thumb|350px|Vista da cidade História de [[Ouro Preto]] (1989)]]
O predomínio da cafeicultura só vai se alterar, gradualmente, no período de 1930/50, com a afirmação da natural tendência do Estado para a produção siderúrgica e com o crescente aproveitamento dos recursos minerais. Ainda na década de 50, no processo de substituição de importações, a indústria ampliou consideravelmente sua participação na economia brasileira. Um fator que contribuiu para essa nova realidade foi o empenho governamental na expansão da infra-estrutura - sobretudo na área de energia e transportes - cujos resultados se traduziram na criação, em 1952, da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) e no crescimento da malha rodoviária estadual, com destaque para a inauguração da Fernão Dias, que liga Belo Horizonte a São Paulo, no fim da década. [[Imagem:Ouropreto01c.jpg|thumb|350px|Vista da cidade Histórica de [[Ouro Preto]] (1989)]]


Nos anos 60, a ação do Governo cumpriu papel decisivo no processo de industrialização, ao estabelecer o aparato institucional requerido para desencadear e sustentar o esforço de modernização da estrutura fabril mineira.
Nos anos 60, a ação do Governo cumpriu papel decisivo no processo de industrialização, ao estabelecer o aparato institucional requerido para desencadear e sustentar o esforço de modernização da estrutura fabril mineira.

Revisão das 05h06min de 9 de março de 2006

Estado de Minas Gerais
Bandeira
Brasão
Gentílico: Mineiro
Capital: Belo Horizonte
Área: 588.384,30 km²
4º maior
População: 17.905.134 (2000)
2º mais populoso
Densidade pop.: 30,43 hab./km²
14º mais povoado
Fuso horário: GMT-3
PIB 3º maior
ISO 3166-2: BR-MG
Mapa
Mapa do Brasil com destaque para Minas Gerais

Minas Gerais é o quarto maior estado do Brasil, com uma extensão semelhante à da França: 588 384,30 km². Localiza-se no Sudeste e limita-se a norte e nordeste com a Bahia, a leste com o Espírito Santo, a sudeste com o Rio de Janeiro, a sul e sudoeste com São Paulo, a oeste com o Mato Grosso do Sul e a noroeste com Goiás, incluindo uma pequena fronteira com o Distrito Federal.

Geografia

O Estado de Minas Gerais esta localizado entre os paralelos de 14º13'58' 'de latitude norte e 22º54'00' 'de latitude sul e os meridianos de 39º51'32' ' e 51º02'35' ' a oeste de Greenwich. É o segundo Estado mais populoso do país, com 18 milhões de habitantes que se distribuem por 853 municípios, sendo a unidade da federação brasileira com o maior número de municípios. Os municípios mineiros sâo 51,2% dos existentes na região Sudeste e 15,5% dos existentes no Brasil.

A capital é Belo Horizonte, concebida e planejada para substituir a colonial Ouro Preto ao final do século 19, então saturada e esgotada em sua capacidade de infra-estrutura para sediar o governo. Teve sua construção marcada pela formulação de planejamento urbano específico, espelhado no exemplo de Boston (EUA). Foi inaugurada em 12 de dezembro de 1897.

Segundo projeções atuais, Belo Horizonte acolhe 2,3 milhões de habitantes (2003). Com outros 33 municípios, forma a principal região metropolitana do Estado, com 4,8 milhões de habitantes.

Dentre os inúmeros fatores que pesaram na criação de Belo Horizonte, a localização privilegiada foi determinante, por estar a capital quase centralizada no estado.

Em relação aos municípios das capitais brasileiras, a distância máxima (até Boa Vista) não passa de 3.118 km, e dentro do próprio estado não vai além de 865 km (Formoso). Sua localização faz com que por meio dela ou em suas cercanias passem rodovias federais muito importantes para a interligação nacional.

Belo Horizonte, a capital mineira.

A mais populosa cidade do estado é Belo Horizonte, com 2,2 milhões de habitantes. Outras cidades importantes são: Contagem, Uberlândia, Juiz de Fora, Betim, Montes Claros, Divinópolis, Poços de Caldas, Ouro Preto, Diamantina, Varginha, Pouso Alegre, Teófilo Otoni, Araxá, Ipatinga, Unaí e Governador Valadares.

Municípios
- Veja a Lista de municípios de Minas Gerais.

Rios do estado
- Veja a Lista de rios de Minas Gerais.



Segmentação territorial

Existem diversas formas de segmentar territorialmente Minas Gerais, cada qual é utilizada para um objetivo específico.


Divisões Regiões de Minas Gerais:


* Mesoregiões Geográficas – 12 Mesoregiões

Origem: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


* Microregiões Geográficas – 66 Microregiões

Origem: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


* Área Mineira da Agência de Desenvolvimento do Norte e Nordeste (ADENE ) – 165 Municípios

Origem: Medida Provisória Nº 2.146-1, de 24/08/01, que foi alterada pela Medida Provisória Nº 2.156-5, de 24/08/01 e instalada pelo Decreto Nº 4.126, de 13/02/02


* Região Metropolitana de Belo Horizonte – 14 Municípios

Origem: Lei Federal Nº 14, de 08/06/73, que na sua redação original contemplava 14 municípios: Belo Horizonte, Betim, Caeté, Contagem, Ibirité, Lagoa Santa, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Raposos, Ribeirão das Neves, Rio Acima, Sabará, Santa Luzia e Vespasiano.


Colar Metropolitano da Região Metropolitana de Belo Horizonte – 34 Municípios

Origem: Lei Complementar Estadual Nº 63, de 10/01/02


* Região Metropolitana do Vale do Aço – 4 Municípios

Origem: Lei Complementar Estadual Nº 51, de 30/12/98


Colar Metropolitano da Região Metropolitana do Vale do Aço – 22 Municípios

Origem: Lei Complementar Estadual Nº 51, de 30/12/98


* Regiões para Fins de Planejamento – 10 Regiões

Origem: Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado, de 1985.


* Associações Microregionais – 40 Associações

Origem: Associação Mineira de Municípios (AMM)

Regiões de Planejamento

O Estado de Minas Gerais divide-se em 8 (oito) regiões de planejamento, que são:

História econômica do estado

O desbravamento da região teve início no século 16, por bandeirantes paulistas que buscavam ouro e pedras preciosas. Em 1693, as primeiras descobertas importantes de ouro provocaram uma corrida cheia de incidentes, sendo o mais grave a Guerra dos Emboabas (1707-10). Em 1709, foi criada a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, que, em 1720, foi desmembrada em São Paulo e Minas Gerais.

Na primeira metade do século XVIII, a região tornou-se o centro econômico da colônia, com rápido povoamento, com destaque para as chamadas Vilas do Ouro - Ouro Preto, Mariana, Serro, Caeté, São João Del Rei, Pitangui, Sabará e Tiradentes. No entanto, a produção aurífera começou a cair por volta de 1750, o que levou Portugal a buscar meios para aumentar a arrecadação de impostos, provocando a revolta popular, que culminou na Inconfidência Mineira, em 1789.

Profeta de pedra-sabão, por Aleijadinho, século XVIII, em Congonhas

Encerrada essa fase, a política de isolamento, antes imposta à região mineradora como forma de exercer maior controle sobre a produção de pedras e metais preciosos, ainda inibia o desenvolvimento de qualquer outra atividade econômica de exportação, forçando a população a se dedicar a atividades agrícolas de subsistência. Por decênios, apesar dos avanços alcançados na produção de açúcar, algodão e fumo para o mercado interno, Minas Gerais continuou restrito às grandes fazendas, autárquicas e independentes. A estagnação econômica da província, como de toda a colônia, somente foi rompida com o surgimento de uma nova e dinâmica atividade exportadora, o café.

A introdução da cafeicultura em Minas Gerais ocorreu no início do século XIX. Localizou-se, inicialmente, na Zona da Mata, onde se difundiu rapidamente, transformando-se na principal atividade da província e agente indutor do povoamento e do desenvolvimento da infra-estrutura de transportes. A prosperidade trazida pelo café ensejou um primeiro surto de industrialização, reforçado, mais tarde, pela política protecionista implementada pelo Governo Federal após a Proclamação da República.

As indústrias daí originárias eram de pequeno e médio portes, concentradas, principalmente, nos ramos de produtos alimentícios (laticínios e açúcar), têxteis e siderúrgicos. No setor agrícola, em menor escala, outras culturas se desenvolveram, como o algodão, a cana-de-açúcar e cereais.

O predomínio da cafeicultura só vai se alterar, gradualmente, no período de 1930/50, com a afirmação da natural tendência do Estado para a produção siderúrgica e com o crescente aproveitamento dos recursos minerais. Ainda na década de 50, no processo de substituição de importações, a indústria ampliou consideravelmente sua participação na economia brasileira. Um fator que contribuiu para essa nova realidade foi o empenho governamental na expansão da infra-estrutura - sobretudo na área de energia e transportes - cujos resultados se traduziram na criação, em 1952, da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) e no crescimento da malha rodoviária estadual, com destaque para a inauguração da Fernão Dias, que liga Belo Horizonte a São Paulo, no fim da década.

Vista da cidade Histórica de Ouro Preto (1989)

Nos anos 60, a ação do Governo cumpriu papel decisivo no processo de industrialização, ao estabelecer o aparato institucional requerido para desencadear e sustentar o esforço de modernização da estrutura fabril mineira.

A eficiente e ágil ofensiva de atração de investimentos, iniciada no final da década de 60, encontrou grande ressonância junto a investidores nacionais e estrangeiros. Já no início dos anos 70, o Estado experimentou uma grande arrancada industrial, com a implantação de inúmeros projetos de largo alcance sócio-econômico. O parque industrial mineiro destacou-se nos setores metal-mecânico, elétrico e de material de transportes.

Entre 1975 e 1996, o Produto Interno Bruto (PIB) mineiro cresceu 93% em termos reais. Em igual período, o País registrou um crescimento de 65%. Esse relevante desempenho verificou-se, sobretudo, no setor de transformação e nos serviços industriais de utilidade pública. Na indústria extrativa mineral, a supremacia mineira durou até 1980, quando o País passou a explorar, entre outras, as jazidas do complexo Carajás. Entretanto, em 1995, o Estado ainda respondia por 26% do valor da produção mineral brasileira do setor de metálicos.

Hoje, a estrutura econômica do Estado é bastante influenciada pelo setor industrial, responsável por 35,5% do PIB de Minas Gerais, enquanto a agropecuária contribui com cerca de 11,3% e o setor de serviços, com 53,2%

Demografia

Em 2000, Minas Gerais apresentava população total de 17.891.494 habitantes, sendo 8. 851.587 homens e 9.039.907 mulheres. Como todos os demais estados da região sudeste do Brasil, apresenta alta taxa de urbanização. Essa urbanização se acelerou em um crescimento explosivo entre os anos 60 e 80, o causou distorções com relação ao acesso universal à infra-estrutura urbana.

As regiões mais densamente povoadas são a Metalúrgica, Campo das Vertentes, Triângulo, Alto Paranaíba ,Zona da Mata e Sul.

Ficheiro:Parquemunicipal.jpg
Parque Municipal, em Belo Horizonte

O Povo Mineiro

O povo mineiro é conhecido nacionalmente por suas características: religiosidade, timidez, hospitalidade, alegria e desconfiança. Além do sotaque mineiro, rico em expressões populares, falado de um jeito ligeiro e simplificando as palavras. Existem 2 tipos de mineiros: o mineiro do interior e o mineiro da cidade. O mineiro do interior está ligado de corpo e alma à terra. A vida no interior de Minas Gerais é pacata, onde as pessoas ainda acordam antes da 6 horas da manhã, usam fogão-à-lenha para preparar o feijão-tropeiro ou o angú, contam causos e histórias passadas de geração em geração. Já o mineiro da cidade leva uma vida típica dos grandes centros urbanos, com muito trabalho e correria.

O povo mineiro tem suas características herdadas da miscigenação de diversas culturas: a religiosidade e temperamento desconfiado e de poucas palavras foram herdados dos imigrantes portugueses que chegaram em grande número à Minas Gerais durante o ciclo do ouro, no século XVIII. Os imigrantes portugueses vinham direto de suas pequenas aldeias no interior de Portugal e se fixavam em Minas, trazendo suas crenças seculares intactas e encorporadas na raíz do povo mineiro.

Muito da cultura mineira se deve aos povos africanos, trazidos como escravos nos séculos XVIII e XIX. A comida mineira, uma das mais ricas do Brasil, tem sua base essencialmente nos pratos africanos. Eram as mucamas negras que cozinhavam para os senhores, e o tempero mineiro foi herdada do tempero das escravas africanas.

O índio também contribuiu enormemente para a formação da identidade mineira, não só na culinária, como no uso da mandioca nos pratos, mas também no própio caráter do povo mineiro.

Os imigrantes também contribuíram para a formação da identidade mineira. Embora o povo mineiro já tivesse uma identidade cultural formada, no início do século XX chegaram em Minas grandes levas de estrangeiros em busca de melhores condições de vida. Destacaram-se os imigrantes italianos, que rapidamente se integraram à sociedade mineira, mesclando os hábitos mineiros e os hábitos italianos, dando uma valiosa constribuição para Minas Gerais. Sírios-libaneses, espanhóis, alemães , poloneses e outros imigrantes também se integraram facilmente à hospitaleira população mineira, tornando-se mineiros e enriquecendo a miscigenação cultural que faz parte da História do estado de Minas Gerais.

Cultura de Minas Gerais

Literatura

Escritores mineiros famosos incluem:

Cinema

João Carriço se destaca na história do cinema mineiro. Com o lema "Cinema para o povo" Carriço lança a Carriço Filmes, em Juiz de Fora. A empresa produz documentários no início do séc. XX. O Cinema, onde entrava quem pagava o que podia e quem não pagava porque não podia, hoje é um estacionamento - estacionamento Santa Luzia - situa-se na Avenida Paulo Sérgio, em Juiz de Fora.

===Música===

Casa colonial em Diamantina

Minas Gerais tem uma rica tradição musical. No século XVIII se destaca a obra barroca de José Emerico Lobo de Mesquita. A partir do século XIX as bandas de música (ou Euterpes) se desenvolvem a ponto de serem hoje um dos marcos de identidade cultural do Estado. Na primeira metade do século XX se destacam o samba (com Ary Barroso e Rômulo Paes), o sertanejo tradicional e o chorinho. Nos anos 70, surge em Belo Horizonte o movimento Clube da Esquina, cujas maiores influências eram a bossa nova e os Beatles. Nos anos 80, a banda metal Sepultura tornou-se a primeira banda brasileira a fazer sucesso no exterior, e ocorre também uma revalorização da cultura dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri com Saulo Laranjeira e Rubinho do Vale. Nos anos 90, surgiram diversas bandas de pop rock em Minas,como Skank, Jota Quest, Pato Fu e Tianastácia. Mais recentemente merecem destaque a cantora de MPB Ana Carolina (de Juiz de Fora), o violeiro Chico Lobo (de São João Del Rey) e Tambolelê e Maurício Tizumba (de Belo Horizonte), com uma mistura de congado e pop. Cadu de Andrade também é uma revelação mineira que fez sucesso no exterior.

Hino

Minas Gerais não possui um hino oficial. A canção Oh, Minas Gerais é a que ganhou maior popularidade, inclusive fora do estado, com seu refrão “Oh, Minas Gerais, quem te conhece não esquece jamais”. Trata-se de uma tradicional valsa italiana chamada Viene sul mare. A letra é uma adaptação feita pelo compositor mineiro José Duduca de Morais, o De Moraes, e gravada em 1942.

Oh! Minas Gerais

Oh! Minas Gerais (bis)

Quem te conhece não esquece jamais

Oh! Minas Gerais...


Lindos campos batidos de sol, ondulando num verde sem fim...

E montanhas que à luz do arrebol têm perfume de rosa e jasmim...

Vida calma nas vilas pequenas rodeadas de campos em flor

Doce terra de matas amenas, paraíso de sonho e amor...


Lavradores de pele tostada, boiadeiros vestidos de couro...

Operários da indústria pesada, garimpeiros de pedra e de ouro...

E poetas de doce memória e valentes heróis imortais...

Todos eles figuram na história do Brasil e de Minas Gerais.

Esporte Mineiro