Saltar para o conteúdo

Santo Souza: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Leslie (discussão | contribs)
rev - VDA, link citado no histórico
Linha 1: Linha 1:
José Santo Souza, nascido em 27 de Janeiro de 1919 na cidade de Riachuelo-Sergipe, mais conhecido como " Santo Souza ", é um poeta Brasileiro.
'''José Santo Souza''' ([[Riachuelo, Sergipe]], [[27 de janeiro]] de [[1919]]), [[mais conhecido]] como '''Santo Souza''', é um [[poeta]] [[brasil]]eiro.



Autodidata da música e da poesia, Santo Souza aos 13 anos, já falava de amor em seus poemas. "O orfismo nasceu em mim não sei quando. O que escrevia já era orfismo e nem sequer sabia", afirma o acadêmico da Academia Paulista de Letras, intelectual, jornalista e poeta Santo Souza, um sergipano de Riachuelo que ao longo dos seus 90 anos, comemorados no dia 27 de janeiro de 2009.

Nesse período de vida, o poeta, filho único de dona Hermínia Araújo, comemora também sua marca deixada no tempo: um casamento sólido de 61 anos ao lado de Maria Ana Gomes Souza, oito filhos, 25 netos, oito bisnetos e um acervo de 12 livros publicados, outros na gaveta, outros republicados, e prefaciados por nomes ilustres da literatura brasileira, a exemplo do livro "Cidade Subterrânea", de 1953, que tem o prefácio assinado por Câmara Cascudo.

O poeta aniversaria em alto estilo, afinal são 77 anos dedicados à poesia. Detentor de inúmeros títulos honoríficos municipais, estaduais e federais, Santo Souza conserva o lugar de destaque na poesia órfica nacional. No Brasil, existem apenas dois poetas nesse estilo e um deles é o sergipano Santo Souza, que divide o posto com o paulista Cyro Pimentel.

Falado e escrito por toda a imprensa nacional, Santo Souza traz em seu baú de recordações a riqueza de detalhes das suas experiências, descobertas e vivências. Num emocionado relato feito numa entrevista especial para o JORNAL DA CIDADE ainda no ano de 2000, o poeta falou do início, do meio e da continuidade do seu trabalho.

Entre os casos mais marcantes, ele fala da espiritualidade sempre presente em sua existência e a influência de grandes pessoas, a exemplo do poeta José Sampaio, na época um comerciante que promovia recitais assistidos freqüentemente pelo menino Santo Souza, que teve seu caderninho de poemas roubado por um colega, que fez chegar às mãos de José Sampaio, que chegou a ler um dos poemas do garoto.

Por puro desencanto, Santo Souza parou de escrever e foi se dedicar à música, aliás, com todo auto-didatismo que lhe é peculiar. "Estudei música aos 15 anos como se estivesse estudando aritmética, talvez por isso aprendi a tocar em três meses, inclusive compondo para clarineta algumas valsas para a namorada", recorda.

Compôs músicas que levou para um grande músico do Exército que estava na cidade e Riachuelo, que não acreditou que foi ele que as compusera, só acreditou poris não seguia os parâmetros nas escalas das músicas, notas altas e baixas.

No interior ele já trabalhava em farmácia, e em Aracaju, já aos 17 anos, Santo Souza continuou trabalhando no ramo onde aprendeu a manipular medicamentos com a mesma maestria que o conservou na função por 26 anos. Somente em 1938 ele retornou à poesia, quando o poeta José Sampaio o reencontrou na capital, num bate papo informal no antigo Ponto Chic. "Foi o poeta que trouxe à tona o assunto, me estimulando a retornar aos escritos. Foi aí que estudei português com "Os Lusíadas", de Camões, seguido das diversas gramáticas indicadas por José Franklin. Passados 11 meses, fui cha,ado pelo prof. Franklin como um verdadeiro poeta clássico", salienta Santo Souza.

A adaptação à contemporaneidade dos textos do poeta órfico veio com a leitura de vários outros poetas, como Carlos Drumond de Andrade, um dos talentos revelados pelo Modernismo. Foi nessa salada mista que Santo Souza finalmente descobriu o próprio estilo, conservado e reconhecido até hoje, como um dos mais autênticos e apurados da literatura brasileira.

Infelizmente no dia 02 de novembro de 2009, o poeta sofreu com o falecimento de sua amada Mariana, e deu mais um passo em frente superando a dor e continuando com sua poesia.



É membro da Academia Sergipana de Letras, membro efetivo da Associação Sergipana de Imprensa e membro-correspondente da [[Academia Paulista de Letras]].
É membro da Academia Sergipana de Letras, membro efetivo da Associação Sergipana de Imprensa e membro-correspondente da [[Academia Paulista de Letras]].


==Obras==
== Obra ==
*''Cidade Subterrânea'' (1953) (com prefácio de [[Câmara Cascudo]])
*''Cidade Subterrânea'' (1953) (com prefácio de [[Câmara Cascudo]])
*''Caderno de Elegias'' (1954)
*''Caderno de Elegias'' (1954)
Linha 43: Linha 20:
*''Deus Esnsanguentado'' (2008)
*''Deus Esnsanguentado'' (2008)


== {{links}} ==
Fonte: José Santo Souza Neto (Neto do Poeta Santo Souza)
*[http://www.redesergipedecultura.com.br/ler.asp?id=16&titulo=Memoria-da-Cultura Memória da Cultura de Sergipe]
*[http://www.wagnerlemos.com.br/santossouza.htm Biografia no sítio do escritor Wagner Lemos]

{{esboço-litbra}}
{{DEFAULTSORT:Santo Souza}}
[[Categoria:Sergipanos de Riachuelo]]
[[Categoria:Poetas do Brasil]]

Revisão das 00h03min de 17 de janeiro de 2010

José Santo Souza (Riachuelo, Sergipe, 27 de janeiro de 1919), mais conhecido como Santo Souza, é um poeta brasileiro.

É membro da Academia Sergipana de Letras, membro efetivo da Associação Sergipana de Imprensa e membro-correspondente da Academia Paulista de Letras.

Obra

  • Cidade Subterrânea (1953) (com prefácio de Câmara Cascudo)
  • Caderno de Elegias (1954)
  • Relíquias (1955)
  • Ode Órfica (1956)
  • Pássaro de Pedra e Sono (1964)
  • Oito Poemas Densos (1964)
  • Concerto e Arquitetura (1974)
  • Pentáculo do Medo (1980)
  • A Ode e o Medo (1988)
  • Obra Escolhida (1989)
  • Âncoras de Arco (1994)
  • A Construção do Espanto (1998)
  • Rosa de Fogo e Lágrima (2004)
  • Réquiem para Orféu(2005)
  • Deus Esnsanguentado (2008)

Ligações externas

Ícone de esboço Este artigo sobre um escritor do Brasil é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.