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Zyklon B: diferenças entre revisões

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'''Zyklon B''' era a marca registrada de um [[pesticida]] a base de [[ácido cianídrico]] e [[nitrogênio]]. Seu nome deriva dos substantivos alemães dos ingredientes principais<ref>FRIEDRICH, Otto. ''[http://books.google.com.br/books?id=ybj5phiaYkwC&printsec=copyright&client=firefox-a&source=gbs_pub_info_s&cad=2#v=onepage&q=&f=false O fim do mundo]''. [tradução de Vera Ribeiro]. Rio de Janeiro: Record, 2000. ISBN 85-01-05486-0</ref> e a letra B uma de suas diferentes concentrações.<ref>RODHES, Richard. [http://books.google.com.br/books?id=lIXz5az9TSkC&printsec=copyright&client=firefox-a&source=gbs_pub_info_s&cad=2#v=onepage&q=&f=false Mestres da morte: a invenção do holocausto pela SS nazista]. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. ISBN 85-7110-731-9</ref> Este composto foi escolhido por proporcionar, com eficiência, uma morte rápida.<ref>SPIELVOGEL, Jackson J. [http://books.google.com.br/books?id=YX4ZLAF8x4YC&printsec=copyright&client=firefox-a&source=gbs_pub_info_s&cad=3#v=onepage&q=&f=false Civilizaciones de Occidente]. vol.B. 5. ed. México: Tompson, 2004</ref> O produto é conhecido por seu uso pela [[Alemanha Nazista|Alemanha nazista]] durante o [[Holocausto]] para assassinar aproximadamente 6,1 milhão de pessoas em [[Câmara de gás|câmaras de gás]] instaladas em [[Auschwitz|Auschwitz-Birkenau]], [[Majdanek]] e outros [[Campo de extermínio|campos de extermínio]].
'''Zyklon B''' era a marca registrada de um [[pesticida]] a base de [[ácido cianídrico]] e [[nitrogênio]]. Seu nome deriva dos substantivos alemães dos ingredientes principais<ref>FRIEDRICH, Otto. ''[http://books.google.com.br/books?id=ybj5phiaYkwC&printsec=copyright&client=firefox-a&source=gbs_pub_info_s&cad=2#v=onepage&q=&f=false O fim do mundo]''. [tradução de Vera Ribeiro]. Rio de Janeiro: Record, 2000. ISBN 85-01-05486-0</ref> e a letra B uma de suas diferentes concentrações.<ref>RODHES, Richard. [http://books.google.com.br/books?id=lIXz5az9TSkC&printsec=copyright&client=firefox-a&source=gbs_pub_info_s&cad=2#v=onepage&q=&f=false Mestres da morte: a invenção do holocausto pela SS nazista]. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. ISBN 85-7110-731-9</ref> Este composto foi escolhido por proporcionar, com eficiência, uma morte rápida.<ref>SPIELVOGEL, Jackson J. [http://books.google.com.br/books?id=YX4ZLAF8x4YC&printsec=copyright&client=firefox-a&source=gbs_pub_info_s&cad=3#v=onepage&q=&f=false Civilizaciones de Occidente]. vol.B. 5. ed. México: Tompson, 2004</ref> O produto é conhecido por seu uso pela [[Alemanha Nazista|Alemanha nazista]] durante o [[Holocausto]] para assassinar aproximadamente 1,1 milhão de pessoas em [[Câmara de gás|câmaras de gás]] instaladas em [[Auschwitz|Auschwitz-Birkenau]], [[Majdanek]] e outros [[Campo de extermínio|campos de extermínio]].


== História ==
== História ==

Edição atual tal como às 04h01min de 24 de fevereiro de 2023

Rótulos de latas de Zyklon B do campo de concentração de Dachau.

Zyklon B era a marca registrada de um pesticida a base de ácido cianídrico e nitrogênio. Seu nome deriva dos substantivos alemães dos ingredientes principais[1] e a letra B uma de suas diferentes concentrações.[2] Este composto foi escolhido por proporcionar, com eficiência, uma morte rápida.[3] O produto é conhecido por seu uso pela Alemanha nazista durante o Holocausto para assassinar aproximadamente 1,1 milhão de pessoas em câmaras de gás instaladas em Auschwitz-Birkenau, Majdanek e outros campos de extermínio.

Latas vazias encontradas pelos aliados ao fim da Segunda Guerra Mundial

O Zyklon B foi desenvolvido em 1924 como um inseticida na Deutsche Gesellschaft für Schädlingsbekämpfung mbH (Degesch).[4] Por ser inodoro, o produto era comercializado, por motivos de segurança, com um odorizador (um éster do ácido bromoacético),[4] semelhante o que acontece ao "gás de cozinha".

Nos campos de concentração, Zyklon B foi inicialmente usado para desinfestar piolhos e evitar o tifo.[5] O Zyklon B era fornecido pelas companhias alemãs Degesch (Deutsche Gesellschaft für Schädlingsbekämpfung mbH) e Tesch (Tesch und Stabenow, Internationale Gesellschaft für Schädlingsbekämpfung m.b.H.), sob licença do detentor da patente, a firma IG Farben. Posteriormente sendo utilizado nas câmaras de gás em diversos campos de concentração na Europa, com o único objetivo de exterminar em massa judeus e outros inimigos da Alemanha Nazista.

Na França, o grupo Ugine também produziu massivamente o Zyklon B na sua fábrica de Villers-Saint-Sépulcre (Oise).

O uso da palavra Zyklon (alemão para ciclone) continua a suscitar vivas reações de grupos judeus. Em 1998 a Siemens e em 2002 a Bosch Siemens Hausgeräte e Umbro foram forçadas a recuar nas tentativas de usar ou registrar a marca para seus produtos.

Aspecto físico do Zyklon B

Os principais compostos do produto eram ácido cianídrico, cloro e nitrogênio. Ácido cianídrico é um forte veneno para os animais superiores incluindo, assim, o homem. A DL50 corresponde a 1 mg/kg e é um líquido muito volátil, que ferve aos 25.6 °C.[6] Sua meia-vida é de 20 a 60 min. Possui forte odor de amêndoas amargas.[7] O HCN é empregado absorvido em substâncias inertes, no caso do Zyklon B em sólidos e no Zyklon A em líquidos.[8]

É absorvido principalmente pela via inalatória. As reações do gás no organismo, na intoxicação aguda correspondem a midríase, convulsão, rigidez muscular e paralisia respiratória.[8]

Referências
  1. FRIEDRICH, Otto. O fim do mundo. [tradução de Vera Ribeiro]. Rio de Janeiro: Record, 2000. ISBN 85-01-05486-0
  2. RODHES, Richard. Mestres da morte: a invenção do holocausto pela SS nazista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. ISBN 85-7110-731-9
  3. SPIELVOGEL, Jackson J. Civilizaciones de Occidente. vol.B. 5. ed. México: Tompson, 2004
  4. a b Zyklon B: An Insecticide Becomes a Means for Mass Murder, site Wollheim Memorial
  5. PITA, Rene. Armas químicas: La ciencia en manos del mal. Madrid: Plaza e Valdes Editores, 2008. ISBN 978-84-96780-42-2
  6. VIDAL-NAQUET, Pierre. Los asesinos de la memoria. Madrid: Siglo Veintiuno Editores, 1994. ISBN 968-23-1912-9
  7. Toxicologia e Segurança de Laboratório
  8. a b MERCADAL, J.A.Martí. DESOILLE, H. Medicina del trabajo. 2. ed. Barcelona: Masson, 1993

Ligações externas

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